Protagonizado por Fernanda Torres, “Ainda Estou Aqui” é candidato do Brasil ao Oscar

Protagonizado por Fernanda Torres, Ainda Estou Aqui será o candidato do Brasil a uma indicação ao Oscar de filme internacional em 2025. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (23) pela Academia Brasileira de Cinema.

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Ainda Estou Aqui é dirigido por Walter Salles e foi inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família, e especialmente sua mãe, Eunice. Após seu marido (Rubens Paiva) ser levado de casa pelos militares e dado como desaparecido, Eunice tornou-se um importante nome da luta contra a ditadura.

Eunice Paiva morreu em 2018, aos 89 anos. Durante entrevista coletiva no Festival de Veneza, Fernanda Torres falou sobre a experiência de interpretá-la. Assista abaixo:

Além de Fernanda Torres, Ainda Estou Aqui também tem Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco. O filme integrou a competição de Veneza, onde recebeu o prêmio de melhor roteiro, e tem sido considerado forte candidato ao Oscar – incluindo na categoria de melhor atriz – pela imprensa especializada americana.

Ainda Estou Aqui foi escolhido entre 12 produções inscritas para tentar representar o Brasil no Oscar. Destes doze, quatro eram dirigidos por mulheres: Cidade; Campo, de Juliana Rojas; Levantede Lillah Halla; Sem Coração, de Nara Normande e Tião; e Votos, de Ângela Patrícia Reiniger. Os três primeiros estavam também na lista de seis finalistas divulgada na semana passada.

Concorrer na categoria de melhor filme internacional, antes conhecida como melhor filme estrangeiro, é um processo de três fases. Primeiro, cada país escolhe o seu candidato e o pré-indica à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pela premiação. Depois, é divulgada uma lista de semifinalistas e, mais tarde, os cinco filmes escolhidos para de fato disputar o troféu.

Em toda a história do Oscar, apenas três filmes dirigidos por mulheres venceram na categoria: A Excêntrica Família de Antônia, da holandesa Marleen Gorris, em 1996; Lugar Nenhum na África, da alemã Caroline Link, em 2003; e Em um Mundo Melhor, da dinamarquesa Susanne Bier, em 2011. Nas últimas três edições do Oscar, nenhum filme dirigido por mulher foi sequer indicado ao prêmio.

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