Aquecendo os motores para o Oscar 2021, que ocorre em 25 de abril, o Mulher no Cinema publica, diariamente, breves perfis de todas as profissionais indicadas em cada uma das categorias.
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Já falamos sobre as concorrentes aos prêmios de melhor filme, direção, atriz, atriz coadjuvante, roteiro adaptado, roteiro original e filme internacional. A categoria da vez é documentário, na qual quatro dos cinco filmes indicados foram dirigidos ou codirigidos por mulheres, incluindo uma diretora latino-americana (a chilena Maite Alberdi) e uma diretora americana negra (Garrett Bradley).
Além disso, três dos cinco filmes indicados são de fora dos Estados Unidos e todos têm ao menos uma mulher na produção. Como a categoria premia diretores e produtores, uma vitória feminina já está garantida. No total, há oito mulheres entre os 13 indivíduos na disputa – e todas concorrem pela primeira vez. Saiba mais:
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Bianca Oana, por Collective
Nascida na Romênia, é produtora do documentário dirigido por Alexander Nanau, que também é o primeiro longa romeno a concorrer ao Oscar de filme internacional. Começou a carreira em 2009 e em 2015 fundou sua empresa, a Monogram Film. Seu projeto mais conhecido é Não Me Toque (2018), de Adina Pintilie, que ganhou o Urso de Ouro em Berlim. Também é roteirista de Loverboy (2011) e Turn off the Lights (2012).
Garrett Bradley, por Time
Americana, nasceu em 1986, filha dos pintores Suzanne McClelland e Peter Bradley. Estreou na direção de curtas com Sardines (2009) e na de longas com Below Dreams (2014). Por Time, do qual também é produtora, tornou-se a primeira americana negra a ganhar o prêmio de direção em Sundance. Bradley também trabalhou como diretora de segunda unidade na série Olhos que Condenam, criada por Ava DuVernay.
Lauren Domino, por Time
Americana, produziu outros trabalhos de Garrett Bradley, como os curtas Alone (2017) e America (2019). Colaborou com a Sociedade de Cinema de Nova Orleans, sua cidade natal, para lançar Emerging Voices, programa de mentoria para pessoas não brancas. Também é fundadora da Women and Girls Matter, iniciativa que destaca mulheres no documentário. Projetos como roteirista incluem Intersection (2017) e All Styles (2018).
Maite Alberdi, por Agente Duplo
Nasceu em Santiago, em 1983, e se formou em Cinema e Estética no Chile. Estreou como diretora com o curta Las Peluqueras (2008) e em 2011 lançou El Salvavidas, o primeiro de seus seis longas documentais. Os mais conhecidos são La Once (2014), Los Niños (2016), e, agora, Agente Duplo (2020). Também dá aulas de documentário e é uma das autoras do livro Teorías del cine documental en Chile: 1957-1973.
Marcela Santibáñez, por Agente Duplo
Produtora executiva na Micromundo, empresa fundada por Maite Alberdi, estudou direção cinematográfica em Santiago e produção em Los Angeles. Seus trabalhos como produtora incluem a série Chile Suena (2014) e os longas Killing Animals (2015) e Flow (2018). Também é professora do curso de cinema da Pontifícia Universidade Católica do Chile e programadora do Festival Internacional de Documentários de Santiago.
Nicole Newnham, por Crip Camp: Revolução pela Inclusão
Americana, estudou documentário da Universidade de Stanford e tem mais de 20 anos de carreira no cinema e na televisão. É diretora e produtora de Crip Camp, assim como dos longas Sentenced Home (2006), The Rape of Europa (2006) e The Revolutionary Optimists (2013), que foi exibido no Festival de Sundance. Também produziu Collisions (2017), um documentário de realidade virtual premiado com o Emmy.
Pippa Ehrlich, por Professor Polvo
Nascida na África do Sul, formou-se em Jornalismo e se especializou na área de natureza, produzindo conteúdo para organizações ligadas à preservação dos oceanos. Foi coordenadora de mídia da fundação Save Our Seas e, depois, uniu-se ao projeto Sea Change, onde desenvolveu Professor Polvo. O filme marca sua estreia como diretora, produtora e montadora – e já lhe rendeu mais de 20 prêmios internacionais.
Sara Bolder, por Crip Camp: Revolução pela Inclusão
Trabalhou durante mais de 20 anos no cinema, especificamente no departamento de som. Entre os filmes nos quais foi editora de diálogo estão O Exterminador do Futuro 2 (1991), Jurassic Park (1993) e O Paciente Inglês (1996). No final da década de 1990, trocou o cinema pela carreira no terceiro setor. Crip Camp marca sua estreia como produtora e conta um pouco da história de seu marido, o co-diretor James LeBrecht.
Luísa Pécora é jornalista e criadora do Mulher no Cinema – fotos: Getty Images
* O Mulher no Cinema publica perfis de todas as mulheres indicadas ao Oscar 2021 até 23/4. A cada dia é publicado um texto sobre uma categoria diferente. Acompanhe a série completa aqui.
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