Nove filmes dirigidos por mulheres concorrem à indicação brasileira ao Oscar

Mulheres dirigiram ou codirigiram nove dos 22 longas-metragens inscritos na disputa para ser o candidato oficial do Brasil ao Oscar de melhor filme estrangeiro. A lista foi divulgada nesta segunda-feira (21) pelo Ministério da Cultura e o título escolhido pela comissão julgadora será anunciado no dia 11 de setembro.

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A presença das cineastas é maior do que em 2017, quando cinco dos 23 filmes pré-selecionados tinham direção feminina. Neste ano, concorrem Alguma Coisa Assim, de Mariana Bastos e Esmir Filho; O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida; Aos Teus Olhos, de Carolina Jabor; As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra; O Caso do Homem Errado, de Camila de Moraes; Como é Cruel Viver Assim, de Julia Rezende;  O Desmonte do Monte, de Sinai Sganzerla; Encantados, de Tizuka Yamasaki; e Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg.

Os títulos exclusivamente dirigidos por homens são: Além do Homem, de Willy Biondani; Antes Que Eu Me Esqueça, de Tiago Arakilian; Benzinho, de Gustavo Pizzi; Canastra Suja, de Caio Sóh; Dedo na Ferida, de Silvio Tendler; Entre Irmãs, de Breno Silveira; Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi; Ferrugem, de Aly Muritiba; O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues; Não Devore Meu Coração, de Felipe Bragança; Talvez Uma História de Amor, de Rodrigo Spada Bernardo; Unicórnio, de Eduardo Nunes; e Yonlu, de Hique Montanari.

Concorrer ao Oscar de filme estrangeiro é um processo de três fases: primeiro, cada país escolhe o seu candidato e o pré-indica à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas; depois, é divulgada uma lista com semifinalistas; por fim, são anunciados os cinco indicados que de fato concorrem o prêmio.

No Brasil, puderam se inscrever no processo de seleção filmes lançados no circuito comercial entre 1º de outubro de 2017 e 30 de setembro de 2018 e que tenham permanecido em cartaz por ao menos sete dias consecutivos.

Desde o ano passado, a escolha cabe à Academia Brasileira de Cinema, e não à Secretaria do Audiovisual, braço do Ministério da Cultura. A comissão de seleção tem duas mulheres entre os sete membros: a atriz Bárbara Paz e a produtora Lucy Barreto. A diretora Kátia Adler e a produtora Cláudia da Natividade são suplentes.

A categoria de filme estrangeiro foi instaurada nos moldes de hoje na 29ª edição do Oscar, realizada em 1957. Até hoje, só premiou três longas dirigidos por mulheres: A Excêntrica Família de Antônia (1995), de Marleen Gorris; Lugar Nenhum na África (2001), de Caroline Link; e Em um Mundo Melhor, de Susanne Bier (2010).

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