Nadine Labaki, Teresa Villaverde, Mia Hansen-Love, Wanuri Kahiu, Glenda Nicácio e Tata Amaral são algumas das diretoras com filmes na programação da 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, em cartaz de 18 a 31 de outubro.
Os filmes dirigidos por mulheres representam cerca de 29% do line-up da Mostra, uma porcentagem similar à registrada no ano passado. No total, são quase 100 títulos com direção feminina, incluindo longas premiados em festivais internacionais e que buscam uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro.
A Mostra deste ano também inclui a exibição do clássico A Caixa de Pandora (1928), estrelado por Louise Brooks, em sessão ao ar livre no Auditório Ibirapuera, com acompanhamento musical ao vivo da Orquestra Jazz Sinfônica. Além disso, o recém-inaugurado Anexo do Cinesesc receberá a instalação de realidade virtual The Chalkroom, criada por Laurie Anderson e Hsin-Chien Huang, obra que inspirou o pôster da Mostra deste ano, assinado por Anderson.
Para quem quer aproveitar para prestigiar o trabalho de diretoras brasileiras e estrangeiras, o Mulher no Cinema fez uma lista com todos os filmes dirigidos por mulheres na programação. Consulte dias e locais de exibição no site da Mostra.
“3 Dias em Quiberon”
[3 Tage in Quiberon, Alemanha/Áustria, França, 2018]
O documentário dirigido por Emily Atef foca na atriz franco-alemã Romy Schneider (1938-1982), recuperando imagens da última entrevista concedida por ela, em 1981. Durante três dias, ela fez sessões de fotos e teve intensas conversas com dois jornalistas em um hotel na pequena comuna de Quiberon, na França.
“O Alfabeto Greenaway”
[Het Greenaway Alphabet, Holanda, 2017]
A artista multimídia Saskia Boddeke dirige este documentário no qual seu marido, o cineasta Peter Greenaway, conversa com a filha Zoë, de 16 anos. Neste diálogo, os dois embarcam em uma jornada em ordem alfabética pela trajetória do diretor, conhecido por filmes como O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante (1989) e Que Viva Eisenstein! (2015).
“4 Feet: Blind Date”
[Metro Veinte: Cita Ciega, Argentina, 2018]
Juana tem 18 anos, usa cadeira de rodas e está ansiosa para explorar sua sexualidade. Um dia, marca um encontro às cegas com Felipe, um garoto que conheceu nas mídias sociais. Depois de superar seus medos, dúvidas e uma cidade sem acessibilidade, ela o encontra. Curta-metragem de 17 minutos dirigido por Belen Poncio.
“Almofada de Alfinetes”
[Pin Cushion, Reino Unido, 2017]
Lyn e sua filha, Iona, estão animadas para começar a vida em uma nova cidade. Depois de um começo complicado na escola, Iona afaz amizade com três meninas populares no colégio. Acostumada a ser a melhor amiga de Iona, Lyn se sente excluída e acaba se aproximando da vizinha, Belinda. Dirigido pela cineasta Deborah Haywood.
“Angkar”
[França/Camboja, 2018]
Diretora deste documentário, Neary Adeline Hay é fruto de um casamento forçado durante o regime do Khmer Vermelho, no Camboja. Para entender este período da história de seu país, no qual quase um terço da população foi exterminada, ela acompanha o pai, Khonsaly, no reencontro com seus opressores no vilarejo onde viveram como prisioneiros por quatro anos.
“Assim Como Meu Filho”
[Sembra Mio Filglio, Itália/Croácia/Bélgica, 2018]
Quando criança, Ismail deixou o Afeganistão com o irmão, Hassan, para fugir do Taleban. A mãe nunca deixou de esperar por notícias dos filhos, mas quando Ismail entra em contato por telefone, ela não o reconhece. Após várias ligações malsucedidas, ele decide encarar as cicatrizes da guerra e a história de seu povo. Dirigido por Constanza Quatriglio.
“Ava”
[Irã/Canadá/Catar, 2017]
Após uma traumática visita ao ginecologista, Ava descobre a desonestidade da mãe e tenta cometer suicídio na escola. Para evitar ser expulsa, ela aceita um acordo: espionar seus colegas de classe. Incompreendida por seus pais e atormentada pelo colégio, a menina decide seguir seu próprio caminho. Dirigido por Sadaf Forough.
“Um Bar em Folies-Bergère”
[A Bar at the Folies-Bergère, França, 2018]
Dirigido pela cineasta Gabrielle Lissot, este curta-metragem de realidade virtual propõe um mergulho na famosa pintura Um Bar no Folies-Bergère, a última grande obra do artista Édouard Manet (1832-1883). Exibido no Salão de Paris em 1882, o quadro retrata a animação de uma noite no cabaré Folies Bergère, no final do século 19.
“Canção de um Vidente”
[Les Flâneries du Voyant, França/Canadá/Haiti, 2018]
O documentário da diretora Aïda Maigre-Touchet narra a trajetória do poeta, jornalista e ator haitiano Dominique Batraville, mostrando também seu momento e suas reflexões atuais. Filmado na pequena casa onde mora na cidade de Porto Príncipe, o autor lê, escreve, canta, recita poemas e relembra as lutas e triunfos de sua vida.
“A Caótica Vida de Nada Kadic”
[Kaoticni Zivot Nade Kadic, México, 2018]
Nada é uma mãe solteira que tenta fazer várias coisas ao mesmo tempo. Por trás de sua rotina caótica, há o desejo profundo de mudar de vida. Quando Hava, sua filha pequena, é diagnosticada com uma forma de autismo, Nada decide viajar com ela pelo interior da Bósnia. Primeiro longa-metragem de Marta Hernaiz Pidal.
“Cafarnaum”
[Capharnaüm, Líbano/EUA, 2018]
Ganhador do Prêmio do Júri no Festival de Cannes, o filme dirigido pela cineasta Nadine Labaki conta a história de Zain, um menino de 12 anos que leva uma vida dura em Beirute e decide processar os próprios pais. O elenco é formado principalmente por atores que não são profissionais. Candidato do Líbano ao Oscar de filme estrangeiro
“Carmen & Lola”
[Carmen y Lola, Espanha, 2018]
Como as outras meninas da comunidade cigana em que vive nos arredores de Madri, Carmen está destinada a casar e criar o maior número de filhos possível. Até que um dia ela conhece Lola, uma cigana incomum, que gosta de desenhar pássaros e sonha em ir para a universidade. Escrito e dirigido pela cineasta Arantxa Echevarría.
“Cassandro El Exótico!”
[França, 2018]
Cassandro é a grande estrela entre os lutadores mexicanos crossdressers que são conhecidos como Exóticos. Após 26 anos de mergulhos, giros e voos no ringue, ele está longe de se aposentar. Mas com dezenas de ossos quebrados e pinos de metal pelo corpo, ele precisará se reinventar. Documentário dirigido pela cineasta Marie Losier.
“Ceres”
[Holanda/Bélgica, 2018]
O documentário da diretora Janet van den Brand acompanha quatro crianças holandesas que são filhas de fazendeiros e herdarão as terras dos seus pais no futuro. Quando atingem os primeiros anos da puberdade, elas começam a perceber as dificuldades do negócio: da volatilidade da natureza às ameaças do clima, passando pelo ciclo da vida e da morte.
“Charlotte quer se Divertir”
[Charlotte a du Fun, Canadá, 2018]
Charlotte tem 17 anos e está sofrendo por amor. Ao descobrir que os garotos podem ajudá-la a superar este momento difícil, decide explorar sua liberdade sexual e se relacionar casualmente com vários deles. Mas como isso será visto pelos outros? E seria diferente se ela fosse homem? Dirigido por Sophie Lorain.
“Chris, O Suíço”
[Chris The Swiss, Suíça/Alemanha/Croácia/Finlândia, 2018]
Croácia, janeiro de 1992. No meio das guerras iugoslavas, um jovem jornalista suíço é encontrado morto em circunstâncias misteriosas e vestindo o uniforme de um grupo mercenário internacional. Vinte anos depois, sua prima, a diretora Anja Kofmel, decide investigar a história e entender qual foi o envolvimento do jovem Chris no conflito.
“Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos”
[Portugal/Brasil, 2018]
Rodado ao longo de nove meses na aldeia Pedra Branca (Terra Indígena Krahô, no Tocantins), conta a história de Ihjãc, jovem que foge para a cidade para escapar do feitiço de um pajé. É dirigido por Renée Nader Messora e João Salaviza e ganhou o prêmio do júri na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes. Leia entrevista com a diretora
“Com Todo o Meu Hipotálamo”
[Gusto Kita With All My Hypothalamus, Filipinas, 2018]
Na parte antiga de Manila, nas Filipinas, a misteriosa Aileen chama a atenção de quatro homens: um romântico incurável, um traficante de eletrônicos, um calouro da faculdade e um ladrão sentimental. Aileen parece saber como manipular a realidade de seus pretendentes e controlá-los. Mas o que será que ela quer? Direção de Dwein Baltazar.
“Con El Viento”
[Espanha/Argentina/França, 2018]
Monica é uma dançarina espanhola que vive em Buenos Aires há 20 anos. Ao receber a notícia de que seu pai está morrendo, ela precisa encarar o retorno para casa. Ao chegar na Espanha, a convivência com a mãe traz à tona antigos conflitos e arrependimentos. Primeiro longa-metragem da diretora Meritxell Colell Aparicio.
“O Coração”
[Hjärtat, Suécia, 2018]
A fotógrafa Mika e o produtor musical Tasfay acreditam que, juntos, finalmente encontraram o amor. Mas tudo muda quando os dois decidem morar juntos. Primeiro longa-metragem da diretora Fanni Metelius, também autora do roteiro e protagonista do filme. Antes, ela trabalhou como atriz em Força Maior (2014), de Ruben Östlund.
“A Costureira dos Sonhos”
[Sir, França/Índia, 2018]
Em Mumbai, na Índia, Ratna é uma jovem viúva que trabalha como serva de Ashwin, um homem de família rica. As realidades dos dois colidem: Ashwin parece ter tudo, mas desistiu de seus objetivos e está um pouco perdido; e Ratna, que parece não ter nada, vive cheia de esperanças e se esforça para realizar seus sonhos. Dirigido por Rohena Gera.
“Clementina”
[Brasil, 2018]
O documentário dirigido pela cineasta Ana Rieper retrata a trajetória da cantora Clementina de Jesus (1901-1987). Nascida em Valença, no Rio de Janeiro, e revelada tardiamente, quando tinha 63 anos, a artista se tornou uma das maiores vozes do samba e foi considerada um forte elo entre a cultura brasileira e as raízes africanas.
“Comandante Arian”
[Commander Arian, Alemanha/Espanha/Síria, 2018]
O documentário da diretora Alba Sottora conta a história da comandante Arian. Quando a guerra civil estourou na Síria, Arian se juntou à resistência e às Unidades de Proteção às Mulheres para combater o Estado Islâmico. No filme, ela lidera um batalhão feminino em direção à cidade de Kobane para libertar reféns do grupo terrorista.
“Conversa com Ele”
[Brasil, 2018]
Um dos homenageados desta edição da Mostra, o médico Drauzio Varella trava uma conversa hipotética com o amigo e diretor Hector Babenco, que morreu em 2016. A partir deste diálogo, o filme aborda a importância da amizade e o vazio deixado pela morte. Curta-metragem de 27 minutos, dirigido pela atriz e cineasta Bárbara Paz.
“El Creador de Universos”
[Uruguai, 2017]
O documentário de Mercedes Dominioni conta a história de Juan, um jovem de 16 anos diagnosticado com Síndrome de Asperger. Na companhia de Rosa, sua avó de 96 anos, Juan faz filmes que servem como forma de expressão e refúgio para a solidão. Mas ele se preocupa com algo inevitável: o dia em que a sua avó irá partir.
“O Derretimento da Groelândia”
[Greenland Melting, EUA, 2017]
Este curta-metragem de documentário oferece uma rara visão do cenário gelado do Ártico, que está desaparecendo mais rápido do que o previsto. Com 11 minutos de duração, permite um voo em baixa altitude sobre uma das paisagens mais impressionantes do mundo. Dirigido por Catherine Upin, Julia Cort, Nonny de La Peña e Raney Aronson.
“Deslembro”
[Brasil, 2018]
Fã de livros e rock, Joana está morando em Paris com a família quando a Anistia é decretada no Brasil. Rapidamente, e contra a sua vontade, ela tem de voltar para um país do qual mal se lembra. Mas Joana encontra seu passado no Rio de Janeiro, onde seu pai desapareceu nos porões do DOPS. Primeiro longa de ficção de Flávia Castro.
“Um Dia para Susana”
[Brasil, 2018]
Documentário sobre a triatleta paralímpica Susana Schnarndorf. Nadadora profissional e mãe de três filhos, em 2005 ela foi diagnosticada com Atrofia de Múltiplos Sistemas, doença rara que acomete partes do cérebro que regulam funções corporais e motoras. O filme retrata a luta diária de Susana para superar limites. De Giovanna Giovanini e Rodrigo Boecker.
“Diferentes Tipos de Chuva”
[1000 Arten Regen zu Beschreiben, Alemanha, 2017]
O adolescente Mike se tranca em seu quarto após decidir não querer fazer parte da vida lá fora. Seus pais e sua irmã imploram, ameaçam e se desesperam tentando convencê-lo a abrir a porta. A união familiar é colocada à prova enquanto, em meio à confusão, segredos são revelados e provocam reflexões. Dirigido por Isa Prahl.
“Domingo”
[Brasil, 2018]
Dirigido por Clara Linhart e Fellipe Barbosa, o filme acompanha os múltiplos pontos de vista de uma família rica do interior gaúcho no dia 1º de janeiro de 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse como presidente do Brasil. Durante esse encontro familiar, verdades ficam prestes a vir à tona e o mal-estar entre os presentes é evidente.
“Ella & Nell”
[Alemanha, 2018]
Ella e Nell eram melhores amigas, mas, com o passar do tempo, foram se distanciando. Agora na casa dos 40 anos, decidem se reaproximar fazendo uma trilha pelas montanhas na fronteira da Alemanha com a República Tcheca. Pequenas discordâncias, porém, trazem à tona questões do passado. Direção de Aline Chukwuedo.
“Extinção”
[Portugal, 2018]
O documentário de Salomé Lamas é uma eclética reunião de materiais ficcionais e não ficcionais liderada por Kolya, que é de nacionalidade moldava, mas se declara nacional da Transnístria. O filme discute as fronteiras dos territórios do que antes era a União Soviética e comenta algumas das posições políticas de Vladimir Putin.
“Fabiana”
[Brasil, 2018]
Depois de 30 anos vivendo como nômade pelas rodovias brasileiras, Fabiana, mulher trans e caminhoneira, realizará sua última viagem antes de encarar a aposentadoria e deixar para trás suas aventuras de estrada. Esta trajetória é o tema do filme, um “road movie documental”. Primeiro longa-metragem da diretora Brunna Laboissière.
“Família Submersa”
[Familia sumergida, Argentina/Brasil/Alemanha, 2018]
A vida pacífica de Marcela é abalada pela morte de sua irmã Rina. Desfazendo-se dos pertences de Rina, Marcela conta com a ajuda de Nacho, amigo de sua filha. Mas aparições e discussões antigas se interligam ao presente, trazendo questionamentos. Dirigido por María Alché, protagonista de A Menina Santa (2004), de Lucrecia Martel.
“Filme Ensaio”
[Brasil, 2017]
Em 2014, Andrea Beltrão, Malu Galli e Mariana Lima decidem fazer um espetáculo teatral. A também atriz Maria Flor pede para assistir aos ensaios e registrar com sua câmera o processo de criação da peça. Enquanto observa e acompanha a construção da obra, a diretora identifica o percurso da sua própria vida e da sua profissão.
“Firecrackers”
[Canadá, 2018]
Lou e Chantal são duas melhores amigas que pretendem deixar o lugar onde vivem. No entanto, os planos se alteram quando Chantal é abusada pelo ex-namorado e as duas decidem se vingar. As consequências de suas ações, porém, colocam em risco as chances de mudança. Primeiro longa-metragem da diretora Jasmin Mozaffari.
“Frans Krajcberg: Manifesto”
[Brasil, 2018]
O documentário acompanha Frans Krajcberg (1921-2017) conforme se prepara para ser homenageado na 32ª Bienal de Arte de São Paulo. Artista plástico, escultor, gravurista e fotógrafo, ele nasceu na Polônia, naturalizou-se brasileiro em 1954 e lutou por diversas causas, entre elas a preservação da Amazônia. Dirigido por Regina Jehá.
“Fuga”
[Polônia/República Tcheca/Suécia, 2018]
Há dois anos vivendo com amnésia, Alicja construiu uma nova e independente personalidade longe de casa. Quando sua família finalmente a encontra, Alicja é forçada a se encaixar nos papéis de mãe, filha e esposa e a se relacionar com pessoas que agora são completamente estranhas a ela. Dirigido por Agnieszka Smoczynska.
“Garotas em Fuga”
[Cavale, Bélgica/Suíça, 2018]
Kathy é uma adolescente revoltada e reservada que consegue escapar da instituição psiquiátrica na qual estava internada. Seu objetivo é sair em busca do pai, a única pessoa que pode tirá-la daquele lugar. Nesta fuga improvisada, ela tem a companhia das colegas de quarto, Nabila e Carole. Dirigido pela cineasta Virginie Gourmel.
“Garotos que Gostam de Garotas”
[Miehen Malli, Finlândia/Índia/Noruega, 2018]
Criado em um lar violento numa favela de Mumbai, o adolescente Ved participa de um projeto destinado a promover a masculinidade saudável. Ali, descobre a paixão pela dança e começa a perceber que seu futuro pode ser diferente do que foi traçado pelo pai abusivo e controlador. Documentário dirigido por Inka Achté.
“Gilda Brasileiro – Contra o Esquecimento”
[Brasil, 2018]
Filha de pai afrodescendente e mãe judia-alemã, Gilda começa a pesquisar sobre uma estrada que, no século 19, era usada como rota secreta por traficantes de escravos na mata atlântica. Encontra documentos relevantes, mas ninguém quer vasculhar o passado. Eis que a incansável Gilda contagia os cineastas Viola Scheuerer e Roberto Manhães Reis.
“Hayati: Minha Vida”
[Hayati, Espanha/França, 2018]
O documentário de Liliana Torres e Sofi Escude Poulenc conta a história de quatro sírios. Um deles é Osama Abdul Mohsen, protagonista de uma cena triste: em 2015, ele tomou uma rasteira de uma repórter húngara enquanto fugia da polícia com o filho nos braços na fronteira entre Hungria e Sérvia. Mohsen conseguiu asilo na Espanha, mas sua família segue na Turquia.
“Heroínas Silenciosas”
[Quiet Heroes, EUA, 2018]
Na cidade americana de Salt Lake City, Utah, a cultura mórmon complicou a crise de Aids ao marginalizar e negar apoio médico aos pacientes. Nos anos 1980, a Dra. Kristen Ries e sua parceira e assistente Maggie Snyder eram as únicas dispostas a ir contra isso – e este documentário conta a história delas. De Jenny Mackenzie, Amanda Stoddard e Jared Ruga.
“Holiday”
[Dinamarca/Holanda/Suécia/Turquia, 2018]
Sacha vai passar férias luxuosas no litoral da Turquia com o namorado Michael, um traficante dinamarquês. Com ele, a jovem tem um relacionamento marcado pela violência física e psicológica. Durante a viagem, Sacha desafia Michael ao fazer amizade com um holandês. Primeiro longa-metragem da diretora Isabella Eklöf.
“Ilha”
[Brasil, 2018]
Emerson, um jovem da periferia, quer fazer um filme que conte a sua história na Ilha, lugar de onde os nativos nunca conseguem sair. Para conseguir, toma uma decisão: vai sequestrar Henrique, um premiado cineasta. Segundo longa-metragem dos cineastas Glenda Nicácio e Ary Rosa, a dupla responsável por Café com Canela.
“Isto É um Lar: Uma História de Refugiados”
[This Is Home: A Refugee Story, EUA, 2018]
O documentário da diretora Alexandra Shiva acompanha quatro famílias sírias em sua chegada à cidade americana de Baltimore. Refugiados da guerra que assola seu país, eles se deparam com novos costumes e formas de interação, e têm apenas oito meses para provar ao governo dos Estados Unidos que podem ser autossuficientes.
“Jibril”
[Alemanha, 2018]
Maryam é uma mulher independente que vive em Berlim e cria sozinha as três filhas. Por acaso, conhece Gabriel, um homem que está cumprindo pena na prisão. Em busca da felicidade, Maryam e Gabriel tentam preencher o vazio que toma conta deles. Mas Maryam também precisa lidar com a rotina, o trabalho e a vida com as filhas. De Henrika Kull.
“Um Jovem Chamado Engels”
[Ein Junger Mann Namens Engels, Alemanha, 1970]
Curta-metragem de animação realizado a partir de cartas e desenhos do jovem Friedrich Engels (1820-1895) produzidos entre os anos 1838 e 1842. Com 21 minutos de duração, o filme narra como Engels se tornou o interlocutor fundamental de Karl Marx (1818-1883). Dirigido por Katja Georgi, em parceria com Klaus Georgi.
“Jovem Solidão”
[Premières Solitudes, França, 2018]
A diretora Claire Simon busca estabelecer, por meio deste documentário, um diálogo cinematográfico com jovens que vivem nos subúrbios de Paris. Sentados nos corredores da escola ou em bancos na calçada, estes estudantes de Ensino Médio compartilham histórias pessoais e de suas famílias, mas também falam sobre paixões e solidão.
“Julia e a Raposa”
[Julia y el Zorro, Argentina, 2018]
Algum tempo depois da morte do marido, Julia se muda com a filha de 12 anos, Emma, para uma propriedade da família na província de Córdoba, na Argentina. Um dia, um antigo colega da companhia de teatro, Gaspar, aparece para tentar convencê-la a participar de uma peça e, assim, reconstruir sua vida. Roteiro e direção de Inés María Barrionuevo.
“Kusama – Infinito”
[Kusama – Infinity, EUA, 2018]
Documentário sobre a artista Yayoi Kusama. Nascida em uma família conservadora na área rural do Japão, ela se mudou para os EUA, produziu esculturas ousadas e participou de protestos contra a Guerra do Vietnã. O filme aborda a infância de Kusama, o machismo da profissão e a internação voluntária numa clínica psiquiátrica. De Heather Lenz.
“Limonada”
[Lemonade, Romênia/Canadá/Alemanha/Suécia, 2018]
Trabalhando temporariamente nos Estados Unidos, a enfermeira romena Mara se casa com um americano e providencia para que seu filho, fruto de um casamento anterior, também se mude para o país. Quando o processo do seu visto permanente dá errado, Mara tem de encarar abusos de poder em diferentes níveis. Direção de Ioana Uricaru.
“Las Sandinistas!”
[EUA, 2018]
Documentário sobre as mulheres guerrilheiras que lideraram o combate e a reforma social durante a Revolução Sandinista na Nicarágua, em 1979. Após o conflito, elas foram pioneiras na criação de programas sociais e educacionais. Hoje, lutam para que o governo do país não apague sua história. Direção de Jenny Murray.
“Los Silencios”
[Brasil/França/Colômbia, 2018]
Fugindo de conflitos armados, Amparo (Marleyda Soto) tem de lidar com o desaparecimento de sua filha e de seu marido, enquanto espera por documentos para tentar passar pela fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Dirigido pela cineasta Beatriz Seigner, o filme foi exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes.
“A Madeline de Madeline”
[Madeline’s Madeline, EUA, 2018]
A jovem Madeline se tornou parte fundamental de uma companhia teatral. Mas a linha entre realidade e ficção se confunde quando a diretora do espetáculo faz a adolescente levar para os palcos o problemático relacionamento com a mãe. Com Helena Howard, Molly Parker e Miranda July, tem direção de Josephine Decker.
“Malila: A Flor do Adeus”
[Malila, Tailândia, 2017]
Dirigido por Anucha Boonyawatana, conta a história de amor entre o fazendeiro Shane e o artista Pitch, que monta ornamentos feitos de plantas e flores, conhecidos como bai sri. O reencontro dos dois após vários anos se dá no difícil momento em que Pitch lida com uma doença terminal. Candidato da Tailândia ao Oscar de filme estrangeiro.
“O Mau Exemplo de Cameron Post”
[The Miseducation of Cameron Post, EUA, 2018]
Estrelado por Chloë Grace Moretz e Sasha Lane, conta a história de uma adolescente que, após ser vista em uma relação sexual com outra garota, é enviada pelos tios a um centro de “cura gay” que busca transformar lésbicas em heterossexuais. Dirigido por Desiree Akhavan e ganhador do principal prêmio do Festival de Sundance.
“Maya”
[França, 2018]
Gabriel é um repórter francês que acaba de ser libertado após ficar meses em cativeiro na Síria. Passada a alegria do retorno, ele percebe que não conseguirá reconstruir a vida em Paris e decide ir para Goa, na Índia, onde passou a infância. Lá, conhece Maya, a filha de seu padrinho, e se sente renascer. Direção de Mia Hansen-Love.
“Meio Irmão”
[Brasil, 2018]
A mãe de Sandra está desaparecida há dias. Sem saber o que fazer, e também sem dinheiro, a garota decide pedir ajuda a Jorge, o meio-irmão com quem tem relação distante. Por sua vez, ele passa por situação difícil: está sofrendo ameaças para não divulgar imagens de uma agressão homofóbica. Dirigido por Eliane Coster.
“Metade do Céu”
[Ban Bain Train, China, 2018]
O filme é composto por cinco segmentos, todos dirigidos por mulheres, que abordam o feminismo a partir de diferentes países, histórias e pontos de vista. As cineastas participantes deste projeto são a indiana Ashwiny Iyer Tiwari, a brasileira Daniela Thomas, a russa Elizaveta Stishova, a sul-africana Sara Blecher e a chinesa Yulin Liu.
“Meu Tecido Preferido”
[Mon Tissu Préféré, França/Alemanha/Turquia, 2018]
Em meio à guerra civil na Síria, a jovem Nahla leva uma vida triste em um subúrbio de Damasco, ao lado de sua mãe e duas irmãs. Quando Samir, sírio que emigrou para os Estados Unidos, aparece em busca de uma mulher, ela se vê dividida entre o desejo de liberdade e as esperanças de deixar o país. Direção de Gaya Jiji.
“Miriam Mente”
[Miriam Miente, República Dominicana/Espanha, 2018]
A tímida Miriam se prepara pra comemorar seu aniversário de 15 anos. Sua mãe, por sua vez, está ansiosa para conhecer o namorado da garota, Jean-Louis. Mas Miriam e Jean-Louis nunca se viram pessoalmente, apenas pela internet, e a tentativa do primeiro encontro complica as coisas. Dirigido por Natalia Cabral e Oriol Estrada.
“Mormaço”
[Brasil, 2018]
Rio de Janeiro, 2016. Num quente verão, a cidade se prepara para os Jogos e Ana (Marina Provenzzano) trabalha na defesa de uma comunidade ameaçada de remoção por obras do Parque Olímpico. Enquanto isso, misteriosas manchas roxas, similares a fungos, aparecem em seu corpo. Direção de Marina Meliande, que divide o roteiro com Felipe Bragança.
“Uma Mulher Flexível”
[Eine Flexible Frau, Alemanha, 2010]
Verão em Berlim e a arquiteta Greta acaba de perder o emprego. Mãe de um menino de 12 anos, ela faz o que pode para sobreviver entre a pressão para se conformar e a vontade de não o fazê-lo. Escrito e dirigido por Tatjana Turanskyj, é a segunda parte da trilogia intitulada Mulher e Trabalho. A Mostra também exibe outro filme da cineasta: Top Girl.
“Na Estrada da Felicidade”
[Hsing Fu Lu Shang, Taiwan, 2017]
Morando nos Estados Unidos, a jovem Chi volta para seu país natal, Taiwan, ao receber a notícia de que sua avó está morrendo. Lá, questiona a nostalgia da infância, a história da China e de Taiwan, a amargura do exílio, os anseios pela carreira, o namorado americano e o choque entre tradições. Dirigido por Hsin-Yin Sung.
“Não Me Toque”
[Touch Me Not, Romênia/Alemanha/Rep. Tcheca/Bulgária/França, 2018]
Uma cineasta e seus personagens se aventuram em uma pesquisa sobre intimidade. Na fronteira entre realidade e ficção, o longa segue as jornadas emocionais de Laura, Tómas e Christian, que anseiam por intimidade, mas também tem medo dela. Primeiro longa de Adina Pintilie, foi o ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim.
“Nina”
[Polônia, 2018]
Nina é uma professora que lida com vários conflitos. Sua mãe é dona da escola em que trabalha – e, portanto, sua chefe – e o relacionamento com o marido está em crise: os dois querem um bebê, mas Nina não pode engravidar. Em busca de uma barriga de aluguel, eles pensam em Magda, que tem semelhança física com Nina. Dirigido por Olga Chajdas.
“A Odisseia de Peter”
[Odysseya Petra, Rússia, 2018]
Peter tem 12 anos e sempre passa as férias de verão na casa da avó, no subúrbio de Moscou. Mas os dias de diversão acabam de forma abrupta quando seus pais anunciam que eles se mudarão para a Alemanha. Com dificuldades de adaptação, ele embarca em uma jornada fantasiosa de volta para casa. De Anna Kolchina e Alexey Kuzmin-Tarasov.
“Poderia Me Perdoar?”
[Can You Ever Forgive Me?, EUA, 2018]
Lee Israel é uma aclamada autora de biografias que lançou obras de sucesso nas décadas de 1970 e 1980. Quando não consegue mais emplacar propostas de livros, ela encontra outra saída para ganhar dinheiro: falsificar cartas, documentos e anotações de celebridades. Dirigido por Marielle Heller, é estrelado por Melissa McCarthy.
“Procurando por Ingmar Bergman”
[Searching for Ingmar Bergman, Alemanha, 2018]
A diretora alemã Margarethe von Trotta analisa a vida e a obra do cineasta sueco Ingmar Bergman (1918-2007). Lançado no ano que marca o centenário de nascimento do diretor, o documentário explora o legado dele em frente e por atrás das câmeras, com depoimentos de pessoas próximas e também de diretores da nova geração.
“Querido Ex”
[Shei Xian Ai Shang Ta De, Taiwan, 2018]
Após receber a notícia de que seu ex-marido morreu, Liu Salian tem uma surpresa: ele alterou o seguro de vida e beneficiou não seu filho, mas um estranho chamado Jay. Indignada, Liu decide confrontar Jay, que não recua. A relação fica ainda mais tensa quando o filho de Liu decide morar com Jay. Dirigido por Mag Hsu e Chih-Yen Hsu.
“Rafiki”
[África do Sul/Quênia/França/Holanda/Alemanha/Noruega, 2018]
Dirigido por Wanuri Kahiu e baseado em um conto da escritora ugandense Monica Arac de Nyeko, conta a história das garotas quenianas Kena e Ziki. Apesar da rivalidade entre suas famílias, elas continuam amigas e se ajudam na busca por seus sonhos. Quando a amizade vira amor, elas têm de enfrentar uma sociedade conservadora.
“O Retorno”
[The Return, Dinamarca, 2018]
Karoline e Thomas nasceram na Coreia do Sul, mas foram adotados e cresceram na Dinamarca. Aos 30 e poucos anos, de volta a Seul, conhecem outras pessoas com trajetória similar e começam a questionar seus próprios destinos e identidades. O filme é inspirado nas experiências pessoais da diretora Malene Choi.
“Rosas Selvagens”
[Dzikie Róze, Polônia, 2017]
Após uma internação em um hospital, Ewa retorna à vila onde mora e trabalha em uma plantação de rosas. Ela precisa se reaproximar dos dois filhos e do marido, que passou meses trabalhando fora. Mas Ewa também precisa tomar uma decisão sobre Marcel, o jovem com quem mantém um caso amoroso. Roteiro e direção de Anna Jadowska.
“O Rosto”
[Twarz, Polônia, 2018]
Jacek ama heavy metal, sua namorada e seu cachorro. Na cidadezinha onde vive, ele é tido como excêntrico e inofensivo. Mas todos os olhares realmente se voltam para Jacek quando ele sofre um acidente e é submetido ao primeiro transplante facial do país. Dirigido por Malgorzata Szumowska, ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim.
“Run & Jump”
[EUA, 2013]
Um médico americano viaja para a Irlanda para estudar o caso de Conor, um homem de 38 anos que sofreu um derrame. De volta para casa após longo tempo no hospital, ele começa a demonstrar um comportamento agressivo que não costumava ter antes. Dirigido pela cineasta Steph Green, que também escreveu o roteiro em parceria com Ailbhe Keogan.
“Sem Amor”
[Unlovable, EUA, 2018]
Joy tenta preencher o vazio em sua alma com romances e sexo, mas nunca consegue. Em busca de ajuda, ela se matricula em um programa de recuperação para viciados em sexo e encontra apoio em uma nova amiga, Maddie. Quando Joy encontra Jim, o recluso irmão de Maddie, as coisas começam a mudar. Dirigido por Suzi Yoonessi.
“Sequestro Relâmpago”
[Brasil, 2018]
Isabel é vítima de um sequestro relâmpago ao sair de um bar. Os inexperientes sequestradores, Matheus e Japonês, percebem que não conseguirão chegar a um caixa eletrônico antes das 22h e decidem ficar com Isabel até o dia seguinte, para que possam fazer o saque. Refém em seu carro, Isabel terá que negociar por sua vida. De Tata Amaral.
“O Silêncio dos Outros”
[The Silence of Others, Espanha/EUA, 2018]
Filmado ao longo de seis anos, o documentário acompanha a luta por justiça de sobreviventes da ditadura espanhola liderada pelo general Francisco Franco (1892-1975). Quarenta anos após o fim do regime, elas organizaram o inovador “Processo Argentino” e combatem a amnésia imposta pelo Estado. Dirigido por Almudena Carracedo e Robert Bahar.
“Sofia”
[França/Catar/Bélgica, 2018]
Sofia é uma jovem de 20 anos que mora com os pais em Casablanca, no Marrocos. Ao dar à luz sem estar casada, ela infringe as leis do país e tem apenas 24 horas para providenciar a documentação sobre que é o pai da criança. Dirigido por Meryem Benm’Barek, ganhou o prêmio de melhor roteiro na seção Um Certo Olhar no Festival de Cannes.
“As Sombras do Deserto”
[The Shadows of the Desert, Alemanha/Índia, 2018]
Baskaran trocou Índia por Dubai em busca de uma vida melhor, mas voltou para seu país natal em um caixão. A viúva, Sundari, rejeita a teoria de suicídio. Este documentário investiga o que aconteceu com Baskaran e, por consequência, retrata a vida dos operários indianos. Dirigido por Jayakrishnan Subramanian e Franziska Schoenenberge.
“Sueño Florianópolis”
[Argentina/Brasil, 2018]
Em 1990, Pedro e Lucrécia estão separados mas decidem deixar Buenos Aires e fazer uma viagem de férias no litoral sul do Brasil com os dois filhos adolescentes. Assim, caem na estrada e viajam 1.750 km até Florianópolis. Juntos, porém separados, conhecem Marco e Larissa e vão descobrindo quais são os sonhos de cada um. Dirigido por Ana Katz
“Sun Ladies”
[EUA, 2018]
Em 2014, soldados do Estado Islâmico atacaram a comunidade de Sinjar, no Iraque, mataram os homens e levaram as mulheres como escravas sexuais. As habitantes que escaparam formaram um grupo de resistência chamado Sun Ladies. O documentário de 7 minutos mostra a jornada da capitã Xate Singali. Direção de Celine Tricart e Christian Stephen.
“Tarde para Morrer Jovem”
[Tarde para Morir Joven, Chile/Brasil/Argentina/Holanda/Catar, 2018]
Na década de 1990, no Chile, uma comunidade aos pés dos Andes reúne famílias que querem estar longe dos excessos urbanos. Na véspera do ano novo, Lucas e Sofia, ambos com 16 anos, e Clara, 10, lidam com pais, primeiros amores e medos. Por este trabalho, Dominga Sotomayor recebeu o prêmio de direção no Festival de Locarno.
“Teatro de Guerra”
[Argentina/Espanha, 2018]
Quase 35 anos depois da Guerra das Malvinas, seis veteranos – três britânicos e três argentinos – se unem para fazer um filme. Este documentário acompanha o processo de filmagem, no qual este grupo passou meses discutindo e ensaiando a reencenação de suas memórias. Primeiro longa-metragem da diretora Lola Arias.
“A Terceira Esposa”
[Nguoi Vo Ba, Vietnã, 2018]
No fim do século 19, May tem 14 anos e mora em uma área rural do Vietnã. A vida da garota muda quando ela se torna a terceira esposa de um rico dono de terras. Após testemunhar um encontro romântico proibido, a jovem encara uma série de transformações. Primeiro longa-metragem da diretora Ash Mayfair, que também assina o roteiro.
“O Termômetro de Galileu”
[O Termómetro de Galileu, Portugal, 2018]
O documentário de Teresa Villaverde registra o verão que passou na casa do cineasta Tonino De Bernardi na região do Piemonte, na Itália. Convivendo com a família do artista, Villaverde aborda como o respeito pela vida e pela arte passa pelas gerações. A diretora é uma das duas mulheres entre os cinco jurados da Mostra, ao lado de Astrid Adverbe.
“Todas as Canções de Amor”
[Brasil, 2018]
Ana e Chico se mudam para um apartamento no centro de São Paulo. Durante a arrumação, encontram uma fita cassete intitulada “todas as canções de amor” e gravada 20 anos antes pela antiga moradora do lugar, Clarice, para seu companheiro, Daniel. Dirigido por Joana Mariani, tem Nina Crintzs e Vera Egito no time de roteiristas.
“Top Girl ou a Deformação Profissional”
[Top Girl oder la déformation professionnelle, Alemanha, 2014]
Escrito e dirigido por Tatjana Turanskyj, é a segunda parte da trilogia intitulada Mulher e Trabalho. Conta a história de Helena, mãe solteira que ganha a vida como acompanhante sexual. No elenco, Julia Hammer, Susanne Bredehöft e Jojo Pohl. A Mostra deste ano também exibe outro filme da cineasta: Uma Mulher Flexível.
“Tornando-se Astrid”
[Unga Astrid, Suécia/Dinamarca, 2018]
O longa de Pernille Fischer Christensen é inspirado na juventude da escritora Astrid Lindgren (1907-2002) na Suécia. Aos 18 anos, Astrid consegue seu primeiro emprego em um jornal local, onde se apaixona pelo chefe, Reinhold Blomberg. Grávida, ela toma uma decisão que quebra as regras sociais da época: decide que não vai se casar e que assumirá o filho sozinha.
“Torre das Donzelas”
[Brasil, 2018]
Quarenta anos após serem presas durante a ditadura militar, um grupo de mulheres relembra sua passagem pela Torre das Donzelas, como era conhecida a área feminina do Presídio Tiradentes, em São Paulo. Entre as entrevistadas do documentário está a ex-presidente Dilma Rousseff. Dirigido pela cineasta Susanna Lira.
“Trinta Almas”
[Trinta Lumes, Espanha, 2017]
Alba é uma menina de apenas 12 anos que está muito determinada a desvendar os mistérios que envolvem a morte. Acompanhada de seu melhor amigo, Samuel, ela entra em casas abandonadas, viaja por vilarejos esquecidos e explora montanhas remotas em busca de algumas respostas. Dirigido pela cineasta Diana Toucedo.
“A Valsa de Waldheim”
[Waldheim’s Walzer, Áustria, 2018]
O documentário de Ruth Beckermann examina a história recente da Europa olhando para o ano de 1986, quando o ex-secretário-geral da ONU Kurt Waldheim lançou sua candidatura à presidência da Áustria. No mesmo momento, foram feitas denúncias de ligações com o nazismo. Candidato da Áustria ao Oscar de filme estrangeiro.
“Uma Vida em Segredo”
[Brasil, 2001]
Biela é uma jovem nascida e criada em uma isolada fazenda no interior do Brasil. Quando é levada para viver na casa dos primos em uma pequena cidade, ela encontra grandes dificuldades para se adaptar. Escrito e dirigido por Suzana Amaral, o filme é estrelado por Sabrina Greve e Eliane Giardini. Adaptação do livro de Autran Dourado.
“Vox Lipoma”
[Fettknölen, Suécia, 2018]
Diretora do documentário Bergman – 100 Anos, a diretora Jane Magnusson também dirige este curta-metragem de 11 minutos sobre Ingmar Bergman (1918-2007). Aqui, o foco é seu poder, sua sexualidade e um lipoma facial que surgiu no lado direito do rosto do cineasta duas vezes: na década de 1960 e, depois, no anos 1990.
“Westwood – Punk, Ícone, Ativista”
[Westwood: Punk, Icon, Activist, Reino Unido, 2018]
Documentário sobre a estilista britânica Vivienne Westwood, que ficou conhecida pela rebeldia e pelos desenhos nada convencionais. O longa mistura imagens de arquivo com filmagens recentes, e tem direção de Lorna Tucker, que trabalhou como modelo antes de ser cineasta.
“Winnie”
[França/Holanda/África do Sul, 2017]
Nome fundamental na luta contra o apartheid na África do Sul, Winnie Madikizela Mandela (1936-2018) é uma das mais incompreendidas, intrigantes e poderosas figuras políticas femininas. O documentário da diretora Pascale Lamche retrata sua trajetória conversando com pessoas que eram próximas a ela, mas também com alguns de seus adversários.
“Zero Days VR”
[EUA, 2017]
O curta-metragem de realidade virtual apresenta a história real de uma missão clandestina americana e israelense, cujo objetivo era sabotar uma base subterrânea e nuclear no Irã. O espectador acompanha a missão pelo ponto de vista de Stuxnet, um vírus usado como cyber arma. Dirigido pela cineasta Yasmin Elayat, tem duração de 21 minutos.
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