Um pé na bunda na pandemia foi o catalisador para Mariana Rosa, 34 anos, descobrir que sua paixão por contar histórias ia além do trabalho como atriz. Confinada em casa e com trabalhos suspensos ou cancelados, ela escreveu um texto sobre a dor de amor, gostou do resultado, gravou um vídeo e publicou no Instagram. A ideia, segundo ela, era
entrevistas
Ina Weisse: “Busquei retratar uma mulher dilacerada por contradições”
A atriz, roteirista e diretora alemã Ina Weisse, 53 anos, cresceu cercada de referências e hábitos culturais. Filha de pai arquiteto e mãe professora de artes, ela se lembra da Bolex Super 8 que estava sempre por perto durante a juventude, e com a qual a família registrava as férias. "Cada um de nós atuava, dirigia ou segurava a câmera",
Coordenadoras de intimidade: como é o trabalho destas profissionais nos sets
Um efeito inesperado do escândalo Harvey Weinstein, e da avalanche de denúncias de assédio e abuso sexual em Hollywood, foi a criação de uma nova profissão: o coordenador de intimidade. Se até 2017 esta função não existia nos sets de filmagem, hoje é bastante raro encontrar grandes produções de cinema e televisão dos Estados Unidos que não incluam estes profissionais
Ainhoa Rodríguez fala sobre “Um Forte Clarão”: “Me interesso pela transgressão”
Um grupo de mulheres idosas se reúne em torno de uma mesa. Bem vestidas e maquiadas, elas conversam, tomam café e comem doces tradicionais espanhóis, até que, em certo ponto, o clima muda. Elas roçam uma perna na outra, trocam elogios, tocam seus cabelos e roupas, mordem suas pérolas e se movem lentamente numa espécie de transe sensual acompanhado por
Aletéia Selonk: “Produção audiovisual brasileira está unida, resistindo e lutando”
Comemorando 15 anos à frente da Okna Produções, Aletéia Selonk pode dizer que acompanhou de perto as muitas transformações do cinema brasileiro neste período. Quando criou a empresa, em 2006, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) já existia, mas ferramentas que fizeram diferença na produção ainda viriam a se desenvolver - como o Fundo Setorial do Audiovisual, fundamental para o
Haifaa Al Mansour: “É uma boa época para ser cineasta na Arábia Saudita”
Quando Haifaa Al Mansour filmou O Sonho de Wadjda, o primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher na Arábia Saudita, suas circunstâncias de trabalho ganharam repercussão internacional. O ano era 2011 e o número de salas de cinema no país era zero. No set, Al Mansour tinha de seguir as mesmas regras e leis que regiam os demais espaços da sociedade
Katie Found sobre “Meu Primeiro Verão”: “É uma carta de amor às conexões queer”
A diretora australiana Katie Found encontrou na internet o impulso que faltava para realizar seu primeiro longa-metragem, Meu Primeiro Verão. Na ocasião, ela buscava o que definiu como "um bom filme queer", capaz de "expressar a conexão queer de forma autêntica e bonita". Diante da dificuldade de encontrar o que queria, decidiu que era hora de colocar no papel -
Renata Pinheiro retrata contexto brasileiro em “Carro Rei”: “É um filme do caos”
Não são poucos os temas que Renata Pinheiro aborda em seu novo longa, Carro Rei, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (30). Premiado no Festival de Gramado e selecionado também para o Festival de Roterdã, o filme toca em questões como o domínio da indústria automobilística, o embate entre homens e máquinas, o impacto da tecnologia e das fake news, o
Cristiane Oliveira fala sobre inspirações e bastidores de “A Primeira Morte de Joana”
Depois de estrear no longa-metragem com o premiado Mulher do Pai, a diretora Cristiane Oliveira volta a fazer um belo retrato de uma menina em um momento de transformação em A Primeira Morte de Joana, filme que tem sua primeira exibição brasileira nesta terça-feira (17) na competição nacional do Festival de Gramado. É, também, uma nova reflexão da diretora sobre
Lucia Murat: “Acredito realmente que este horror vai terminar”
Mais de trinta anos separam Que Bom Te Ver Viva, o primeiro longa-metragem da cineasta Lucia Murat, de Ana. Sem título, o décimo terceiro, em cartaz nos cinemas de Brasília, Fortaleza, Niterói, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Mas os dois filmes têm mais em comum do que a diretora: ambos navegam entre a ficção e o