Competição de Veneza terá filme com Fernanda Torres e 6 longas de diretoras

Seis filmes dirigidos por mulheres estão entre os 21 que competirão pelo Leão de Ouro na 81ª edição do Festival de Veneza. A competição deste ano também incluirá o longa-metragem brasileiro Ainda Estou Aqui, protagonizado por Fernanda Torres e dirigido por Walter Salles.

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Inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família, Ainda Estou Aqui foca principalmente na figura da mãe, Eunice. A trama começa no início dos anos 1970, durante a violenta repressão da ditadura militar, quando um ato de violência força Eunice, mãe de cinco filhos, a se reinventar. Além de Fernanda Torres, o filme também tem Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco.

Os seis filmes dirigidos por mulheres na competição pelo Leão de Ouro são April, da cineasta georgiana Dea Kulumbegashvili; Babygirl, da holandesa Halina Reijn; Diva Futura, da ítalo-americana Giulia Louise Steigerwalt; Harvest, da grega Athina Rachel Tsangari; The Quiet Son, das francesas Delphine e Muriel Coulin; e Vermiglio, da italiana Maura Delpero.

Em toda a sua história, o Festival de Veneza premiou apenas sete filmes dirigidos por mulheres com seu principal troféu: All the Beauty and the Bloodshed, de Laura Poitras, em 2022; O Acontecimento, de Audrey Diwan, em 2021; Nomadland, de Chloé Zhao, em 2020; Um Lugar Qualquer, de Sofia Coppola, em 2010; Um Casamento à Indiana, de Mira Nair, em 2001; Os Renegados, de Agnès Varda (1985); e Os Anos de Chumbo, de Margarethe von Trotta, em 1981.

Na edição deste ano, duas cineastas brasileiras vão competir em mostras paralelas. Marianna Brennand exibirá seu primeiro longa-metragem de ficção, Manas, na seção Giornate degli Autori, também conhecida como Venice Days. O filme conta a história de Marcielle, uma jovem de 13 anos que vive na Ilha do Marajó (PA) e decide confrontar as violências que marcam a vida das mulheres de sua família e de sua comunidade.

Já Moara Passoni participará da competição da mostra Horizonte com o curta-metragem Minha Mãe É uma Vaca. No filme, uma menina é enviada para o Pantanal porque a vida de sua mãe na cidade grande está em perigo. A partir do contato com uma vaca, ela passa por uma “metamorfose”, tendo como pano de fundo os incêndios descontrolados na região.

A cineasta Petra Costa também exibirá seu novo documentário, Apocalipse nos Trópicos, fora de competição.

O Festival de Veneza ocorrerá entre 28 de agosto e 7 de setembro.

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