Mulheres no Oscar: as produtoras indicadas na categoria melhor filme

Aquecendo os motores para o Oscar 2018, que ocorre em 4 de março, Mulher no Cinema vai publicar, diariamente, um breve perfil de todas as profissionais femininas indicadas em cada uma das categorias.

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Começamos a série de reportagens nesta quinta-feira (15) com o prêmio mais importante: melhor filme, que é sempre entregue aos produtores. Neste ano, seis dos nove indicados ao troféu têm ao menos uma mulher na produção – mas nenhum deles foi produzido exclusivamente por mulheres.

Vale notar, também, que quatro dos nove filmes indicados neste ano são centrados em personagens femininas, o melhor índice desde 2009, quando o Oscar adotou o sistema de votação preferencial e a categoria passou a poder ter mais de cinco concorrentes. No entanto, só um longa na disputa foi dirigido por uma mulher: Lady Bird, de Greta Gerwig.

Conheça as produtoras que podem levar o Oscar de melhor filme:


Amy Pascal, por The Post: A Guerra Secreta
Nascida nos EUA em 1958, começou a carreira nos anos 1980 e ocupou posições importantes em vários estúdios. Foi presidente da Sony Pictures Entertainment de 2006 a 2015, cargo que perdeu após o ataque de hackers norte-coreanos expôr seus emails e documentos. Formou sua própria produtora, a Pascal Pictures, responsável por filmes como Caça-Fantasmas (2016), Homem Aranha: De Volta ao Lar (2017) e A Grande Jogada (2017). É sua primeira indicação ao Oscar.


Emilie Georges, por Me Chame Pelo Seu Nome
Começou a carreira no Conselho da Europa e trabalhou nas áreas de world sales e de produção em companhias como a Flach Pyramide International e a Pan-Européene. Em 2003, uniu-se a Alexandre Mallet-Guy para fundar sua própria empresa, a Memento Films International, da qual é diretora. Produziu longas como Kilomètre zéro (2005), Contra Corrente (2009), Para Sempre Alice (2014) e Mais Forte que Bombas (2015), entre outros. Concorre ao Oscar pela primeira vez.


Emma Thomas, por Dunkirk
Nascida em Londres em 1971, trabalhou como supervisora de roteiro e assistente de direção. Produziu todos os filmes do diretor Christopher Nolan, com quem é casada desde 1997 e com quem divide o comando da produtora Syncopy Inc. Esta é sua segunda indicação ao Oscar, depois de concorrer em 2011 com A Origem. Outros trabalhos incluem Amnésia (2000), Batman Begins (2005), O Homem de Aço (2013) e Interestelar (2014).


Evelyn O’Neill, por Lady Bird: A Hora de Voar
Com longa carreira como agente na empresa Management 360, O’Neill estreou na produção de longa-metragem justamente com Lady Bird, a convite de uma de suas clientes, a atriz e roteirista Greta Gerwig. “Pensei: Eu nunca dirigi e você nunca produziu, mas acho que podemos fazer isso juntas”, contou Gerwig ao Hollywood Reporter. O’Neill topou o desafio e recebeu sua primeira indicação ao Oscar. Outras artistas que ela representa incluem Julianne Moore e Salma Hayek.


JoAnne Sellar, por Trama Fantasma
Nascida em Hendon, na Inglaterra, em 1963, produziu videoclipes nos anos 1980 e estreou no cinema com Hardware – O Destruidor do Futuro (1990). Ao lado do marido, Daniel Lupi, produziu vários longas do diretor Paul Thomas Anderson, como Boogie Nights (1997), Magnólia (1999), Embriagado de Amor (2002) e Sangue Negro (2007), pelo qual também disputou o Oscar. Outros trabalhos incluem Aniversário de Casamento (2001) e Dark Blood (2012).


Kristie Macosko Krieger, por The Post: A Guerra Secreta
Americana, está concorrendo ao Oscar pela segunda vez. Nos dois casos, por filmes dirigidos por Steven Spielberg: Ponte de Espiões (2015) e, agora, The Post: A Guerra Secreta. Krieger tem longa parceria com o cineasta e começou a trabalhar no estúdio dele (DreamWorks, hoje Amblin Partners) em 1997. Antes disso, foi chefe de publicidade global na USC Shoah Foundation. Outros trabalhos incluem Cavalo de Guerra (2011), Lincoln (2012) e O Bom Gigante Amigo (2016).


Lisa Bruce, por O Destino de uma Nação
Americana, começou a carreira como produtora no início dos anos 1990, sendo uma das fundadoras da empresa Orenda Films. Trabalhou com a HBO em filmes para a televisão como Walkout (2006) e Mary e Martha: Unidas Pela Esperança (2013). Concorre ao Oscar pela segunda vez, depois de ter sido indicada por A Teoria de Tudo (2014). Outros trabalhos incluem Livre para Amar (1999), Final Feliz (2002), De Repente É Amor (2005) e Sexo Sem Compromisso (2011).


Megan Ellison, por Trama Fantasma
Nascida em 1986 na Califórnia, é filha do bilionário Larry Ellison, presidente da Oracle. Começou a investir em filmes em 2006 e, após o sucesso de Bravura Indômita (2010), fundou sua própria empresa de produção e distribuição, a Annapurna Pictures. Concorreu ao Oscar por A Hora Mais Escura (2012) e também por Ela (2013) e Trapaça (2013), tornando-se a primeira mulher e a quarta pessoa a receber duas indicações ao prêmio de melhor filme no mesmo ano.


Luísa Pécora é jornalista, criadora e editora do Mulher no Cinema – fotos: Getty Images

* Até 4 de março, Mulher no Cinema publica perfis de todas as mulheres indicadas ao Oscar 2018. A cada dia é publicado um texto sobre uma categoria diferente. Acompanhe a série completa aqui.

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