Principal festival dedicado ao documentário no Brasil, o É Tudo Verdade desta vez será online: de 23 de setembro a 4 de outubro, o público poderá assistir a 60 filmes gratuitamente no www.etudoverdade.com.br
Dicas: Cineastas recomendam documentários nacionais dirigidos por mulheres
Streaming: Três documentários sobre mulheres que lutam por mudança
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As exibições seguem diferentes regras: filmes da competição brasileira de longas têm duas sessões por dia (às 21h e às 15h do dia seguinte à estreia), enquanto os da competição internacional são exibidos diariamente às 18h. Ambos tem limites de exibições (1,5 mil e 1 mil respectivamente). Por sua vez, os curtas em competição foram divididos em dois programas, com três sessões cada.
O Mulher no Cinema selecionou sete títulos dirigidos por mulheres que estão entre os destaques da programação. Para consultar dia e horário de exibição, acesse o site do É Tudo Verdade.
“O Espião” – [The Mole Agent, Chile/ EUA/ Alemanha/ Holanda/ Espanha, 2019]
Um detetive particular chileno precisa contratar alguém para se infiltrar em um asilo e investigar se um dos moradores está sendo vítima de maus-tratos. O documentário de Maite Alberdi centra sua narrativa no homem escolhido para essa peculiar tarefa: Sérgio, 83 anos.
“Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil” – [Brasil, 2019]
A diretora Carol Benjamin aborda a Ditadura Militar a partir de um ponto de vista pessoal: a história do pai, que foi preso político durante cinco anos, e os impactos do período em três gerações de sua família. O filme ganhou menção especial no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, um dos mais importantes do mundo.
“Filhas de Lavadeiras” – [Brasil, 2019]
Dirigido por Edileuza Penha de Souza e inspirado na obra da escritora Maria Helena Vargas, o curta-metragem conta histórias de mulheres negras que são filhas de lavadeiras. Graças ao trabalho duro de suas mães, estas mulheres puderam seguir seus estudos e trilhar diferentes caminhos.
“Gyuri” – [Brasil, 2019]
O documentário de Mariana Lacerda conta a história da fotógrafa e ativista suíça Claudia Andujar, judia e sobrevivente da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que se exilou no Brasil e se dedicou à defesa dos povos yanomami. O acervo de Andujar é revisto por meio de seus diálogos com o xamã Davi Kopenawa e o ativista Carlo Zacquini, com a interlocução do filósofo Peter Pál Pelbart.
“Influência” – [Influence, África do Sul/Canadá, 2020]
A ascensão e a queda da multinacional britânica Bell Pottinger servem de ponto de partida para os cineastas Diana Neille e Richard Poplak refletirem sobre a era da desinformação, mostrando como empresas de relações públicas atuam para influenciar a opinião pública.
“Meu Querido Supermercado” – [Brasil, 2019]
O documentário da diretora Tali Yankelevich registra o cotidiano dos funcionários de um supermercado nos arredores da cidade de São Paulo (SP). Em meio a atividades repetitivas e ao espaço confinado da loja, eles compartilham suas dúvidas, afetos, medos e sonhos.
“Silêncio de Rádio” – [Radio Silence, Suíça, México, 2019]
Uma das principais vozes do jornalismo independente do México, Carmen Aristegui foi demitida pela rádio MVS, junto com sua equipe, em março de 2015. O documentário da diretora Juliana Fanjul mostra como este episódio criou uma mobilização contra a censura e a pressão política sobre a imprensa.
Luísa Pécora é jornalista e criadora do Mulher no Cinema