Programas de televisão criados ou produzidos por mulheres tendem a empregar maior número de profissionais femininas. Esse é um dos principais apontamentos de um estudo divulgado nesta semana e coordenado por Martha Lauzen, da San Diego State University.

Emmy Awards: 13 protagonistas indicadas têm mais de 40 anos

O relatório anual, que está em sua 18ª edição, chegou em boa hora: no domingo (20), será realizada a cerimônia do Emmy Awards, o maior prêmio da televisão americana. Foram analisadas atrações de 14 veículos, entre emissoras abertas (ABC, CBS, Fox, NBC, CW), a cabo (HBO, Showtime, A&E, AMC, FH, History, TNT, USA Network) e mais a Netflix. Cada programa teve um episódio aleatório avaliado pela pesquisa, que aborda o período de 2014-2015.

De acordo com o levantamento, em programas que não têm nenhuma mulher entre os produtores executivos, 35% dos personagens principais são femininos. Se a atração tem ao menos uma mulher entre os executivos, a porcentagem sobe para 42%.

No que diz respeito às roteiristas, o salto é maior: as mulheres são 8% da equipe de escritores dos programas que não tem produtoras executivas, e 32% dos que têm. Na direção, passa de 11% para 12%;

No total, as mulheres representam 23% dos  produtores executivos e 22% dos criadores de todos programas analisados.

Outros dados interessantes:

• As mulheres representam 40% de todos os personagens com fala.
• Entre as personagens femininas, 78% são brancas; 13% são negras; 4% são latinas e 4% são asiáticas.
• 60% das personagens femininas têm entre 20 e 30 anos. Em contraste, 57% dos masculinos têm entre 30 e 40 anos.
• As mulheres representam 25% de todos os criadores, produtores executivos, diretores, roteiristas, produtores, editores e diretores de fotografia que trabalharam nos programas analisados – um cenário inalterado em relação ao ano anterior.
• Há mais mulheres como produtoras (38%), depois roteiristas (25%), produtoras executivas (23%), criadoras (22%), editoras (20%), diretoras (12%) e diretoras de fotografia (1%).
• 57% dos programas empregam quatro mulheres ou menos. Só 5% dos programas empregam quatro homens ou menos.

O estudo completo pode ser acessado aqui