Oscar 2016: só uma diretora disputa filme estrangeiro

Aquecendo os motores para o Oscar 2016, que ocorre em 28 de fevereiro, Mulher no Cinema vai publicar, diariamente, um breve perfil das profissionais femininas indicadas em cada categoria.

Já falamos sobre as mulheres que disputam melhor filmeatriz, atriz coadjuvante, roteiro adaptado e roteiro original. Agora, saiba mais sobre o único longa com direção feminina que concorre ao troféu de melhor filme estrangeiro: Cinco Graças, o candidato da França.

Deniz Gamze Ergüven
Deniz Gamze Ergüven, diretora de “Cinco Graças”

Concorrer ao Oscar de filme estrangeiro é um processo de três fases. Primeiro, cada país escolhe seu candidato ao troféu e o pré-indica para a Academia. Depois, é divulgada uma lista com nove semifinalistas. Por fim, são anunciados os cinco indicados que de fato vão disputar a estatueta.

Neste ano, 81 filmes foram inscritos por seus países. Destes, 15% tinham mulheres diretoras ou codiretoras, inclusive o candidato do Brasil – Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert.

Logo na lista dos nove semifinalistas, porém, só ficou Cinco Graças, primeiro longa-metragem de Deniz Gamze Ergüven, 37 anos, nascida na Turquia e criada na França.

Cinco jovens e talentosas atrizes formam o elenco: Ilayda Akdogan, Tugba Sunguroglu, Elit Iscan, Doga Doguslu e Günes Sensoy. Esta última encabeça o time no papel de Lale, a mais jovem de cinco irmãs órfãs que vivem com a avó e o tio em um vilarejo turco.

Um dia, voltando da escola para casa, as meninas são vistas brincando com garotos. Em resposta, a família acaba com a liberdade das meninas e começa a prepará-las para o casamento.

Várias situações do filme, inclusive a brincadeira com os garotos, foram inspiradas em episódios reais da vida da diretora.

“Na base do projeto estão movimentos profundos de placas tectônicas, movendo-se em direção ao tema: como é ser uma mulher e como é ser uma mulher na Turquia especificamente”, disse Ergüven, à “Vogue”. “Cresci entre a França e a Turquia. Há algo muito específico em relação ao país, um filtro de ‘sexualização’ pelo qual as mulheres são vistas, e que começa muito cedo.”

Leia a crítica de Cinco Graças aqui

Veja o trailer:

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