Mulheres dirigiram 22 dos 93 filmes que concorrem a uma indicação ao Oscar 2022 de melhor filme internacional, categoria que antes era conhecida como “melhor filme estrangeiro”. O índice de concorrentes dirigidos por mulheres é de 23,6%, de acordo com levantamento feito pelo Mulher no Cinema a partir da lista divulgada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela entrega da estatueta.
Saiba mais: Veja todas as diretoras que concorreram ao Oscar de filme internacional
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O índice é consideravelmente inferior ao do Oscar 2021, que foi de 35,4%, e ao de 30,1% registrado entre os pré-indicados ao Oscar 2020. Em comparação, entre os filmes que buscavam concorrer na premiação de 2017, apenas 18% tinham sido dirigidos por mulheres.
De acordo com as regras da Academia, o filme internacional é um longa-metragem produzido foram dos Estados Unidos que tem mais de 50% do diálogo falado em língua não inglesa.
Concorrer na categoria de filme internacional é um processo de três fases. Primeiro, cada país escolhe o seu candidato e o pré-indica à Academia. Em 21 de dezembro, uma lista de 15 semifinalistas será divulgada; e em 8 de fevereiro, os cinco filmes escolhidos para de fato disputar a estatueta serão conhecidos.
A entrega do Oscar 2022 será em 27 de março.
Veja os filmes dirigidos por mulheres que concorrem à indicação:
África do Sul: Barakat, de Amy Jephta
Alemanha: O Homem Ideal, de Maria Schrader
Argentina: El Prófugo, de Natalia Meta
Armênia: Should the Wind Drop, de Nora Martirosyan
Austrália: O Uivo das Romãs, de Granaz Moussavi
Bélgica: Playground, de Laura Wandel
Costa Rica: Clara Sola, de Nathalie Álvarez Mesén
Egito: Souad, de Ayten Amin
França: Titane, de Julia Ducournau
Haiti: Freda, de Gessica Geneus
Indonésia: Yuni, de Kamila Andini
Kosovo: Colmeia, de Blerta Basholli
Letônia: The Pit, de Dace Puce
Líbano: Costa Brava, Lebanon, de Mounia Akl
Macedônia do Norte: Irmandade, de Dina Duma
México: A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo
Paraguai: Apenas o Sol, de Arami Ullón
Portugal: A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos
Reino Unido: Dying to Divorce, de Chloe Fairweather
República Dominicana: Holy Beasts, de Laura Amelia Guzmán e Israel Cárdenas
Rússia: Unclenching the Fists, de Kira Kovalenko
Ucrânia: Bad Roads, de Natalya Vorozhbit
Luísa Pécora é jornalista e criadora do Mulher no Cinema