A francesa Justine Triet tornou-se a terceira diretora da história a vencer a Palma de Ouro, principal prêmio do Festival de Cannes. Seu novo filme, Anatomie d’une chute (ou Anatomy of a Fall, no título em inglês), foi o grande ganhador da 76ª edição do evento francês, encerrada neste sábado (28).
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Os outros dois filmes dirigidos por mulheres que venceram a Palma de Ouro foram O Piano, de Jane Campion, em 1993; e Titane, de Julia Ducournau, em 2021. Ducournau, aliás, foi uma das integrantes do júri deste ano, presidido pelo diretor sueco Ruben Östlund.
Em Anatomie d’une chute, uma escritora é considerada suspeita da morte seu marido, que sofreu uma queda em circunstâncias misteriosas. O filho do casal, que tem deficiência visual, é a única testemunha no julgamento que busca definir se houve suicídio ou homicídio.
Anatomie d’une chute era um de sete filmes dirigidos por mulheres na competição principal, um recorde para Cannes, que no ano passado tinha incluído cinco títulos de diretoras na competição principal. Antes disso, o número nunca passara de quatro. Os outros longas dirigidos por mulheres na competição deste ano eram Banel et Adama, de Ramata-Toulaye Sy; La Chimera, de Alice Rohrwacher; Club Zero, de Jessica Hausner; L’Été Dernier, de Catherine Breillat; Les Filles D’Olfa, de Kaouther Ben Hania; e Le Retour, de Catherine Corsini.
Nenhum deles foi premiado pelo júri nas demais categorias, que só premiou uma outra mulher, a atriz turca Merve Dizdar, por seu trabalho em About Dry Grasses, do diretor Nuri Bilge Ceylan.
Na mostra Um Certo Olhar, a segunda mais importante de Cannes, o principal prêmio foi para How To Have Sex, da britânica Molly Manning Walker. Além disso, de The Mother of All Lies, da marroquina Asmae El Mouldir, levou o troféu de direção; e A Flor do Buriti, codirigido pela brasileira Renée Nader Messora, ganhou o recebeu o Prix d’ensemble, um reconhecimento ao trabalho de toda a equipe.
Outros filmes de diretoras premiados na edição deste ano incluem 27, da húngara Flóra Anna Buda, que levou a Palma de Ouro de melhor curta; e Levante, da brasileira Lillah Halla, que recebeu o prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) de melhor filme de estreia exibido em mostras paralelas.
Foto: Pascal Le Segretain/Getty Images