
Protagonizado por Fernanda Torres e dirigido por Walter Salles, Ainda Estou Aqui deu ao Brasil seu primeiro Oscar de filme internacional. O longa também estava indicado ao prêmio de melhor filme (que foi para Anora, de Sean Baker) e melhor atriz (que foi para Mikey Madison, de Anora).
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O Oscar entregue neste domingo (2) coroou a brilhante trajetória de Ainda Estou Aqui, que levou mais de cinco milhões de brasileiros às salas de cinema. O longa fez sua estreia mundial no Festival de Veneza, onde venceu o prêmio de roteiro, foi exibido em dezenas de outros festivais e colecionou troféus pelo mundo, entre eles o de melhor filme internacional no Goya e o Globo de Ouro de melhor atriz de drama, entregue à Fernanda Torres.
Ainda Estou Aqui marca a terceira parceria de Fernanda Torres com Walter Salles, depois de Terra Estrangeira (1995) e O Primeiro Dia (1998), ambos codirigidos por Daniela Thomas.
A trama é inspirada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família, e especialmente sua mãe, Eunice. Após seu marido (o engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva) ser levado de casa pelos militares e dado como desaparecido, Eunice tornou-se um importante nome da luta contra a ditadura. Ela morreu em 2018, aos 89 anos.
Concorrer ao Oscar de filme internacional é um processo de três fases, que começa com cada país escolhendo o seu candidato e o pré-indicando à Academia. Depois, são escolhidos 15 semifinalistas e, finalmente, os cinco títulos que de fato disputarão a estatueta. O Brasil não chegava à fase final desde 1999, quando Central do Brasil, também dirigido por Salles, perdeu a estatueta para o italiano A Vida é Bela.
Ainda Estou Aqui disputava com A Garota da Agulha, de Magnus von Horn (Dinamarca); Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França); A Semente do Fruto Sagrado, de Mohammad Rasoulof (Alemanha); e Flow, de Gints Zilbalodis (Letônia). O filme segue em cartaz nos cinemas e chegará à Globoplay em abril.