
Mais de 300 filmes estão na programação do Festival do Rio, que realiza sua 27ª edição entre os dias 2 e 12 de outubro. O evento ocupará 22 salas do circuito comercial, além de espaços como o Museu do Amanhã, o Centro Cultural da Justiça Federal, o Pavilhão do RioMarket e o Teatro Glaucio Gil, que terão sessões gratuitas.
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O Mulher no Cinema preparou uma lista com 30 filmes dirigidos por mulheres que estão entre os destaques da programação. Para saber dias, horários e locais de exibição, consulte o site do Festival do Rio.
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“Alpha”
[França/Bélgica, 2025]
Alpha tem 13 anos e vive com a mãe. Em meio a uma epidemia de um vírus mortal, Alpha aparece em casa com uma tatuagem no braço. Dirigido por Julia Ducournau, ganhadora da Palma de Ouro por Titane.
“Apolo”
[Brasil, 2025]
Após conceber naturalmente um filho durante a pandemia de COVID-19, Isis e Lourenzo iniciam uma jornada pelo Brasil em busca de algo incomum: um pré-natal respeitoso e especializado no país que mais mata pessoas trans no mundo. Documentário dirigido por Isis Broken e Tainá Müller.
“A Cerca”
[The Fence, França, 2025]
Em um isolado canteiro de obras na África Ocidental, Alboury, um homem local, exige a devolução do corpo de seu irmão, morto sob circunstâncias suspeitas. Horn, o chefe da obra, tenta manter o controle enquanto segredos e conflitos coloniais vêm à tona. Dirigido por Claire Denis.
“Cheiro de Diesel”
[Brasil, 2025]
O documentário de Natasha Neri e Gizele Martins retrata o violento impacto da militarização das favelas do Rio de Janeiro, ocupadas pelas Forças Armadas durante os megaeventos esportivos.
“A Cronologia da Água”
[The Chronology of Water, EUA, 2025]
Adaptação do livro de memórias da americana Lidia Yuknavitch, conta a história de uma aspirante a nadadora que encontra na arte e na literatura uma forma de lidar com a infância difícil e os traumas do passado. Primeiro longa-metragem da atriz Kristen Stewart na direção.
“Criadas”
[Brasil, 2025]
Sandra retorna à casa de sua prima, Mariana, em busca de uma foto de sua falecida mãe, que trabalhou como empregada para os pais de Mariana. Embora tenham sido criadas juntas, Sandra, negra de pele escura, e Mariana, negra de pele clara, viveram aquela casa de formas diferentes. Ao se reconectarem, memórias tomam forma ao redor delas. Dirigido por Carol Rodrigues.
“Franz Antes de Kafka”
[Franz, República Tcheca/Alemanha/Polônia/França/Turquia, 2025]
A diretora Agnieszka Holland narra a trajetória do escritor tcheco Franz Kafka (1883-1924), um dos mais importantes nomes da literatura do século 20, desde a infância em Praga até a morte na Áustria.
“Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe”
[Put Your Soul on Your Hand and Walk, França/Palestina/Irã, 2025]
A diretora iraniana Sepideh Farsi realiza este documentário a partir de seu contato com a fotojornalista palestina Fatma Hassona, que documentou a vida cotidiana em Gaza. Em abril de 2025, quando o filme já tinha sido concluído e selecionado para o Festival de Cannes, Fatma foi morta em um ataque aéreo de Israel.
“Hamnet: A Vida Antes de Hamlet”
[Hamnet, Reino Unido, 2025]
William Shakespeare (1564-1616) e sua mulher, Agnes (1556-1623), perderam o filho Hamnet quando ele tinha 11 anos. O filme de Chloé Zhao, ganhadora do Oscar por Nomadland (2020), acompanha o luto do casal e a criação de uma das peças mais importantes de Shakespeare, Hamlet.
“Hedda”
[EUA, 2025]
Hedda se vê dividida entre um amor do passado e a sufocante mas confortável vida de casada. Ao longo de uma noite, desejos e tensões vêm à tona. Dirigido por Nia DaCosta e inspirado na peça de Henrik Ibsen (1828-1906).
“A Hera”
[Hiedra, Equador/México/Espanha/França, 2025]
Azucena, uma mulher de 30 e poucos anos, se aproxima de Julio, um adolescente que vive em um abrigo. Conforme passam tempo juntos, os dois dão início a um processo de descoberta. Dirigido por Ana Cristina Barragán, que ganhou o prêmio de melhor roteiro da seção Horizonte do Festival de Veneza.
“A Ilusão da Ilha de Yakushima”
[Yakushima’s Illusion, Japão/França/Bélgica/Luxemburgo, 2025]
Especialista em transplantes pediátricos, a francesa Corry é enviada ao Japão para tentar salvar a vida de um garoto. Enquanto isso, seu companheiro, Jim, torna-se um “Johatsu”, como os japoneses chamam as pessoas que desaparecem sem deixar rastros. Dirigido por Naomi Kawase.
“In-I In Motion”
[França, 2025]
Em sua estreia na direção, a atriz Juliette Binoche documenta sua parceria criativa com o dançarino Akram Khan para criar o espetáculo In-I, que foi realizado em 2017.
“O Longo Caminho para a Cadeira de Diretora”
[The Long Road to the Director’s Chair, Noruega, 2025]
Em 1973, a diretora Vibeke Løkkeberg filmou o que viria a ser considerado um dos primeiros festivais feministas de cinema. Quase cinquenta anos depois, ela encontrou as imagens que pensava ter perdido, e a partir delas criou este filme, no qual reflete sobre a contínua luta por igualdade.
“Marlee Matlin: Não Mais Sozinha”
[Marlee Matlin: Not Alone Anymore, EUA, 2025]
Em 1987, aos 21 anos, Marlee Matlin tornou-se a primeira atriz surda a ganhar um Oscar pela atuação em Filhos do Silêncio. Sua trajetória como artista e ativista é contada neste documentário de Shoshannah Stern.
“The Mastermind”
[EUA, 2025]
Por volta da 1970, num lugar tranquilo de Massachusetts, nos Estados Unidos, um carpinteiro desempregado quer se tornar ladrão de obras arte. Mas logo em seu primeiro assalto, as coisas começam a se complicar. Dirigido por Kelly Reichardt, já tem estreia comercial marcada para 16 de outubro. Assista ao trailer:
“Minha Terra Estrangeira”
[Brasil, 2025]
Para muitos brasileiros, as eleições presidenciais de 2022 representaram a escolha entre democracia e autoritarismo. Para os povos indígenas da Amazônia, a floresta, lar de todos eles, estava sob ataque. Dirigido por Louise Botkay, João Moreira Salles e pelo Coletivo Lakapoy, o documentário acompanha pai e filha durante os quarenta dias que antecederam a votação.
“Morra, Amor”
[Die My Love, EUA/Canadá/Reino Unido, 2025]
Vivendo na zona rural dos Estados Unidos, a jovem Grace luta para manter a sanidade após se tornar mãe. Dirigido por Lynne Ramsay, o filme é uma adaptação do livro homônimo de Ariana Harwicz e vai estrear no circuito comercial de cinema em 27 de novembro. Veja o teaser:
“Nossa Terra”
[Nuestra Tierra, Argentina/EUA/México/França/Holanda/Dinamarca, 2025]
O documentário de Lucrecia Martel investiga o assassinato do líder indígena argentino Javier Chocobar (1941-2009) e a longa história de colonialismo, violência e desapropriação que levou ao crime.
“Paraíso Prometido”
[Promis le ciel, Tunísia/França/Catar, 2025]
Marie, Naney e Jolie são marfinenses que vivem juntas na Tunísia. O laço entre elas é testado quando dão abrigo à Kenza, uma menina que sobreviveu ao naufrágio de um barco com imigrantes. Dirigido por Erige Sehiri.
“Quarto do Pânico”
[Brasil, 2025]
Uma mulher e sua filha se refugiam em um quarto secreto no momento em que ladrões invadem sua casa. O que eles buscam está justamente no mesmo lugar onde as duas estão escondidas. Versão brasileira do filme lançado por David Fincher em 2002, tem direção de Gabriela Amaral Almeida.
“Renoir”
[Japão/França/Cingapura/Filipinas/Indonésia/Catar, 2025]
Fuki é uma menina de 11 anos que vive na Tóquio dos anos 1980. Seu pai tem uma doença terminal e sua mãe está sobrecarregada, o que deixa Fuki sozinha com sua rica imaginação. Fascinada por telepatia, ela entra cada vez mais fundo em um mundo de fantasia. Dirigido por Chie Hayakawa.
“Romería”
[Espanha/Alemanha, 2025]
Para conseguir uma bolsa de estudos e entrar na universidade, Marina, de 18 anos, precisa que os avós paternos assinem um documento. O problema é que ela não vê os avós desde pequena, quando seus pais morreram e ela foi entregue à adoção. Em uma viagem para reencontrar a família biológica, traumas e segredos voltam à tona. Dirigido por Carla Simón.
“A Sapatona Galáctica”
[Lesbian Space Princess, Austrália, 2025]
A introvertida Princesa Saira tem de deixar o conforto de seu planeta e sair em busca da ex-namorada, Kiki, uma caçadora de recompensas que foi sequestrada pelos Straight White Maliens, os aliens brancos e heterossexuais. Dirigido por Emma Houghs Hobbs e Leela Varghese.
“Se eu Tivesse Pernas, Eu te Chutaria”
[If I Had Legs, I’d Kick You, EUA, 2025]
Linda é uma mãe que se sente à beira de um colapso. Ela tem de lidar com a doença misteriosa de sua filha, a ausência do marido, a mudança forçada para um motel e o relacionamento cada vez mais hostil com seu terapeuta. Dirigido por Mary Bronstein.
“Sem Dó Nem Piedade”
[No Mercy, Alemanha/Áustria, 2025]
O documentário de Isa Willinger explora uma afirmação feita pela diretora Kira Muratova (1934-2018): a de que mulheres fazem filmes mais “duros”. Para refletir sobre como as cineastas retratam poder, violência e desejo, ela entrevista Catherine Breillat, Alice Diop, Céline Sciamma e Ana Lily Amirpour, entre outras.
“Sobre Tornar-se uma Galinha D’angola”
[On Becoming a Guinea Fowl, Zâmbia/Reino Unido/Irlanda, 2024]
A jovem Shula encontra o corpo de seu tio no meio de uma estrada vazia na Zâmbia. Conforme começam os procedimentos do funeral, Shula e seus primos descobrem segredos de família. De Rungano Nyoni, que ganhou o prêmio de melhor direção da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes de 2024.
“Virtuosas”
[Brasil, 2025]
Um retiro VIP para mulheres em busca da melhor versão de si mesmas se transforma em uma jornada absurda e perigosa. Dirigido por Cíntia Domit Bittar.
“As Vitrines”
[Brasil, 2025]
Chile, 1973. Logo após o golpe militar de Pinochet, centenas de militantes de esquerda latino-americanos se refugiam na embaixada da Argentina, à espera de um visto para poder sair do país. Neste confinamento forçado, Pedro e Ana, que são filhos de militantes, experimentam rara liberdade ao mesmo tempo em que tentam lidar com as rupturas que o golpe provocou em suas vidas. Dirigido por Flavia Castro.
“A Voz de Hind Rajab”
[Sawt Hind Rajab, Tunísia/França, 2025]
Em 2024, a menina palestina Hind Rajab, de apenas seis anos, ligou para serviços de emergência no momento em que estava em um carro sob ataque israelense em Gaza. O filme combina gravações reais e encenações com atores para reconstruir a operação de resgate, que terminou com a morte da menina, de seus familiares e de paramédicos. Dirigido por Kaouther Ben Hania, ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza.