7 filmes dirigidos ou sobre mulheres para ver na Mostra de Cinemas Africanos

Vinte e nove filmes estão na programação da Mostra de Cinemas Africanos, que ocorre de 5 a 13 de setembro em São Paulo (SP) e de 13 a 18 de setembro em Salvador (BA). Na capital paulista, as sessões serão no Cinesesc; na baiana, no Cine Glauber Rocha e na Saladearte Cinema do Museu.

Entrevista: Lílis Soares fala sobre Mami Wata: “A estética é política”
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Um dos principais destaques é Mami Wata, longa do diretor nigeriano C.J. Obasi que tem direção de fotografia da brasileira Lílis Soares. Por este trabalho, ela foi premiada em Sundance, o principal festival de cinema independente dos Estados Unidos, e também no Festival Pan-africano de Cinema e Televisão de Uagadugu (Fespaco), o mais importante da África, realizado na Burkina Faso.

Abaixo, o Mulher no Cinema selecionou sete filmes dirigidos ou protagonizados por mulheres que estão entre os destaques da Mostra de Cinemas Africanos. A maior parte destas obras será exibida tanto em São Paulo quanto em Salvador, mas algumas são exclusivas de cada cidade. Para informações sobre dias, horários e locais de exibição, consulte o site do festival.

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"O Kaftan Azul", de Maryam Touzani, está na programação da Mostra de Cinemas Africanos

“O Kaftan Azul”
[Le bleu du caftan, Marrocos/França/Bélgica/Dinamarca, 2022]
Atenção: este filme será exibido apenas em São Paulo

Halim e Mina têm uma loja tradicional de kaftan em uma das mais antigas medinas do Marrocos. Para dar conta das demandas dos clientes, eles contratam Youssef, um talentoso aprendiz. Aos poucos, a presença do rapaz começa a impactar a vida do casal. Dirigido por Maryam Touzani.


“As Lágrimas da Emigração”
[Les Larmes de l’Émigration, Senegal/França, 2010]

Após uma ausência de dois anos, o diretor Alassane Diago regressa à aldeia senegalesa de Agnam Lidoubé para entender por que e como sua mãe passou duas décadas à espera do marido. Neste documentário, também conta a história da irmã que espera o marido há cinco anos e da sobrinha que não conhece o pai.


“Madame Brouette”
[L’extraordinaire destin de Madame Brouette, Canadá/Senegal/França, 2002]

Mati, também conhecida como Madame Brouette, é uma mulher independente que ganha a vida vendendo coisas em um carrinho de mão que empurra pela feira livre de Sandaga, no Senegal. Divorciada, ela sonha em abrir uma lanchonete e dar uma vida melhor à filha. Mas seu destino é marcado pelo encontro com Naago, um policial por quem se apaixona. Protagonizado por Rokhaya Niang e dirigido por Moussa Sene Absa.


“Mami Wata”
[Nigéria/França/Reino Unido, 2023]

Mami Wata é uma divindade adorada pelos habitantes da remota vila de Iyi, na África ocidental, e que tem Mama Efe como sua intermediária. Quando o poder da divindade começa a ser questionado, Prisca e Zinwe, filhas de Mama Efe, se unem para restaurar a harmonia do vilarejo e a crença dos moradores. Protagonizado por Evelyne Ily Juhen e Uzoamaka Aniunoh, e dirigido por C.J. Obasi, o filme tem direção de fotografia da brasileira Lílis Soares, que foi premiada no Festival de Sundance e no FESPACO. Leia a entrevista com ela.


“Maputo Nakuzandza”
[Brasil/Moçambique, 2022]

Amanhece na capital de Moçambique. Jovens saem de uma festa e, nos quintais, senhoras iniciam o dia. Um homem corre, uma mulher chega de viagem, um turista passeia, um trabalhador apanha o transporte público e a rádio Maputo Nakuzandza anuncia o desaparecimento de uma noiva. Dirigido por Ariadine Zampaulo.


“Nós”
[Nous, França, 2021]
Atenção: este filme será exibido apenas em Salvador

O documentário da diretora Alice Diop faz um retrato de diferentes pessoas cujas vidas estão conectadas pelo RER B, um trem urbano que cruza a cidade de Paris, na França. Entre essas pessoas estão um mecânico, um escritor, uma enfermeira e a própria cineasta, que compartilha reflexões e vídeos de família.


“Sira”
[Burkina Faso/França/Senegal/Alemanha, 2023]

Após um ataque brutal, uma jovem nômade chamada Sira decide lutar contra o terrorismo islâmico na região do Sahel. Dirigido por Apolline Traoré e protagonizado por Nafisatou Cisse.

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