Em 2022, nenhum longa-metragem dirigido por mulher vai concorrer ao Oscar de filme internacional, categoria que antes era conhecida como melhor filme estrangeiro. É a primeira vez que diretoras estão totalmente ausentes da disputa por esta estatueta desde 2015.
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No ano passado, a categoria incluiu dois filmes dirigidos por mulheres entre os cinco indicados, algo que não acontecia desde 2007. Nas edições de 2016 a 2020, havia sempre pelo menos uma diretora na disputa. Até hoje, só três diretoras receberam o prêmio – a última, em 2011.
Concorrer na categoria de filme internacional é um processo de três fases. Primeiro, cada país escolhe o seu candidato e o pré-indica à Academia. Na segunda etapa, uma lista de 15 semifinalistas é divulgada e, mais tarde, são anunciados os cinco filmes escolhidos para de fato disputar a estatueta.
Neste ano, 22 dos 93 longas inscritos para concorrer categoria tinham sido dirigidos ou codirigidos por mulheres, o equivalente a 23,6%. O índice representou uma queda considerável em relação ao registrado entre os pré-candidatos ao Oscar de 2021, que ficara em 35,4% – o mais alto desde que o Mulher no Cinema começou a fazer este levantamento, em 2016.
Ainda assim, quatro longas dirigidos por mulheres ficaram entre os 15 semifinalistas divulgados em dezembro: Colmeia, de Blerta Basholli, que representava o Kosovo; O Homem Ideal, de Maria Schrader, candidato da Alemanha; A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo, que buscava a indicação para o México; e Playground, de Laura Wandel, representante da Bélgica. Huezo está indicada ao prêmio do Sindicato dos Diretores de filme de estreia.
Os indicados de 2022 são A Felicidade das Pequenas Coisas, representando o Butão; A Mão de Deus, candidato da Itália; A Pior Pessoa do Mundo, da Noruega; Drive My Car, do Japão; e Flee, da Dinamarca, que entra para a história como o primeiro filme a ser indicado, no mesmo ano, a filme internacional, documentário e animação. A entrega do Oscar 2022 será em 27 de março.
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