Nenhum dos filmes brasileiros de maior bilheteria entre 2002 e 2014 foi dirigido por uma mulher negra, apontou estudo do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA), ligado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Conduzida por Marcia Rangel Cândido e Luiz Augusto Campos, a pesquisa analisou os 20 lançamentos nacionais de maior bilheteria em cada ano quanto à cor e gênero de atores, diretores e roteiristas.

Entre os filmes analisados, 84% dos diretores são homens brancos, 14% são mulheres brancas e 2% são homens negros.

Na análise de roteiristas, também não há mulheres negras: 69% dos roteiristas dos filmes analisados são homens brancos, 24% são mulheres brancas e 3% são homens negros. (A pesquisa nota que não foi possível obter informação quanto à cor de 4% dos profissionais, sendo 1% de mulheres).

Mesmo no que diz respeito a elenco, o espaço das mulheres negras é reduzido: 5% contra 45% de homens brancos, 35% de mulheres brancas e 15% de homens negros.

Nos anos de 2002, 2008 e 2013, nenhum dos filmes analisados foi protagonizado por mulher negra.

Veja o estudo completo aqui

[Foto: cena do filme “KBELA”, de Yasmin Thayná]