Em 2014, a francesa Amandine Gay estava cansada de interpretar imigrantes ilegais, traficantes, prostitutas e outras personagens calcadas em estereótipos que costumavam ser oferecidas a atrizes negras como ela. Uma dia, uma amiga lhe deu um conselho: “Se você quer papéis melhores, escreva-os você mesma.” Amandine então começou a escrever roteiros, inclusive o de uma série de televisão sobre um
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Patricia Rozema: “Em meus filmes, tentei ser completamente eu mesma”
Quando lançou seu longa-metragem de estreia, Eu Ouvi o Canto das Sereias, em 1987, a diretora e roteirista canadense Patricia Rozema era uma jovem cineasta sem treinamento na área e com apenas dois curtas no currículo. Mais de 30 anos depois, quando chegou ao set de seu filme mais recente, Mouthpiece (2018), era uma diretora premiada e com larga experiência
Pavan Bivigou faz crítica no TikTok: “Gosto de falar sobre como sinto os filmes”
Se alguém tivesse dito à inglesa Pavan Bivigou que era possível condensar sua opinião sobre um filme em 60 segundos, ela teria duvidado. No entanto, depois de cerca de um ano e meio fazendo justamente isso, o que parece desafiador é escrever várias páginas. “É surpreendente quanta coisa cabe em um minuto”, afirmou, em entrevista ao Mulher no Cinema. “Basta
“TikToker com orgulho”, Mariana Rosa cria oportunidades para si mesma nas redes
Um pé na bunda na pandemia foi o catalisador para Mariana Rosa, 34 anos, descobrir que sua paixão por contar histórias ia além do trabalho como atriz. Confinada em casa e com trabalhos suspensos ou cancelados, ela escreveu um texto sobre a dor de amor, gostou do resultado, gravou um vídeo e publicou no Instagram. A ideia, segundo ela, era
Ina Weisse: “Busquei retratar uma mulher dilacerada por contradições”
A atriz, roteirista e diretora alemã Ina Weisse, 53 anos, cresceu cercada de referências e hábitos culturais. Filha de pai arquiteto e mãe professora de artes, ela se lembra da Bolex Super 8 que estava sempre por perto durante a juventude, e com a qual a família registrava as férias. "Cada um de nós atuava, dirigia ou segurava a câmera",
Coordenadoras de intimidade: como é o trabalho destas profissionais nos sets
Um efeito inesperado do escândalo Harvey Weinstein, e da avalanche de denúncias de assédio e abuso sexual em Hollywood, foi a criação de uma nova profissão: o coordenador de intimidade. Se até 2017 esta função não existia nos sets de filmagem, hoje é bastante raro encontrar grandes produções de cinema e televisão dos Estados Unidos que não incluam estes profissionais
Ainhoa Rodríguez fala sobre “Um Forte Clarão”: “Me interesso pela transgressão”
Um grupo de mulheres idosas se reúne em torno de uma mesa. Bem vestidas e maquiadas, elas conversam, tomam café e comem doces tradicionais espanhóis, até que, em certo ponto, o clima muda. Elas roçam uma perna na outra, trocam elogios, tocam seus cabelos e roupas, mordem suas pérolas e se movem lentamente numa espécie de transe sensual acompanhado por
Aletéia Selonk: “Produção audiovisual brasileira está unida, resistindo e lutando”
Comemorando 15 anos à frente da Okna Produções, Aletéia Selonk pode dizer que acompanhou de perto as muitas transformações do cinema brasileiro neste período. Quando criou a empresa, em 2006, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) já existia, mas ferramentas que fizeram diferença na produção ainda viriam a se desenvolver - como o Fundo Setorial do Audiovisual, fundamental para o
Haifaa Al Mansour: “É uma boa época para ser cineasta na Arábia Saudita”
Quando Haifaa Al Mansour filmou O Sonho de Wadjda, o primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher na Arábia Saudita, suas circunstâncias de trabalho ganharam repercussão internacional. O ano era 2011 e o número de salas de cinema no país era zero. No set, Al Mansour tinha de seguir as mesmas regras e leis que regiam os demais espaços da sociedade
Katie Found sobre “Meu Primeiro Verão”: “É uma carta de amor às conexões queer”
A diretora australiana Katie Found encontrou na internet o impulso que faltava para realizar seu primeiro longa-metragem, Meu Primeiro Verão. Na ocasião, ela buscava o que definiu como "um bom filme queer", capaz de "expressar a conexão queer de forma autêntica e bonita". Diante da dificuldade de encontrar o que queria, decidiu que era hora de colocar no papel -