Todos os filmes dirigidos por mulheres na programação da Mostra de SP

Agnès Varda, Lucrecia Martel, Lucia Murat e Helena Ignez são algumas das diretoras que estão na programação da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que realiza sua 41ª edição de 19 de outubro a 1° de novembro.

Os filmes dirigidos por mulheres representam cerca de 28% do line-up do festival e incluem 11 títulos de Varda, que será homenageada com o Prêmio Humanidade, entregue pela Mostra a cineastas cujas obras refletem questões humanísticas.

Leia também: Saiba mais sobre os filmes de Agnès Varda na programação da Mostra

Incluem, também, títulos premiados como Nico 1988, de Susanna Nichiarelli, melhor filme da seção Horizontes do Festival de Veneza, e Esplendor, de Naomi Kawase, agraciado pelo júri ecumênico de Cannes. Pré-candidatos ao Oscar de filme estrangeiro também marcam presença, como Scary Mother, de Ana Urushadze, da Geórgia; Respiro, de Narges Abyar, do Irã; e Mulheres Divinas, de Petra Volpe, o representante da Suíça, país que é tema de uma seção especial.

A seleção brasileira tem As Boas Maneiras, da dupla Juliana Rojas e Marco Dutra, premiado em Locarno e grande ganhador do Festival do Rio; Slam: Voz de Levante, de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva; Café com Canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa; Açúcar, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira; e Construindo Pontes, de Heloisa Passos, entre outros.

Para ajudar quem quer aproveitar a Mostra para prestigiar as mulheres, fizemos uma lista com todos os filmes de diretoras que estão na programação. Consulte dias, horários e locais de exibição no site do festival.


1917“1917 – O Outubro Real”
[1917 – Der Wahre Oktober, Alemanha/Suíça, 2017]
O lugar é São Petersburgo; o ano, 1917: no mês de outubro, os bolcheviques assumem o governo na Rússia. Mas o que poetas, pensadores e vanguardistas como Máximo Gorki e Kazimir Malevich estão fazendo durante essa mudança drástica de poder? É o que busca responder o documentário dirigido pela cineasta Katrin Rother.


6999 portas“6999 Portas”
[Retour au Palais, Suíça/França, 2017]
A diretora Yamina Zoutat volta a um cenário bastante conhecido por ela durante os vários anos em que trabalhou como jornalista: o Tribunal de Paris, um espaço com 6.999 portas, 3.150 janelas e 24 quilômetros de corredores, segundo diz a lenda. Com sua câmera, ela explora esse ambiente e sua própria experiência.


acucar“Açúcar”
[Brasil, 2017]
Bethânia retorna ao local onde um dia funcionou o engenho de açúcar que foi propriedade de sua família. Lá, encontra fotos antigas, contas a pagar, trabalhadores que reivindicam direitos sobre a terra, criaturas fantásticas e as ameaças que vêm do passado e do futuro. Dirigido pela cineasta Renata Pinheiro, em parceria com Sérgio Oliveira.


after solitary“After Solitary”
[EUA, 2017]
Este curta-metragem documental de oito minutos integra a mostra de Realidade Virtual. O filme convida o espectador a entrar na Prisão Estadual do Maine para ouvir a angustiante história de Kenny Moore sobre o tempo que passou na solitária e o que aconteceu com ele quando foi liberado. Direção de Cassandra Herrman e Lauren Mucciolo.


ai weiwei never sorry“Ai Weiwei: Sem Perdão”
[Ai Weiwei: Never Sorry, EUA, 2012]
O documentário da diretora Alison Klayman acompanha o artista e ativista chinês Ai Weiwei enquanto se prepara para uma série de exibições e conforme aumentam seus confrontos com o governo de seu país. Weiwei é o autor do cartaz da Mostra deste ano e virá a São Paulo para abrir o evento com seu filme Human Flow.


alem das palavras“Além das Palavras”
[Beyond Worlds, Polônia/Alemanha, 2017]
Michael, um jovem imigrante polonês e advogado de sucesso em Berlim, recebe a visita do pai —que não conhecia e que até então acreditava estar morto. Apesar das feridas que ainda estão abertas, passar o final de semana juntos poderá ser um acerto de contas com o passado. Dirigido pela cineasta Urszula Antoniak.


amores de chumboAmores de Chumbo”
[Brasil, 2017]
Após 40 anos, a escritora Maê reencontra o casal Miguel e Lúcia – ele um professor de sociologia e ex-preso político, ela a parceria que se dedicou a tirá-lo da prisão. Pelo ponto de vista desses três personagens, o filme revive a história política e social do Brasil nos anos de ditadura militar. Dirigido pela cineasta Tuca Siqueira.


antes que o verao acabe“Antes que o Verão Acabe”
[Avant la fin de l’été, Suíça/França, 2017]
Depois de passar cinco anos estudando em Paris, Arash, que não se acostumou à vida na França, decide que quer voltar ao Irã. Com a esperança de que ele mude de ideia, os amigos Hossein e Ashkan convencem Arash a fazer uma última viagem pela França. Documentário dirigido pela cineasta Maryam Goormaghtigh.


ao redor da luisa“Ao Redor de Luisa”
[Autour de Luisa, Suíça/Bélgica, 2017]
Luisa, uma cantora de 40 anos, e seu companheiro, o guitarrista Julien, mantêm uma banda juntos há bastante tempo. Certo dia, o pai de Luisa —que ela não vê desde a adolescência— vai visitá-la depois de um show e conta que está muito doente. Depois do encontro, ela começa a enxergar sua própria vida de forma diferente. Direção de Olga Baillif.


aos teus olhos“Aos Teus Olhos”
[Brasil, 2017]
Rubens trabalha como professor de natação infantil em um clube. Um dia, é acusado pelos pais de um aluno de tê-lo beijado na boca no vestiário do local. Quando a acusação viraliza nas redes sociais e nos grupos de mensagens dos frequentadores, Rubens se vê no meio de um julgamento. Dirigido pela cineasta Carolina Jabor.


aqueles que restam“Aqueles que Restam”
[Mayyel Ya Ghzayyel, Líbano/Emirados Árabes, 2016]
Haykal é um fazendeiro cristão de 60 anos de idade que é morador de um conturbado local na região norte do Líbano, a apenas alguns quilômetros da Síria. Em meio a fortes tensões sectárias, ao medo intenso e à falta de esperança, Haykal luta para conseguir permanecer em sua terra. Documentário dirigido pela cineasta Eliane Raheb.


a arte de ama“A Arte de Amar”
[Sztuka Kochania, Polônia, 2017]
A famosa ginecologista Michalina Wisłocka (1921-2005) escreveu o revolucionário livro A Arte de Amar. Mas a jornada foi longa antes que a obra se tornasse um sucesso e transformasse a sexualidade na Polônia sob o comunismo. Dirigido por Maria Sadowska, o filme conta a história da publicação e da revolução sexual no país.


the art of moving“A Arte de se Mover”
[The Art of Moving, Alemanha. 2016]
Documentário de Liliana Marinho de Sousa sobre Daya Al-Taseh, uma websérie satírica contrária ao Estado Islâmico criada por ativistas sírios que produzem os episódios em Gaziantep, na Turquia. Por causa de ameaças do EI, eles se mudam para Istambul, onde vários obstáculos forçam decisões sobre o futuro de seu ativismo.


belinda“Belinda”
[França, 2017]
O filme de Marie Dumora acompanha Belinda em três momentos de sua vida. Aos 9 anos, ela mora em um lar para crianças. Com 15, vive com a mãe e está prestes a se tornar madrinha de Nicolas, o filho de sua irmã. Aos 23, reside com o pai e está apaixonada por Thierry, seus olhos azuis e seu sotaque de quem vem das montanhas.


bem vindo a suica“Bem-vindo à Suíça”
[Willkommen in der Schweiz, Suíça, 2017]
No verão de 2015, um milhão de refugiados procuraram por asilo na Europa e 40 mil deles chegaram à Suíça. Quando o prefeito da cidade mais rica da Argóvia recusa a entrada de qualquer refugiado, Johanna Gündel, estudante e filha de um agricultor local, passa a lutar contra essa política ao lado de outros moradores. Documentário dirigido por Sabine Gisiger.


bloodless“Bloodless”
[Coreia do Sul/EUA, 2017]
Baseado em uma história real, o curta-metragem de documentário dirigido pela cineasta Gina Kim conta a historia do assassinato de uma garota de programa coreana por um soldado americano, que aconteceu em 1992. Parte da mostra de realidade virtual, o filme de 12 minutos de duração acompanha a vítima na noite de sua morte.


blue my mind“Blue My Mind”
[Suíça, 2017]
Pouco antes das férias de verão, Mia, 15 anos, muda-se com os pais para o subúrbio de Zurique, na Suíça. Enquanto desbrava a adolescência, seu corpo começa a sofrer estranhas mudanças. Desesperada, Mia apela para o sexo e as drogas na esperança de deter a força dessas transformações. Dirigido por Lisa Brühlmann.


the good intetions“As Boas Intenções”
[The Good Intentions, Itália, 2016]
Após sete anos, a diretora italiana Beatrice Segolini volta para casa para conversar com sua família sobre um importante assunto do passado: o comportamento violento do pai. Neste retorno, ela chega acompanhada de uma equipe de cinema. Documentário dirigido pela própria cineasta em parceria com Maximilian Schlehuber.


good manners“As Boas Maneiras”
[Brasil/França, 2017]
Marjorie Estiano interpreta Ana, jovem grávida que contrata a enfermeira Clara (Isabél Zuaa) para ser babá da criança que vai nascer. O comportamento de Ana, porém, vai ficando cada vez mais estranho conforme a gestação avança. Ganhador do prêmio especial do júri do Festival de Locarno, o filme é dirigido por Juliana Rojas e Marco Dutra.


cafe com canela“Café com Canela”
[Brasil, 2017]
Margarida vive em São Félix isolada pela dor da perda do filho. Violeta segue a vida em Cachoeira, entre adversidades do dia a dia e traumas do passado. Quando se reencontram, inicia-se um processo de transformação marcado por visitas, faxinas e cafés com canela. Dirigido por Glenda Nicácio e Ary Rosa, ganhou o prêmio do júri popular no Festival de Brasília.


callado“Callado”
[Brasil, 2017]
O documentário dirigido pela cineasta Emília Silveira celebra o centenário do escritor, jornalista e militante pela democracia Antônio Callado (1917-1997). O filme narra sua trajetória e fala sobre suas principais obras seguindo uma divisão de oito blocos temáticos, definidos de acordo com acontecimentos marcantes de sua vida.


caniba“Caniba”
[França, 2017]
Em 1981, em Paris, Issei Sagawa foi preso por matar a colega de classe holandesa Renée Hartevelt. Ele atirou em sua cabeça, estuprou-a e comeu pedaços de seu corpo. Declarado louco, voltou para o Japão, onde vive livre. O documentário de Verena Paravel e Lucien Castaing-Taylor mostra a vida que ele leva. Premiado na seção Horizontes do Festival Veneza.


o canto do cisne“O Canto do Cisne”
[Morgen, Alemanha, 2017]
Os últimos dias de uma comunidade que está sendo gradualmente desalojada por causa da mineração, contados a partir da perspectiva de diferentes personagens: Robert, Helena, Birk, Greta e Margit. Nola Anwar, Amina Krami e Angela Queins integram o time de cinco diretores, completo por Felix Gliese e Jan Gilles.


as cento e uma noites“As Cento e Uma Noites”
[Les cent et une nuits, França, 1995]
O senhor Cinema tem cem anos de idade e mora em um castelo. Ele contrata uma jovem cinéfila chamada Camille para lhe contar as histórias dos filmes que ele fez. Camille fica encantada quando atores famosos aparecem para visitar o velho amigo. Mas um grupo de pessoas está em busca de sua fortuna para realizar o próprio filme. De Agnès Varda.


chavela“Chavela”
[EUA, 2017]
Documentário de Catherine Gund e Daresha Kyi sobre a cantora costa-riquenha naturalizada mexicana Chavela Vargas (1919-2012), importante nome da tradição ranchera do México. Para contar a história da vida e da carreira da artista, o filme tem como ponto de partida entrevistas inéditas concedidas por ela mesma 20 anos antes de sua morte.


"Cinco Vezes Chico - O Velho e sua Gente"“Cinco Vezes Chico – O Velho e sua Gente”
[Brasil, 2015]
Cinco cineastas com estilos bem diferentes – incluindo uma mulher, a diretora Ana Rieper – fazem uma jornada pelos cinco estados brasileiros que são banhados pelo rio São Francisco: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Nesta missão, mostram a busca por sobrevivência nas comunidades ribeirinhas.


cleo das 5 as 7“Cléo das 5 às 7”
[Cléo de 5 à 7, França, 1962]
Cléo é uma cantora que está preocupada com a possibilidade de ter câncer e que aguarda o resultado de uma biópsia. Durante duas horas, das 5 às 7, ela anda pelas ruas de Paris, conversa em cafés e tenta aceitar o seu próprio egoísmo para encontrar a paz antes de buscar os exames. Estrelado pela atriz Corinne Marchand. De Agnès Varda.


contruindo pontes“Construindo Pontes”
[Brasil, 2017]
Um retrato da relação entre Heloisa Passos, a diretora do documentário, e seu pai, Álvaro, engenheiro que teve seu momento de glória durante a ditadura. Projeções, mapas e fotos são as primeiras pontes para se chegar ao passado. Mas o presente se manifesta quando, diante da situação política do Brasil, pai e filha assumem posições diferentes.


cuatretos“Cuatreros”
[Argentina, 2017]
O documentário da diretora Albertina Carri é baseado em um longa-metragem sobre Isidro Velázquez, bandido argentino morto a tiros pela polícia em 1967. Por sua vez, o filme original, que foi perdido, fora baseado no livro Formas Pré-Revolucionárias de Violência, escrito pelo pai da cineasta, o sociólogo Roberto Carri.


daguerreotipos“Daguerreótipos”
[Daguerréotypes, França, 1975]
Este documentário de Agnès Varda traça retratos de pessoas que na época ocupavam algumas lojas em um dos quarteirões – entre os números 70 e 90 – da tradicional rua Daguerre. A pitoresca via localizada no 14º distrito de Paris era extremamente familiar para a diretora durante a filmagem: ela mesma era uma das moradoras do local.


dede“Dede”
[Geórgia/Reino Unido/Croácia/Catar, 2016]
Em 1992, a jovem Dina vive em uma remota vila nas montanhas, onde os hábitos são rigorosamente regidos por séculos de tradição. O pai da garota a prometeu em casamento para David, que está retornando da guerra. Mas com ele chega também seu companheiro de luta, Gegi, por quem Dina se apaixona. Dirigido por Mariam Khatchvani.


a defesa do dragao“A Defesa do Dragão”
[La Defensa del Dragón, Colômbia, 2017]
A diretora Natalia Santa conta a história de três velhos amigos no centro de Bogotá: um jogador de xadrez e apostador nas horas vagas, o dono de uma relojoaria que se recusa a fechar sua loja e um espanhol homeopata obcecado por pôquer. Eles passam seus dias entre o lendário clube de xadrez Lasker, o cassino The Caribbean e o café La Normanda.


depois que voce partiu“Depois que Você Partiu”
[Posle Tebya, Rússia, 2016]
Aleksey Temnikov é um renomado bailarino cuja carreira foi interrompida abruptamente após uma lesão. Vinte anos depois, ele descobre que sua condição é degenerativa e que em breve perderá a habilidade de andar. Antes que isso aconteça, decide enfrentar o medo do fracasso e realizar um projeto antigo: coreografar um balé. Direção de Anna Matison.


dimona“Dimona Twist”
[Israel, 2017]
Sete mulheres chegam a Israel nas décadas de 1950 e 1960 e são mandadas diretamente para Dimona, uma nova cidade no deserto. No documentário da diretora Michal Aviad, elas compartilham suas histórias pela primeira vez. O que aconteceu depois que deixaram o norte da África e a Polônia e se viram erguendo uma cidade no meio do nada?


as duas faces da felicidade“As Duas Faces da Felicidade”
[Le bonheur, França, 1965]
François é um carpinteiro que vive feliz com a mulher e os filhos. Sua vida é dividida entre a marcenaria, piqueniques no campo e tardes tranquilas em casa. Um dia, conhece uma funcionária dos correios chamada Emilie. Ganhador do Prêmio Especial do Júri em Berlim, é estrelado por Jean-Claude Drouot e Marie-France Boyer. De Agnès Varda.


em todos os lados“Em Todos os Lados”
[Kho Ki Pa Lü, Índia, 2017]
A vila de Phek está localizada na fronteira entre a Índia e o Mianmar e serve de lar para cerca de 5 mil moradores. Grande parte desta população cultiva arroz para consumo próprio e se organiza em grupos cooperativos, cantando músicas durante o período de trabalho. Documentário dirigido por Anushka Meenakshi e Iswar Srikumar.


a ex mulher“A Ex-Mulher”
[Exfrun, Suécia, 2017]
Klara está apaixonada e só quer estar perto de Jacob. Anna controla o marido com um cronômetro quando ele está preparando a mamadeira do bebê. Vera não consegue deixar o ex. O filme dirigido por Katja Wik conta a história de três relacionamentos nos quais a namorada, a mulher e a ex-esposa se reúnem em uma sátira sobre o percurso das relações.


epifania“Epifania”
[Epifanía, Colômbia/Suécia/Dinamarca, 2016]
Na Suécia, uma mulher lida com a morte. Na Colômbia, uma mãe participa de uma oficina de cura. No Canadá, uma mulher se prepara para o nascimento do terceiro neto. Estas três histórias formam o filme de Anna Eborn e Oscar Ruiz Navia, que combina memórias reencenadas dos diretores e realidades distorcidas da vida das personagens.


esplendor“Esplendor”
[Hikari, Japão/França, 2017]
Misako escreve versões de filmes para deficientes visuais. Durante uma exibição, ela conhece Nakamori, fotógrafo que está perdendo a visão. Quando Misako descobre as fotografias de Nakamori, é levada de volta ao seu passado. Juntos, os dois vão aprender a enxergar o mundo que estava invisível aos olhos dela. Dirigido por Naomi Kawase, competiu em Cannes.


eu sou uma verdadeira gota de sol na terra“Eu Sou uma Verdadeira Gota de Sol na Terra”
[I Am Truly a Drop of Sun on Earth, Suécia, 2017]
April trabalha nas ruas da cidade de Tbilisi, a capital da Geórgia. Em uma noite ociosa, aborda um novo cliente, Dije, jovem nigeriano que também se vê preso e sem futuro algum em um país hostil. Sob as sombras de uma sociedade sufocante, um inusitado vínculo surge entre os dois personagens. Dirigido por Elene Naveriani.


feranaselva“A Fera na Selva”
[Brasil, 2017]
Um homem e uma mulher se reencontram em uma cidade no interior de São Paulo. Juntos, os dois vivem na constante esperança de presenciar um acontecimento inesperado. Livremente inspirado na obra do escritor americano Henry James, o filme é estrelado por Eliane Giardini e Paulo Betti, que também dividem a direção com o cineasta Lauro Escorel.


a filha“A Filha”
[Die Tochter, Alemanha, 2017]
Quando Jimmy e Hannah encontram um comprador para sua casa de veraneio em Santorini, na Grécia, retornam pela primeira vez ao lugar onde se separaram há dois anos. Eles estão acompanhados da filha, Luca, 7, menina adorada por ambos. Inesperadamente, Hannah e Jimmy se reaproximam, deixando Luca confusa. De Mascha Schilinski.


o forte dos loucos“O Forte dos Outros”
[Le Fort des Fous, Argélia/Grécia/França/Alemanha/Catar, 2017]
Usando arquivos das primeiras “expedições científicas” e “campanhas de domesticação” lideradas por colonizadores franceses no norte da África, o documentário da diretora Narimane Mari segue um grupo de jovens nômades enquanto formam uma sociedade imaginária e utópica em resposta às regras do imperialismo.


a garota do lago“A Garota do Lago Änzie”
[Das Mädchen vom Änziloch, Suíça, 2016]
Laura é uma menina de 12 anos que leva uma vida um pouco solitária em uma área remota nas montanhas suíças. Filha única de uma família de fazendeiros, ela desenvolve uma obsessão pelas lendas relacionadas a uma misteriosa caverna, que fica em um local onde ninguém se atreve a ir. Dirigido pela cineasta Alice Schmid.


henfil“Henfil”
[Brasil, 2017]
O documentário retrata a vida e a obra do cartunista e ativista Henrique de Souza Filho, mais conhecido como Henfil (194-1988). Dirigido por Angela Zoé, o filme mostra como o artista usou seus desenhos para expor inquietações criativas, driblar a censura e, também, como um recurso para lidar com sua saúde frágil, causada pela hemofilia.


hibridos“Híbridos, os Espíritos do Brasil”
[Brasil/França, 2017]
Desde a maior procissão católica do mundo a um desconhecido ritual indígena no Mato Grosso, de passes de cura em centros espíritas a novos rituais com ayahuasca em São Paulo, o documentário dos cineastas Priscilla Telmon e Vincent Moon revela os laços fraternos entre curandeiros, xamãs, místicos, devotos e iniciados.


hippies sovieticos“Hippies Soviéticos”
[Soviet Hippies, Estônia/Alemanha/Finlândia, 2017]
O movimento hippie que cativou o Ocidente também impactou a União Soviética, onde uma multidão acreditava na paz, no amor e na liberdade. Quarenta anos depois, o documentário de Terje Toomistu acompanha hippies da Estônia em uma reunião anual para lembrar a data em que milhares de hippies soviéticos foram presos pela KGB.


a imagem da tolerancia“A Imagem da Tolerância”
[Brasil, 2017]
A imagem de Nossa Senhora Aparecida é considerada o maior símbolo da fé no Brasil e, em 2017, comemoram-se os seus 300 anos. O documentário das diretoras Joana Mariani e Paula Trabulsi retrata as diferentes manifestações de fé em seu santuário, no interior de São Paulo, que anualmente atrai mais de 12 milhões de pessoas.


inflamar“Inflamar”
[Kaygi, Turquia, 2017]
As noites da jovem Hasret são assombradas por um pesadelo recorrente. Este envolve fatos do passado, mas é esquecido todas as manhãs. Vinte anos após a morte de seus pais, algumas perguntas lentamente começam a surgir: será que eles realmente morreram em um acidente de carro? Dirigido por Ceylan Özgün Özçelik.


jacquot“Jacquot de Nantes”
[França, 1991]
Era uma vez um menino que cresceu em uma garagem, onde todos gostavam de cantar. Com uma crescente fascinação por todo tipo de espetáculo, ele um dia compra uma câmera. O filme faz uma evocação à infância do diretor e roteirista francês Jacques Demy (1931-1990), mostrando sua vocação para o cinema. De Agnès Varda.


jane b par agnes v“Jane B. por Agnès V.”
[Jane B. par Agnès V., França, 1987]
Distanciando-se do formato tradicional das biografias no cinema, a diretora Agnès Varda contrói como um caleidoscópico feito de fragmentos de ficções de momentos diversos. Nestes fragmentos, a atriz, cantora e ícone fashion Jane Birkin, na época com 40 anos, interpreta diferentes personagens e dá vida, também, ao papel de si mesma.


o jardim“O Jardim”
[Ommerhäuser, Alemanha, 2017]
No verão de 1976, uma onda de calor faz com que todos suem muito e as vespas sejam muito irritantes. A morte da matriarca Sophie revela rachaduras nos relacionamentos e enquanto adultos discutem  a venda da propriedade, crianças ficam livres para explorar o jardim e o bairro. De repente, uma garota desaparece. De Sonja Maria Kröner.


jerico“Jericó, o Infinito Voo dos Dias”
[Jericó, el Infinito Vuelo de los Diás, Colômbia/França, 2017]
O documentário dirigido pela cineasta Catalina Mesa faz um retrato de mulheres que vivem no povoado de Jericó, na Colômbia. Tal retrato é construído por meio de encontros entre personagens de diferentes idades e condições sociais, em conversas que revelam memórias, traumas, amores, esperanças e lições de vida.


julia ist“Júlia Ist”
[Espanha, 2017]
Estudante de arquitetura em Barcelona, Júlia decide passar um semestre em Berlim, deixando sua casa pela primeira vez. Cheia de expectativas e com pouca experiência, ela se vê perdida em uma cidade gelada e cinza. Pouco a pouco, constrói sua vida e começa a compreender a si mesma em um novo contexto. Direção de Elena Martín.


le pointe courte“La Pointe Courte”
[França, 1954]
Um jovem casal visita a vila litorânea de La Pointe Courte, na França, enquanto tenta resolver os seus problemas e lidar com as mudanças em seu relacionamento. Aclamado como um dos precursores da Nouvelle Vague, movimento do qual a diretora Agnès Varda é nome central, o filme é estrelado por Philippe Noiret e Silvia Monfort.


lar“Lar”
[Home, Bélgica, 2016]
Kevin tem 17 anos, trabalha como aprendiz na loja de sua tia e mora com a família dela. Por meio de colegas do primo, conhece John, jovem que vive uma situação insuportável com sua mãe e a quem Kevin quer ajudar urgentemente. Com este filme Fien Troch ganhou o prêmio de direção na seção Horizontes do Festival de Veneza.


leggenda“Leggenda”
[Bélgica/França, 2016]
Este curta-metragem de seis minutos de duração é um dos que integra a seção exclusivamente dedicada a filmes de realidade virtual. Dirigido pelas cineastas Laura Desimages e Leslie Lévi, o filme acompanha dois artistas de circo e uma dupla de piano e violino conforme eles conduzem uma perfomance artística.


loving vincent“Loving Vincent”
[Polônia/Reino Unido, 2017]
Os cineastas Dorota Kobiela e Hugh Welchman contam a trajetória do pintor holandês Vincent van Gogh (1853-1890) a partir de suas obras e dos personagens que as habitam. A narrativa se desenvolve por meio de cartas do artista, entrevistas e reconstruções dramáticas dos eventos que levaram à sua morte. Primeiro longa feito totalmente em óleo sobre tela.


sea sorrow“Mar de Tristeza”
[Sea Sorrow, Reino Unido, 2016]
Ao relatar sua própria experiência como uma expatriada de guerra, a atriz e ativista inglesa Vanessa Redgrave conta a história dos refugiados que fugiram das zonas de guerra europeias no último século, ao mesmo tempo em que traça paralelos com as decisões governamentais em relação aos imigrantes nos anos 1930 e muito recentemente.


marlina“Marlina, assassina em Quatro Atos”
[Marlina Si Pembunuh Dalam Empat Babak, Indonésia/França/Malásia/Tailândia, 2017]
Em uma ilha na Indonésia, Marlina, uma jovem viúva, é atacada e roubada. Para se defender, mata vários homens da gangue e inicia uma jornada de empoderamento e redenção. Mas o fantasma de sua vítima sem cabeça começa a assombrá-la. Direção de Mouly Surya.


menina“Menina”
[França, 2017]
Luisa Palmeira nasceu na França, é filha de imigrantes portugueses e, em 1979, tem oito anos de idade. Para a mãe, é quase uma adulta; para o pai, ainda é uma menina. Certo dia, ele conta à filha que sofre de uma grave doença. Luísa se recusa a acreditar e pena que ele esconde outro segredo dela. Primeiro longa-metragem de Cristina Pinheiro.


missing jhonny“Missing Jhonny”
[Taiwan, 2017]
As vidas de três estranhos se cruzam no filme dirigido por Huang Xi. São eles Hsu Zi Qi, uma jovem que mora sozinha na cidade de Taipei; Lee, o filho autista da zeladora do prédio de Zi Qi, que tenta escapar da mãe superprotetora; e Feng, um rapaz tímido que trabalha como pedreiro e que sofre com o fato de seu carro sempre quebrar.


a garota do calendario“A Moça do Calendário”
[Brasil, 2017]
Inácio tem 40 anos de idade, é casado e não tem emprego fixo. Ex-gari, atualmente trabalha como dublê de dançarino e também como mecânico em uma oficina chamada Barato da Pesada, onde sonha com a Moça do Calendário. No filme, o real e o sonho se entrelaçam. Escrito e dirigido pela cineasta Helena Ignez.


the divine order“Mulheres Divinas”
[Die göttliche Ordnung, Suíça, 2017]
Sucesso de público na Suíça, o filme tem a atriz Marie Leuenberger no papel de Ana, uma jovem mãe que se envolve na luta das mulheres suíças pelo direito de votar, conquistado apenas em 1971. O longa-metragem dirigido pela cineasta Petra Volpe foi escolhido como o candidato suíço na disputa pelo Oscar de filme estrangeiro.


nao se esqueca de mim“Não se Esqueça de Mim”
[No te Olvides de Mi, Argentina, 2016]
Província de Buenos Aires, década de 1930. O anarquista e ex-presidiário Mateo, viaja pelos pampas em sua velha caminhonete carregando galinhas roubadas e em busca de seu galo perdido que pode lhe dar sucesso nas rinhas. Neste caminho, encontra Aurelia e Carmelo, dois irmãos em busca do pai. Direção de Fernanda Ramondo.


nico“Nico, 1988”
[Itália/Bélgica, 2017]
Cantora do Velvet Underground e musa de Andy Warhol, Christa Päffgen (1938-1988), a Nico, viveu um recomeço quando lançou sua carreira solo. O filme de Susanna Nicchiarelli retrata sua última turnê com a banda que a acompanhou pela Europa nos anos 1980. Ganhador do prêmio de Melhor Filme na seção Horizontes do Festival de Veneza.


o ninho“O Ninho”
[Il Nido, Suíça/Itália, 2017]
Aos 19 anos, Cora está de volta a Bucco, o lugar onde passou a infância, para ajudar a organizar um evento anual que atrai muitos peregrinos e turistas. A chegada do misterioso Saverio abala a harmonia desse local sagrado, desenterrando um crime cometido pelos moradores da região 40 anos antes. Dirigido por Klaudia Reynicke.


a noiva do deserto“A Noiva do Deserto”
[La Novia del Desierto, Argentina/Chile, 2017]
Teresa tem 54 anos e por décadas trabalhou como empregada doméstica para uma família em Buenos Aires. Quando seus patrões vendem a casa, ela é forçada a aceitar um emprego na cidade de San Juan. Na viagem até lá, perde todos os seus pertences, um incidente que a leva a conhecer El Gringo, um caixeiro-viajante. Direção de Cecilia Atán e Valeria Pivato.


nothing happens“Nothing Happens”
[Israel, 2017]
O curta-metragem de animação tem 15 minutos de duração e é um dos títulos que integram a seção de realidade virtual da edição deste ano da Mostra. O filme busca questionar qual é o papel do espectador ao convidá-lo para participar de um evento. Dirigido pela cineasta Michelle Kranot em parceria com Uri Kranot.


oh lucy“Oh Lucy!”
[Japão/EUA, 2017]
Setsuko segue o conselho da sobrinha Mika e se matricula em um curso de inglês no qual usa uma peruca loira e desempenha o papel da americana Lucy. Ela acaba se apaixonando pelo professor, John, que some repentinamente e que estava namorando Mika. Com a ajuda da irmã, Setsuko vai aos EUA em busca do casal. De Atsuko Hirayanagi.


operacoes“Operações de Garantia da Lei e da Ordem”
[Brasil, 2017]
O documentário de Julia Murat retrata sete eventos que formam um arco, começando com os protestos de junho de 2013 até a prisão preventiva de 23 manifestantes por atividades que supostamente cometeriam. Essa custódia por prevenção foi acompanhada de atos de repressão brutal dos protestos que ocorreram no final da Copa do Mundo de 2014.


out of exile“Out of Exile: Daniel’s Story”
[EUA, 2016]
Quando Daniel Ashley Pierce é confrontado pela família sobre sua orientação sexual durante o que é chamado de “intervenção religiosa”, a situação torna-se bastante dramática e violenta. Dirigido por Nonny de la Peña, o curta-metragem de dez minutos de duração integra a seção de realidade virtual da Mostra deste ano.


o pacto de adriana“O Pacto de Adriana”
[El Pacto de Adriana, Chile, 2017]
Quando criança, a diretora deste documentário, Lissette Orozco, tinha sua tia Adriana como um grande exemplo. Depois de descobrir que a parente trabalhava para a polícia secreta do ditador chileno Augusto Pinochet (1915-2006), Lissette decide enfrentar Adriana para desvendar os segredos obscuros da história de seu país.


o pequeno porto“O Pequeno Porto”
[Piata Lod, Eslováquia/República Tcheca, 2017]
Jarka é uma garota de dez anos de idade que mora com sua mãe, uma mulher que tem dificuldade de lidar com a maternidade. Motivada pelo desejo de conhecer o amor e de ter uma família, a menina decide dar abrigo a dois bebês gêmeos que foram abandonados. Segundo longa-metragem dirigido por Iveta Grófová.


pelajanela“Pela Janela”
[Brasil/Argentina, 2017]
Rosália é uma operária de 65 anos que dedicou quase toda a sua vida ao trabalho em uma fábrica de reatores na periferia da cidade de São Paulo. Um dia, porém, ela perde o emprego. O consolo para Rosália vem de seu irmão, José, que tem uma ideia: levá-la com ele em uma viagem de carro até Buenos Aires. Primeiro longa-metragem de Caroline Leone.


pequenas asas“Pequenas Asas”
[Tyttö Nimeltä Varpu, Finlândia/Dinamarca, 2016]
Varpu tem 12 anos e não conhece o pai. O convívio entre a garota e sua mãe, Siru, é afetuoso, mas ela trata a filha como uma adulta, o que faz com que Varpu não tenha uma infância normal. Depois de uma discussão entre as duas, a menina rouba um carro e cruza o país até chegar ao norte da Finlândia para procurar pelo pai. De Selma Vilhunen.


periferia“Periferia”
[Périphérie, Suíça, 2016]
Vinc e seus companheiros planejam um atentado em urique. O caçador Edi lida com uma emergência financeira. Sonam começa seu primeiro dia de trabalho como policial. Sonja viaja para a Suíça para fazer uma surpresa ao amor de sua vida. Javier decide voltar ao Chile com sua filha, mas sem que a mãe dela saiba. Lisa Brühlmann, Wendy Pillonel e Yasmin Joerg integram o time de diretores, ao lado de Jan-Eric Mack e Luca Ribler.


planeta infinit“Planeta Infinito”
[Planet (Infinit), França, 2017]
Este curta-metragem de seis minutos de duração é ambientado em um mundo em ruínas, no qual apenas cogumelos e mofo crescem em meio a gigantescos corpos de insetos secos. Depois de uma mudança climática, a chuva rega o planeta árido e o inunda gradualmente. Dirigido por Momoko Seto, integra a seção de realidade virtual.


a poetisa“A Poetisa”
[The Poetess, Arábia Saudita, 2017]
Hissa Hilal, uma poetisa de 43 anos e ativista da Arábia Saudita, testa seus limites na luta diária por mudanças. Ela ganhou fama internacional no Million’s Poet, um prestigiado concurso de Abu Dhabi, com poemas críticos ao terrorismo e às ideologias de islâmicos fanáticos. Documentário dirigido por Stefanie Brockhaus e Andreas Wolff.


praca paris“Praça Paris”
[Brasil/Portugal/Argentina, 2017]
Criada no Morro da Providência, vítima de abusos do pai e controlada pelo irmão, Gloria trabalha como ascensorista na UERJ. Na mesma universidade, a jovem psicanalista portuguesa Camila faz pós-graduação sobre violência. Quando Camila passa a atender Gloria em seu consultório, um vínculo é criado. Dirigido por Lucia Murat.


procurando por oum“Procurando por Oum Kulthum”
[Looking for Oum Kulthum, Alemanha/Áustria/Itália/Líbano/Catar, 2017]
Mitra embarca no projeto de seus sonhos: fazer um filme sobre a lendária cantora egípcia Oum Kulthum. Em seu esforço para capturar a essência da personagem como mito, mulher e artista, Mitra vai enfrentar seus próprios problemas. Direção de Shirin Neshat e Shoja Azari.


the reagan show“The Reagan Show”
[EUA, 2017]
Narrado por meio de imagens de arquivo, o documentário explora o método de fazer política do ex-presidente americano Ronald Reagan (1911-2004). O filme segue a rivalidade de Reagan com Mikhail Gorbachev, mostrando como usou suas habilidades de relações públicas para superar a desconfiança soviética. Dirigido por Sierra Pettengill e Pacho Velez.


renegados“Os Renegados”
[Sans toit ni loi, França, 1985]
Durante o inverno, o corpo de uma jovem é encontrado congelado em um fosso no sul da França. Por meio de flashbacks e entrevistas, vamos conhecendo os eventos que levaram à sua trágica morte. O filme ganhou o Leão de Ouro e também o Prêmio da Crítica no Festival de Veneza. Estrelado pela atriz Sandrine Bonnaire. De Agnès Varda.


quando este vento parar“Quando Este Vento Parar”
[Kiedy Ten Wiatr Ustanie, Polônia, 2016]
O documentário dirigido pela cineasta Aniela Gabryel conta a história de quatro famílias de tártaros da Crimeia, minoria étnica que vive na península controlada pela Rússia. Ao mostrar as dificuldades dessas pessoas, o filme revela o cotidiano de toda a comunidade e as consequências devastadoras da ocupação.


quase la“Quase Lá”
[Almost There, Suíça, 2016]
O filme de Jacqueline Zünd acompanha três homens em busca da felicidade. Bob troca sua casa por um trailer e tenta se encontrar no deserto californiano. Steve é drag queen e comediante, está cansado da Inglaterra e quer se reconciliar com o passado na Espanha. Por fim, Yamada redescobre seu sorriso ao ler histórias para crianças em Tóquio.


barbaravirginia“Quem É Bárbara Virgínia?”
[Portugal/Brasil, 2017]
O documentário acompanha a diretora Luísa Siqueira na busca para entender quem foi Bárbara Virgínia (1923-2015), primeira cineasta portuguesa a realizar um longa, única mulher a fazer um filme na ditadura de seu país e primeira mulher competindo na edição de estreia do Festival de Cannes, em 1946. Nos anos 1950, Bárbara se mudou para São Paulo.


breath“Respiro”
[Nafas, Irã, 2016]
O filme de Narges Abyar narra a revolução iraniana do final da década de 1970 (que levou à queda do Xá Mohammad Reza Pahlevi e à ascensão ao poder do aiatolá Ruhollah Khomeini) do ponto de vista de uma menina, Bahar. Para sobreviver ao caos e à violência ao seu redor, ela cria seu próprio mundo de fantasia. Candidato do Irã ao Oscar de filme estrangeiro.


samba“Sambá”
[República Dominicana, 2017]
Cisco volta à República Dominicana depois de cumprir pena nos EUA. Sua mãe tem saúde delicada e a única maneira de conseguir dinheiro é lutar nas ruas. Nichi, antiga promessa do boxe italiano que vive em exílio, vê em Cisco um lutador em potencial que pode ajudá-lo a pagar dívidas. Decide, então, treiná-lo. De Laura Amelia Guzmán e Israel Cárdenas.


sarah“Sarah Interpreta um Lobisomem”
[Sarah Joue un Loup-Garou, Suíça/Alemanha, 2017]
No palco, Sarah, 17 anos, dá o máximo de si e se transforma completamente no personagem que interpreta. Mas quais mentiras se escondem em sua presença radical em cena? Quanto mais a jovem buscar revelar seu segredo, mais afasta as pessoas que estão dispostas a se aproximar dela. Dirigido por Katharina Wyss.


sata“Satã Disse Dance”
[Szatan Kazal Tanczyc, Polônia/Holanda, 2016]
Karolina é uma escritora que leva uma vida marcada por festas, drogas, sexo e relações bastante complicadas. Após o lançamento de seu romance, que atinge grande sucesso de vendas, ela se encontra com uma sensação de vazio e seguindo um caminho em direção à autodestruição. Dirigido pela cineasta Kasia Roslaniec.


scary mother“Scary Mother”
[Geórgia/Estônia, 2017]
Ganhador do prêmio de melhor longa de estreia em Locarno, é centrado em Manana (Nato Murvanidze), mulher cansada dos afazeres domésticos que começa a escrever um thriller erótico. Quando o marido, Anri, lê a obra, sente que sua zona de conforto está ameaçada. Dirigido por Ana Urushadze, e o candidato da Geórgia ao Oscar de filme estrangeiro.


o sinal de amor“O Sinal de Amor”
[Ech Mesamnim Hahva, Israel, 2017]
Elad nasceu surdo em uma família de pessoas que conseguiam escutar. A trágica morte de sua mãe e o esfacelamento de sua família o levam a tomar a decisão mais importante de sua vida: se tornar pai. Primeiro longa-metragem dirigido por Iris Ben Moshe, que é interprete de sinais, em parceria com o cineasta Elad Cohen.


slam“SLAM: Voz de Levante”
[Brasil, 2017]
O documentário de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva acompanha o crescimento no Brasil dos Poetry Slams, campeonatos performáticos de poesia falada que nasceram em Chicago. O filme também viaja aos EUA para mostrar a origem do movimento e acompanha Luz Ribeiro, campeã brasileira de 2016, na Copa do Mundo de Slam em Paris.


a telenovela errante“A Telenovela Errante”
[La Telenovela Errante, Chile, 2017]
A realidade chilena não existe; é, na verdade, um conjunto de telenovelas que funcionam como um filtro revelador. Os problemas políticos e econômicos estão imersos em uma mistura ficcional, divida em episódios noturnos. Filmado por Raúl Ruiz no Chile em 1990, o longa foi finalizado com a direção de Valeria Sarmiento neste ano.


temporada de caca“Temporada de Caça”
[Temporada de Caza, Argentina/França/EUA/Alemanha/Catar, 2017]
Ernesto é guia de caça na Patagônia. Depois da morte de sua primeira mulher, ele passa a abrigar Nahuel, o filho adolescente que ele não via há mais de uma década. Sem a simpatia de sua nova família, o rapaz leva o conflito com o pai até o limite. Mas ressentimentos poderão dar lugar a uma relação. Dirigido por Natalia Garagiola.


terra heroica“Terra Heroica, Fronteira Queimada”
[L’éroïque lande, la frontière brûle, França, 2017]
No inverno de 2016, a “selva” de Calais, na França, é uma cidade em crescimento com 10 mil habitantes. Na primavera, lojas, ruas e casas da zona sul são destruídas e a população se muda para a zona norte. No outono, a França organiza o desmatamento da “selva”. Mas mesmo arrasada, a cidade renasce. De Élisabeth Perceval e Nicolas Klotz.


terra solitaria“Terra Solitária”
[Tierra Sola, Chile, 2017]
Um pesquisador encontra 32 documentários filmados na Ilha de Páscoa há quase um século. Eles contêm imagens dos Moais, as esculturas de pedra do local, mas mal mostram os habitantes. Isso porque, na época, eles eram submetidos a uma colonização cruel, tratados como escravos e mantidos em cativeiro por mais de 60 anos. De Tiziana Panizza.


tudo e projeto“Tudo É Projeto”
[Brasil/Portugal, 2017]
Documentário sobre a vida e obra do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, contada por ele em entrevistas para sua filha, Joana Mendes da Rocha, que também é a diretora do filme, em parceria com Patricia Rubano. Nas conversas com Joana, o arquiteto dá opiniões, por vezes polêmicas, sobre urbanismo, natureza, humanidade, arte e técnica.


un cine en concreto“Um Cinema em Concreto”
[Un Cine en Concreto, Argentina, 2017]
Durante quatro anos, Omar construiu um cinema em cima de sua casa – sozinho e sem contar a ninguém. O projetor é de 1928; as cadeiras, de uma antiga sala. Depois de dez anos tentando mantê-lo funcionando, seus irmãos decidem vender o terreno onde ficavam a casa e o cinema. Omar se muda dali, mas não desiste e começa tudo de novo. De Luz Ruciello.


um sentimento maior que o amor“Um Sentimento Maior que o Amor”
[Shu’our Akbar Min el Hob, Líbano 2017]
O documentário da diretora Mary Jirmanus Saba retorna o momento em que uma revolução social poderia ter acontecido no Líbano: quando duas greves foram abreviadas por uma guerra civil. O filme entrelaça cenas do cinema militante libanês, a realidade atual de trabalhadores e agricultores e histórias das jovens mulheres que lideraram as paralisações.


uma canta a outra nao“Uma Canta, a Outra Não”
[L’Une Chante, L’autre pas, França, 1977]
Nos anos 1960 em Paris, duas mulheres se tornam amigas: Pomme, aspirante a cantora, e Suzanne, garota grávida que não tem condições de manter um terceiro filho. Pomme empresta a Suzanne o dinheiro para um aborto ilegal e, depois, as duas perdem contato. Após mais de uma década, elas se encontram em uma manifestação. De Agnès Varda.


an inconvenient sequel“Uma Verdade Mais Inconveniente”
[An Inconvenient Sequel: Truth to Power, EUA, 2017]
Uma década após o documentário Uma Verdade Inconveniente (2006) levar o aquecimento global para a cultura pop, esta sequência aborda a possibilidade de uma revolução energética. Mais uma vez, o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore viaja para treinar líderes ambientais e influenciar a política climática internacional. De Bonni Cohen e Jon Shenk.


jacques demy“O Universo de Jacques Demy”
[L’univers de Jacques Demy, França, 1995]
Agnès Varda dirigiu este documentário quatro anos depois da ficção Jacquot de Nantes (1991), em que falou sobre a infância de Jacques Demy e que também está na programação da Mostra. Aqui, abordou a vida adulta e profissional do roteirista e cineasta, com quem foi casada de 1962 até a morte dele, em 1990, aos 59 anos.


vazante“Vazante”
[Brasil/Portugal, 2017]
Na Minas Gerais do século 19, Antonio volta de uma longa viagem negociando escravos e descobre que sua mulher morreu em trabalho de parto. Depois, se casa com Beatriz, jovem que frustra seus planos de ter filhos. Uma traição dá início a acontecimentos violentos. Primeiro longa-metragem solo de Daniela Thomas na direção.


venus“Vênus”
[Venus, Dinamarca/Noruega, 2017]
Neste documentário de Lea Glob e Mette Carla Albrechtsen, duas diretoras buscam mulheres para participar de um filme erótico baseado em suas experiências sexuais. Cem mulheres aparecem para a pesquisa de elenco e, aos poucos, as personagens passam a controlar as entrevistas com suas histórias pessoais e muita honestidade.


vigilia“Vigília”
[Vigilia, Argentina/Uruguai, 2017]
Em meio a uma grave seca, Santiago decide voltar à casa de sua família na província argentina de Santiago del Estero. Lá, encontra a mãe perdida em delírios religiosos e o pai tomado pela violência e assombrado pela aparição do cachorro da família, Arón, que ele mesmo decidiu sacrificar. Dirigido por Julieta Ledesma.


visages villages“Visages, Villages”
[França, 2017]
Agnès Varda e JR têm em comum a paixão por imagens e o questionamento sobre como são compartilhadas e expostas. Agnès escolheu o cinema; JR escolheu criar galerias fotográficas ao ar livre. Em encontros aleatórios ou planejados, eles convidam pessoas a segui-los em uma viagem no caminhão fotográfico de JR.


zama“Zama”
[Argentina/Brasil/Espanha/Portugal/México, 2017]
Zama, oficial da Coroa Espanhola nascido na América do Sul, aguarda uma carta do Rei que deverá autorizá-lo a se transferir da cidade em que vive estagnado para um lugar melhor. Como a carta não chega, Zama se une a um grupo de soldados que persegue um perigoso bandido. Dirigido por Lucrecia Martel, é o candidato da Argentina no Oscar.

One thought on “Todos os filmes dirigidos por mulheres na programação da Mostra de SP

Deixe um comentário

Top