Denise Weinberg sobre “O Último Azul”: “Eu adoro a indignação no velho”

Há algo de original no quão comum é a personagem de Denise Weinberg em O Último Azul, longa-metragem de Gabriel Mascaro que estreia nesta quinta-feira (28) nos cinemas. Ela se chama Tereza, tem 77 anos e mora em um Brasil distópico, mas não muito difícil de imaginar, no qual os idosos são obrigados a se mudar para uma colônia habitacional.

Rebecca Lenkiewicz sobre “Hot Milk”: “Amor pode ser poderoso combustível”

O nome Rebecca Lenkiewicz pode não soar familiar, mas é bem provável que você tenha assistido ou ao menos ouvido falar dos longas-metragens que ela escreveu. Ida (2013), dirigido por Pawel Pawlikowski, ganhou o Oscar de filme internacional ao contar a história de uma noviça que confronta seu passado. Desobediência (2017), de Sebastián Lelio, retratou o amor proibido entre duas mulheres

Haley Elizabeth Anderson: “Para o artista, estar presente é o mais importante”

Em 1970, após lançar o álbum New York Tendaberry, a cantora americana Laura Nyro (1947-1997) falou à revista Down Beat sobre a inusitada palavra que criara: "Tendaberry é uma essência. Não é morte, é nascimento. E é muito terno, muito frágil, muito forte, muito verdadeiro. É um disco muito sensorial, é todo sentimento. Ele entra em você, talvez pela parte

Yasmin Thayná sobre ‘Virgínia e Adelaide’: “Alegria também é forma de conversar”

Yasmin Thayná no set de "Virgínia e Adelaide" - Foto: Fábio Rebelo

Yasmin Thayná era criança quando a série Cidade dos Homens começou a ser exibida pela Rede Globo, em outubro de 2002. Como não podia esperar acordada pelo programa, que ia ao ar por volta das 23h, seu pai lhe dava uma força: gravava todos os episódios em fitas VHS, que a filha assistia depois. Ao longo dos anos, Yasmin citou aquelas

Shuchi Talati: “Cultura da vergonha influencia cinema indiano”

"Uma cineasta indiana cujo trabalho questiona narrativas dominantes ligadas à gênero, sexualidade e identidade sul-asiática". É assim que a diretora e roteirista Shuchi Talati define a si mesma, e é este o espírito de seu primeiro longa-metragem, Sempre Garotas, que estreia nesta quinta-feira (1) nos cinemas brasileiros. Saiba mais: Apoie o Mulher no Cinema e acesse conteúdos exclusivos Representante do gênero conhecido como coming-of-age,

Dulmaa Purev-Ochir: “Não existe imagem coletiva da Mongólia moderna”

Lkhagvadulam Purev-Ochir, também conhecida como Dulmaa Purev-Ochir, é uma jovem diretora e roteirista da Mongólia que tem chamado a atenção nos festivais internacionais. Seu primeiro curta, Mountain Cat (2020), foi exibido em Cannes; o segundo, Snow in September (2022), foi premiado em Veneza e Toronto; e o longa-metragem de estreia, City of Wind (2024), recebeu o troféu de melhor ator

Elizabeth Sankey: “As bruxas reaparecem quando precisamos delas”

Uma forma de tentar definir Bruxas, documentário que estreia nesta sexta-feira (22) na MUBI, seria dizer que ele reúne três filmes em um. Trata-se, ao mesmo tempo, de um ensaio sobre a representação das bruxas no cinema e na cultura pop; de uma investigação sobre o impacto dos julgamentos de bruxaria do século 16 e 17 na sociedade contemporânea; e

“A gente sente tudo junto”: uma conversa com as atrizes de “Malu”

Parece apropriado que o júri do Festival do Rio tenha decidido premiar todas as três atrizes de Malu, filme que estreia nesta quinta-feira (31) nos cinemas. Celebrar apenas a protagonista, Yara de Novaes, ou escolher uma entre as duas coadjuvantes, Carol Duarte e Juliana Carneiro da Cunha, seria como individualizar um trabalho claramente coletivo, e ignorar que é na relação

Susanna Lira: “Fernanda Young está cada vez mais contemporânea”

Nos últimos anos, Susanna Lira tem se dedicado a extrapolar alguns dos caminhos que seguiu ao longo da carreira. Conhecida por filmes centrados em mulheres - de Positivas (2010) a Torre das Donzelas (2018) -, decidiu dirigir cinebiografias sobre o humorista Mussum (1941-1994) e os jogadores Adriano e Walter Casagrande. Experiente no documentário, lançou-se na ficção com as séries Não

Linga Acácio e a fotografia além do olhar: “A gente fotografa com o corpo todo”

É possível apresentar a carreira da diretora de fotografia e artista visual Linga Acácio a partir das instituições de renome nacional e internacional que permeiam seu currículo. Destacar, por exemplo, que Linga formou-se em Comunicação Social pela Universidade de Fortaleza, fez mestrado em Artes na Universidade Federal do Ceará, foi artista residente do Museu de Arte Moderna do Rio de

Top