Série “The Seduction” adapta “Ligações Perigosas” para os tempos de #MeToo

Numa das cenas mais memoráveis de Ligações Perigosas, o filme de Stephen Frears lançado em 1988, Vicomte de Valmont, personagem de John Malkovich, confessa seu fascínio pela figura de Marquesa de Merteuil, interpretada por Glenn Close: "Eu sempre me pergunto como você conseguiu inventar a si mesma".  Responder a esta indagação é a proposta de The Seduction, série francesa que estreia

Euzhan Palcy: “Precisamos lutar e nossa arma é a câmera” 

Quando recebeu um histórico Oscar honorário, a cineasta martinicana Euzhan Palcy ofereceu uma breve definição de seu trabalho e de seu propósito como cineasta: "Com minha câmera eu não filmo; eu curo". Estas poucas palavras refletem o compromisso social e político da obra de Palcy, homenageada na edição deste ano da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. No Brasil para acompanhar

Falamos mais sobre a mulher no cinema. Como vamos falar melhor?

As coisas mudaram para as mulheres do cinema? Coloco a mim mesma a pergunta que mais me foi feita e que mais hesitei em responder desde que criei o Mulher no Cinema, há dez anos. Uma pergunta que ouvi de leitores, estudantes e outros jornalistas, às vezes em variações que deixavam transparecer a expectativa por uma resposta positiva: Como as coisas

Denise Weinberg sobre “O Último Azul”: “Eu adoro a indignação no velho”

Há algo de original no quão comum é a personagem de Denise Weinberg em O Último Azul, longa-metragem de Gabriel Mascaro que estreia nesta quinta-feira (28) nos cinemas. Ela se chama Tereza, tem 77 anos e mora em um Brasil distópico, mas não muito difícil de imaginar, no qual os idosos são obrigados a se mudar para uma colônia habitacional.

Athina Rachel Tsangari: “Estamos todos em estado de choque”

Quando a cineasta grega Athina Rachel Tsangari lançou Attenberg (2010), o filme que a projetou internacionalmente, ela o definiu como uma "tragédia maluca". A expressão unia universos aparentemente incompatíveis (a tragédia e a comédia maluca, ou screwball comedy) e anunciava algo central na obra da diretora: o desejo de explorar diferentes gêneros e tonalidades narrativas em uma mesma história. Leia também: Haley

Crítica: “Amores Materialistas”, de Celine Song

A julgar pelo trailer, as entrevistas bem-humoradas do elenco e o tom geral da campanha de marketing, Amores Materialistas, que estreia nesta quinta-feira (31), parece ser uma comédia romântica leve e divertida, daquelas que os grandes estúdios americanos praticamente deixaram de lançar nos cinemas. De um lado, o caráter genérico do material promocional indicou se tratar de território conhecido e

Rebecca Lenkiewicz sobre “Hot Milk”: “Amor pode ser poderoso combustível”

O nome Rebecca Lenkiewicz pode não soar familiar, mas é bem provável que você tenha assistido ou ao menos ouvido falar dos longas-metragens que ela escreveu. Ida (2013), dirigido por Pawel Pawlikowski, ganhou o Oscar de filme internacional ao contar a história de uma noviça que confronta seu passado. Desobediência (2017), de Sebastián Lelio, retratou o amor proibido entre duas mulheres

Haley Elizabeth Anderson: “Para o artista, estar presente é o mais importante”

Em 1970, após lançar o álbum New York Tendaberry, a cantora americana Laura Nyro (1947-1997) falou à revista Down Beat sobre a inusitada palavra que criara: "Tendaberry é uma essência. Não é morte, é nascimento. E é muito terno, muito frágil, muito forte, muito verdadeiro. É um disco muito sensorial, é todo sentimento. Ele entra em você, talvez pela parte

Yasmin Thayná sobre ‘Virgínia e Adelaide’: “Alegria também é forma de conversar”

Yasmin Thayná no set de "Virgínia e Adelaide" - Foto: Fábio Rebelo

Yasmin Thayná era criança quando a série Cidade dos Homens começou a ser exibida pela Rede Globo, em outubro de 2002. Como não podia esperar acordada pelo programa, que ia ao ar por volta das 23h, seu pai lhe dava uma força: gravava todos os episódios em fitas VHS, que a filha assistia depois. Ao longo dos anos, Yasmin citou aquelas

Shuchi Talati: “Cultura da vergonha influencia cinema indiano”

"Uma cineasta indiana cujo trabalho questiona narrativas dominantes ligadas à gênero, sexualidade e identidade sul-asiática". É assim que a diretora e roteirista Shuchi Talati define a si mesma, e é este o espírito de seu primeiro longa-metragem, Sempre Garotas, que estreia nesta quinta-feira (1) nos cinemas brasileiros. Saiba mais: Apoie o Mulher no Cinema e acesse conteúdos exclusivos Representante do gênero conhecido como coming-of-age,

Top