Cai número de diretoras em blockbusters de Hollywood

O debate sobre a participação da mulher no cinema não para de crescer. Mas será que algo está mudando em Hollywood?

A julgar por um dos principais estudos realizados anualmente sobre o assunto, a resposta é não. Mulheres representaram apenas 7% de todos os diretores dos 250 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos em 2016, uma porcentagem 2% menor do que as registradas em 2015 e em 1998.

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De acordo com o estudo, realizado pela San Diego State University, mulheres representaram 24% dos produtores, 17% dos montadores, 17% dos produtores executivos, 13% dos roteiristas e 5% dos diretores de fotografia nos 250 filmes analisados. Mais de um terço dos longas – ou 35% – empregou apenas uma ou nenhuma mulher nesses cargos.

Outros dados importantes:

  • 52% dos filmes empregaram entre 2 e 5 mulheres nos cargos analisados (e listados acima); 11% empregaram entre seis e nove mulheres; e apenas 2% tinham 10 ou mais mulheres nestas funções.
  • Na comparação entre 2015 e a 2016, a porcentagem de mulheres roteiristas aumentou ligeiramente. Por outro lado, caíram as porcentagens de diretoras, produtoras, produtoras executivas, montadoras e diretoras de fotografia.
  • Entre os filmes analisados, 92% não têm mulheres na direção; 77% não têm mulheres entre os roteiristas; 58% não têm mulheres entre os produtores executivos; 34% não têm mulheres entre os produtores; 79% não têm mulheres entre os montadores; e 96% não têm mulheres na direção de fotografia.
  • As mulheres tiveram maior presença em documentários e dramas, representando 24% e 20% das equipes destes gêneros, respectivamente. Sua presença é reduzida principalmente nos gêneros de ação (11%) e terror (12%).
  • Mulheres representaram apenas 3% dos compositores que trabalharam nos 250 filmes de maior bilheteria de 2016. Trata-se de um aumento de 1% em relação a 2015.
  • Mulheres representaram 8% dos supervisores de edição de som, um aumento de 3% em relação a 2014.
  • Mulheres representaram 4% dos designers de som, uma queda de 1% em relação a 2014.

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