Mulheres protagonizaram 31% das maiores bilheterias de 2018

Mulheres representaram 31% dos protagonistas dos 100 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos em 2018, de acordo com estudo da San Diego State University. Trata-se de um aumento de sete pontos em relação ao índice de 2017 e de dois pontos em relação ao registrado em 2016.

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Segundo a pesquisa, que analisou mais de 2.500 personagens nos 100 filmes estudados (e que excluem títulos estrangeiros), 52% dos protagonistas eram homens e 17% dos longas tinham protagonismo dividido.

De acordo com o estudo, protagonistas mulheres são mais comuns em filmes independentes (68%) do que nos produzidos por grandes estúdios (32%), e aparecem sobretudo em comédias (32%) e dramas (29%). Sua presença é menor em filmes de horror (19%), ficção científica (10%) e ação (7%).

Quando analisados não apenas os protagonistas, mas todos os personagens com fala que aparecem nos 100 filmes estudados, mulheres representam 35% – um aumento de um ponto percentual em relação a 2017. Enquanto 82% dos filmes têm 10 ou mais personagens masculinos com fala, esse percentual cai para 35% no caso das mulheres. Além disso, 13% dos filmes avaliados têm entre zero e quatro personagens femininas com fala, contra 6% no caso dos homens.

Veja outros dados relativos aos 100 filmes analisados:

IDADE

A maioria das mulheres em cena está na casa dos 20 anos (29%) ou dos 30 anos (28%). Em comparação, a maior parte dos personagens masculinos está na faixa dos 30 anos (35%) ou dos 40 anos (25%). Aliás, 45% de todos os personagens masculinos têm 40 anos ou mais, um índice que cai para 31% no caso das mulheres.

DIVERSIDADE

Em 2018, 65% das personagens femininas com fala eram brancas, 21% eram negras, 10% eram asiáticas e 4% eram latinas. Estes índices mostram uma melhora no que diz respeito à diversidade em relação a 2017: a porcentagem de personagens brancas caiu 3%, enquanto a de negras subiu 5% e a de asiáticas, 3%.

No entanto, no caso das mulheres asiáticas o aumento se deve em grande parte por causa de apenas um longa, Podres de Ricos. A porcentagem de latinas, por sua vez, caiu 3% em relação a 2017.

ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO

O estudo mostrou que personagens masculinos têm mais chances de terem sua profissão identificada (76% contra 62% das mulheres) e de serem mostrados trabalhando (62% contra 46%).

Além disso, 47% das mulheres em cena têm seu estado civil identificado no filme, porcentagem que cai para 36% no caso dos homens.

POR TRÁS DAS CÂMERAS

Mais uma vez, o estudo mostrou que as chances de protagonismo feminino aumentam quando há mulheres por trás das câmeras. Em longas com ao menos uma mulher na direção ou no time de roteiristas, mulheres representaram 57% dos protagonistas – um índice que cai para 21% em equipes totalmente masculinas.

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Leia o estudo completo aqui (em inglês)

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