
Protagonizado por Fernanda Torres e dirigido por Walter Salles, o longa-metragem brasileiro Ainda Estou Aqui vai concorrer ao Oscar em três categorias: melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz.
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Ainda Estou Aqui foi realizado em coprodução com a França e é o primeiro filme brasileiro falado em português a ser indicado à principal estatueta do Oscar. O país figurou na categoria outras vezes, com O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco, uma coprodução americana falada majoritariamente em inglês; e Me Chame pelo Seu Nome (2017), de Luca Guadagnino, que tinha o brasileiro Rodrigo Teixeira entre os produtores, junto a outros de Estados Unidos, Itália e França.
Ainda Estou Aqui também é o primeiro longa brasileiro a disputar a categoria de melhor filme internacional desde 1999, quando ocorreu a indicação de Central do Brasil, dirigido por Salles e protagonizado por Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres. Na ocasião, Montenegro foi indicada a melhor atriz, mas perdeu o prêmio para Gwyneth Paltrow, por Shakespeare Apaixonado (1998).
Em todas as categorias a que está indicado, Ainda Estou Aqui concorre com Emilia Pérez, produção francesa dirigida por Jacques Audiard. Ambos os longas integram um grupo de apenas 11 títulos que concorreram, no mesmo ano, a melhor filme e melhor filme internacional.
Ainda Estou Aqui é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família, e especialmente sua mãe, Eunice. Após seu marido (Rubens Paiva) ser levado de casa pelos militares e dado como desaparecido, Eunice tornou-se um importante nome da luta contra a ditadura.
O filme recebeu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza e rendeu à Fernanda Torres o Globo de Ouro de melhor atriz de drama. A cerimônia do Oscar será em 2 de março.
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