Pela segunda vez em sua história, a Argélia escolheu um longa-metragem dirigido por mulher como seu candidato ao Oscar de filme estrangeiro. Este ano, o representante do país na premiação será Until the End of Time, de Yasmine Chouikh.
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O filme conta uma história de amor ambientada em um cemitério: sofrendo pela morte do marido, Johar conhece o coveiro Ali, com quem desenvolve uma amizade e, depois, algo mais forte. O outro longa dirigido por mulher a ser pré-indicado pela Argélia ao Oscar foi Rachida, em 2002. Curiosamente, a diretora de Rachida é Yamina Bachir Chouik, mãe de Yasmine.
Concorrer ao Oscar de filme estrangeiro é um processo de três fases: primeiro, cada país escolhe o seu candidato e o pré-indica à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas; depois, é divulgada uma lista com semifinalistas; por fim, são anunciados os cinco indicados que de fato concorrem o prêmio.
Em 2018, os candidatos dirigidos por mulheres incluem Capharnaüm, de Nadine Labaki (Líbano); Crystal Swan, de Darya Zhuk (Belarus); I Am Not a Witch, de Rungano Nyoni (Reino Unido); The Marriage, de Blerta Zeqiri (Kosovo); Never Leave Me, de Aida Begic (Bósnia-Herzegóvina); Pájaros de Verano, de Cristina Gallego e Ciro Guerra (Colômbia); Take It Or Leave It, de Liina Triškina-Vanhatalo (Estônia); e The Waldheim’s Waltz, de Ruth Beckermann (Áustria).
A categoria foi instaurada na 29ª edição da premiação, realizada em 1957, e até hoje só premiou três filmes dirigidos por mulheres: A Excêntrica Família de Antônia (1995), de Marleen Gorris; Lugar Nenhum na África (2001), de Caroline Link; e Em um Mundo Melhor, de Susanne Bier (2010). Saiba mais sobre a presença das mulheres no Oscar de filme estrangeiro.