Ganhador da mostra Um Certo Olhar no último Festival de Cannes, A Vida Invisível será o candidato do Brasil a uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro em 2020. O longa é dirigido pelo cineasta Karim Aïnouz e estrelado pelas atrizes Carol Duarte e Julia Stockler.
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O representante do país no Oscar foi anunciado nesta terça-feira (27), pela Academia Brasileira de Cinema, responsável pela decisão desde 2017. Neste ano, a comissão de seleção foi presidida pela diretora e roteirista Anna Muylaert e contou também com o crítico Amir Labaki, o diretor e roteirista David Schurmann, a produtora e curadora Ilda Santiago, o roteirista Mikael de Albuquerque, as produtoras Sara Silveira e Vania Catani, o diretor de fotografia Walter Carvalho e o produtor e diretor Zelito Viana.
De acordo com Muylaert, a comissão ficou bastante dividida: cinco votos foram para A Vida Invisível e quatro, para Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.
Ambientado no Rio de Janeiro dos anos 1950, A Vida Invisível é uma adaptação do romance de Martha Batalha e conta a história de Eurídice, 18, e Guida, 20, irmãs inseparáveis que moram com os pais em um lar conservador. Forçadas a viver distantes uma da outra, elas irão lutar para tomar as rédeas de suas vidas e se reencontrarem. O filme estreia nos cinemas primeiro no Nordeste, em 19 de setembro, e depois, em 31 de outubro, nas demais regiões do Brasil.
Concorrer ao Oscar de filme estrangeiro é um processo de três fases: primeiro, cada país escolhe o seu candidato e o pré-indica à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas; depois, é divulgada uma lista com semifinalistas; por fim, são anunciados os cinco indicados que de fato concorrem o prêmio. Em 2019, apenas três dos 12 filmes inscritos na disputa pela pré-indicação brasileira eram dirigidos por mulheres: Espero tua (Re)volta, de Eliza Capai; Los Silencios, de Beatriz Seigner; e A Última Abolição, de Alice Gomes.