10 filmes dirigidos por mulheres para ver online no Olhar de Cinema

Pelo segundo ano consecutivo, o público de todo o Brasil terá acesso à programação do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que realiza sua 10ª edição de 6 a 14 de outubro. As exibições do festival, que é dedicado ao cinema independente, serão online, com ingressos a R$ 5 por filme ou programa de curtas.

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A programação do Olhar de Cinema inclui produções nacionais e estrangeiras, que ficam disponíveis das 6h do dia de exibição até às 5h59 no dia seguinte. Todos os filmes falados em língua estrangeira terão legendas em português e também há obras com acessibilidade.

Abaixo, o Mulher no Cinema selecionou dez filmes dirigidos por mulheres que integram diferentes mostras do Olhar de Cinema. Para saber dias e horários de exibição, consulte a programação no site do festival.

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“O Bem Virá”
[Brasil, 2020]

A diretora Uilma Queiroz busca saber a história por trás de uma foto de 1983, na qual treze mulheres grávidas são vistas durante um período de seca no sertão pernambucano. A partir desta busca, o documentário mostra a luta pela sobrevivência num contexto em que ser mulher se limitava à função de administrar a miséria.


“Carro Rei”
[Brasil, 2021]

Uno é um jovem que tem o dom de se comunicar com carros. Quando uma lei proíbe a circulação de veículos antigos, ele busca ajuda do tio mecânico, Zé Macaco, para transformá-los em “novos”. Surge, então, o Carro Rei, que pode falar, ouvir, fazer sexo e fazer planos. Dirigido por Renata Pinheiro, o longa venceu o Festival de Gramado e foi exibido em Roterdã. Leia a entrevista com a diretora.


“Chão de Fábrica”
[Brasil, 2021]

O curta de ficção é ambientado em 1979, quando as máquinas de uma metalúrgica de São Bernardo do Campo são desligadas para o horário do almoço. Quatro operárias comem dentro do banheiro feminino e, entre risos e conflitos, guardam segredos. Dirigido por Nina Kopko, diretora assistente de A Vida Invisível (2019).


“A Cidade dos Abismos”
[Brasil, 2021]

Quatro pessoas se encontram em uma fatídica noite de Natal: Maya, uma mulher que vai a um consultório clandestino para fazer um implante de silicone; Glória, sua melhor amiga; Kakule, refugiado nigeriano que é dono de um bar; e Bia, que está farta dos constantes desentendimentos com o namorado. Dirigido por Priscyla Bettim e Renato Coelho, fez sua estreia mundial no IndieLisboa.


“Nós”
[Brasil, 2021]

Diretora de Casa (2019) e O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva (2017), ambos exibidos em edições anteriores do Olhar de Cinema, Letícia Simões publicou um anúncio que dizia: “Se você não se identifica com o lugar em que nasceu e de alguma forma cria sobre isso, me escreve”. Neste documentário, seis artistas compartilham suas histórias, as rejeições que sofreram e o processo de descobrir sua verdadeira casa.


“Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa!”
[Brasil, 2020]

O documentário mostra a destruição causada pelos brancos nas terras dos Tikmu’un, como se autodenominam os povos indígenas brasileiros conhecidos como Maxakali. Os cineastas Sueli Maxakali e Isael Maxakali mostram a resistência da cultura e do povo indígena, com codireção de Carolina Canguçu e Roberto Romero. Ganhador do prêmio do Júri Jovem da seção Olhos Livres da Mostra de Cinema de Tiradentes.


Nunca Mais Serei a Mesma”
[Brasil, Argentina, Honduras, México, 2021]

O documentário conta a história de quatro mulheres latino-americanas: Lorena, Brandy, Ana e Ceclia. Elas nunca se encontraram e são diferentes em idade, origem e cor da pele, mas têm em comum o fato de terem sido afetadas pela violência no continente. Dirigido por Alice Lanari, de América Armada (2018).


“Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui”
[Brasil, 2021]

A cantora Zélia Duncan interpreta Vange, motoqueira solitária que se encanta pela liberdade de quatro garotas. Cansada de estar sozinha, Vange vai a uma festa lésbica pela primeira vez. O curta de Érica Sarmet também tem no elenco Bruna Linzmeyer, Lorrane Motta, Camila Rocha e Clarissa Ribeiro.


“As Preces de Delfine”
[Les prières de Delphine, Camarões/Bélgica, 2021]

A cineasta Rosine Mbakam faz um retrato de Delphine, uma jovem de Camarões que atualmente vive na Bélgica. Ao contar sua história, Delphine expõe os padrões de dominação patriarcal e violência sexual que afetaram muitas outras mulheres africanas de sua geração. O documentário venceu a competição internacional do IndieLisboa e do prêmio do júri jovem do festival Cinéma du Réel.


“Zinder”
[ Alemanha/França/Níger, 2021]

A diretora Aïcha Macky volta à sua cidade natal – Zinder, no Níger – para fazer um retrato da juventude local, especialmente a que habita a região de Kara-Kara. O documentário acompanha um grupo de jovens que, em meio à pobreza e à cultura de gangues, tenta se libertar do ciclo de violência.

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