7 filmes dirigidos ou sobre mulheres para ver no Mês do Orgulho LGBTQI+

Em 28 de junho se comemora o Dia Internacional do Orgulho LGBTQI+, uma ocasião para renovarmos o compromisso com o combate à homofobia e a transfobia e para celebrar as pessoas e movimentos que lutaram e lutam por igualdade de direitos e uma sociedade livre de preconceitos.

Leia também: 4 filmes imperdíveis para conhecer atrizes e diretoras de origem chinesa
Saiba mais: Veja sugestões de filmes para assistir no streaming do Telecine

Também é uma boa oportunidade para se refletir sobre como temáticas e pessoas LGBTQI+ são representadas no cinema. Você sabia, por exemplo, que apenas 18,6% dos 118 filmes lançados por grandes estúdios dos Estados Unidos em 2019 tiveram personagens identificadas como LGBTQI+? O dado é de um estudo da Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD, na sigla em inglês), organização não-governamental americana. 

A pesquisa mostra que a desigualdade de representação é realidade mesmo dentro dos filmes que foram considerados “inclusivos”. Isso porque os homens gays aparecem em 68% dos longas com personagens LGBTQI+, índice que cai para 36% no caso das mulheres lésbicas e para 14% no das pessoas bissexuais. O cenário é ainda pior para as personagens transexuais: elas não estavam presentes em nenhum dos 118 títulos analisados. O levantamento também apontou que só 34% das personagens LGBTQI+ não são brancas. 

Abaixo, o Mulher no Cinema indica sete premiados filmes com temáticas e personagens queer – todos eles dirigidos ou protagonizados por mulheres e todos disponíveis no catálogo do Telecine. Para mais dicas, acesse a cinelist Orgulho LGBTQI+, que inclui longas como Tomboy, de Céline Sciamma, e Orlando, a Mulher Imortal, de Sally Porter. E não deixe de conferir a programação especial dos canais Telecine Touch e Telecine Cult no dia 28 de junho, totalmente dedicada a filmes de temática LGBTQIA+.

Um aviso importante: os seis canais do Telecine estarão liberados para todos os assinantes de TV por assinatura de 25 de junho a 4 de julho, assim como o acesso ao streaming do Telecine via operadoras e como degustação nas plataformas de vídeo de NOW, Sky Play, Vivo Play e Oi Play. Além disso, novos assinantes seguem tendo os primeiros 30 dias de acesso grátis ao streaming do Telecine – cadastre-se aqui.

*

“Desobediência”
[Reino Unido/Irlanda/EUA, 2017]
Assista no streaming ou no Telecine Touch em 28/6, às 20h

Rachel Weisz e Rachel McAdams têm grandes atuações neste que é o primeiro longa-metragem em inglês do diretor chileno Sebastián Lelio, ganhador do Oscar de melhor filme internacional com Uma Mulher Fantástica (2017). Weisz interpreta a fotógrafa Ronit, que após a morte de seu pai retorna à comunidade judaica ortodoxa da qual fora afastada anos antes. Durante a visita, redescobre a paixão por Enit (McAdams), a amiga de infância com quem viveu um romance proibido. A relação das duas é ponto de partida para reflexões relacionadas à família, religião, amor, desejo, tolerância e liberdade.


“Fora de Série”
[EUA, 2019]
Assista no streaming do Telecine

Esta divertida comédia adolescente dirigida por Olivia Wilde tem vários personagens queer, incluindo uma das protagonistas, Amy (Kaitlyn Dever), que está apaixonada por uma colega de escola, Hope (Diana Silvers). A trama do filme é centrada na forte amizade de Amy e Molly (Beanie Feldstein), duas garotas que passaram os anos de Ensino Médio totalmente focadas em tirar as melhores notas para serem aprovadas nas universidades de seus sonhos. Quando elas descobrem que os colegas que só queriam curtir também foram aprovados, tentam compensar todas as festas perdidas em apenas uma noite.


“Indianara”
[Brasil, 2019]
Assista no streaming do Telecine

Durante dois anos a francesa Aude Chevalier-Beaumel e o brasileiro Marcelo Barbosa acompanharam e filmaram o cotidiano de Indianara Siqueira, importante ativista pelos direitos das pessoas trans e fundadora da CasaNem, que acolhe pessoas LGBTQI+ em situação de vulnerabilidade social. O resultado é este premiado documentário, que fez sua estreia mundial em Cannes e rodou por dezenas de festivais. Como as filmagens começaram em 2016, vemos o ativismo de Indianara em meio ao avanço do conservadorismo e da extrema direita no Brasil, o país que registra maior número de mortes de pessoas trans no mundo.


“Kiki”
[Suécia/EUA, 2016]
Assista no streaming do Telecine

Muitos críticos definiram Kiki como uma “sequência espiritual” de Paris is Burning (1990), o influente documentário de Jennie Livingston, já que ambos os filmes retratam os bailes e a cena vogue de Nova York. Em Kiki, a diretora sueca Sara Jordenö colaborou de perto com Twiggy Pucci Garçon, figura de liderança na comunidade, e acompanhou o cotidiano de sete pessoas durante quatro anos. O filme põe o foco na relação entre arte e ativismo, mostrando como os bailes são tanto expressão cultural quanto um espaço de fortalecimento para a luta por igualdade de direitos e acesso à moradia e à saúde.


“O Mau Exemplo de Cameron Post”
[EUA/Reino Unido, 2018]
Assista no streaming do Telecine

A atriz e diretora americana Desiree Akhavan, que é bissexual, incluiu personagens lésbicas ou bissexuais em vários de seus trabalhos para o cinema e a televisão, incluindo O Mau Exemplo de Cameron Post. Premiado no Festival de Sundance, este longa-metragem de ficção foi inspirado na história real do jovem americano Zach Stark, que em 2005 foi enviado pelos pais a um acampamento cristão que prometia transformar adolescentes gays em heterossexuais. No filme (e no livro homônimo de Emily M. Danforth, que serviu de base para o roteiro), o protagonismo passa a ser de uma menina. Ela é Cameron Post (Chloë Grace Moretz), enviada pela família a uma clínica após ser flagrada aos beijos com outra garota.


“Rafiki”
[Quênia/África do Sul/Alemanha/Holanda/França/Noruega/Líbano/Reino Unido, 2018]
Assista no streaming ou no Telecine Cult em 28/6, às 12h35

A diretora Wanuri Kahiu fez história com este que foi o primeiro filme queniano a competir no Festival de Cannes. No entanto, teve de lutar para Rafiki ser visto no Quênia, já que o governo cancelou a estreia alegando que o longa tinha “temática homossexual e clara intenção em promover o lesbianismo”. Adaptado da obra da escritora ugandense Monica Arac de Nyeko, o filme conta a história de amor entre Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva), jovens que vêm de famílias rivais e têm de enfrentar preconceitos e ameaças para ficarem juntas e buscarem seus sonhos. Saiba tudo sobre o filme.


“Retrato de uma Jovem em Chamas”
[França, 2019]
Assista no streaming ou no Telecine Cult em 28/6, às 19:50

Dois prêmios no Festival de Cannes (incluindo a Queer Palm, entregue ao melhor filme com temática LGBTQI+), dez indicação ao César (o Oscar do cinema francês), sucesso estrondoso de crítica e público. A diretora francesa Céline Sciamma conquistou plateias de todo o mundo com a história da pintora Marianne (Noémie Merlant), que em 1770 chega a uma ilha francesa para pintar um retrato de Héloïse (Adèle Haenel). A missão é mais difícil do que parece: Héloïse se recusa a posar porque sabe que o retrato será enviado ao futuro marido, com quem não quer se casar. Marianne, então, deve pintá-la em segredo, numa relação que se torna cada vez mais profunda e mais íntima. Saiba mais sobre os bastidores do filme.


* Este texto foi produzido pelo Mulher no Cinema e é patrocinado pelo Telecine

Top