Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher convida à reflexão sobre as lutas das mulheres por seus direitos e os avanços que ainda precisam ser alcançados. Para os cinéfilos, a data também pode ser um convite a assistir a mais filmes que tenham talentos femininos em frente e por trás das câmeras.
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Pensando nisso, o Mulher no Cinema fez uma seleção de três filmes diferentes, mas com vários pontos em comum: todos são dirigidos, escritos e protagonizados por mulheres; todos são lançamentos de 2020; e todos receberam o selo Première Telecine, que identifica as produções inéditas nos cinemas que chegam ao Brasil com exclusividade aos canais e ao streaming do Telecine.
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Mulheres ao Poder (2020)
Direção: Philippa Lowthorpe
Roteiro: Gaby Chiappe e Rebecca Frayn
Em 1970, integrantes do grupo feminista Movimento de Libertação das Mulheres entraram no Royal Albert Hall, em Londres, com uma missão: fazer um protesto pacífico contra o patriarcado e a objetificação das mulheres durante a 20ª edição do Miss Mundo. Esta história real é contada pela diretora inglesa Philippa Lowthorpe em Mulheres ao Poder, lançamento de 2020 que estreia com exclusividade no Brasil pelo Telecine.
As roteiristas Gaby Chiappe e Rebecca Frayn constroem a narrativa encadeando duas histórias paralelas. De um lado, acompanhamos a movimentação do Movimento de Libertação das Mulheres a partir do ponto de vista de uma de suas líderes, a estudante Sally Alexander (Keira Knightley). De outro, entramos nos bastidores do Miss Mundo, na época uma das maiores audiências da televisão, e conhecemos algumas das concorrentes, especialmente a Miss Granada, Jennifer Hosten (Gugu Mbatha-Raw). Quando as duas narrativas e mulheres se encontram, o filme busca refletir sobre a intersecção entre questões de raça e gênero, e sobre como a desigualdade de direitos é uma realidade também entre as próprias mulheres.
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre (2020)
Direção e roteiro: Eliza Hittman
O longa da americana Eliza Hittman chega ao Brasil com exclusividade pelo Telecine após uma brilhante carreira internacional que incluiu prêmios nos festivais de Sundance e Berlim e sete indicações ao Spirit Awards, o Oscar do cinema independente. Isso sem contar o sucesso de crítica: o filme tem 99% de índice positivo no site especializado Rotten Tomatoes e também foi considerado um dos melhores de 2020 pelo Mulher no Cinema.
No centro da história estão as talentosas atrizes Sidney Flanigan e Talia Ryder, que interpretam, respectivamente, Autumn e Skylar. Primas e muito amigas, as garotas vivem em uma comunidade conservadora no interior da Pensilvânia. Quando Autumn engravida inesperadamente, as duas viajam para Nova York para que ela possa fazer um aborto legalmente. Narrando esta jornada, a diretora faz um contundente retrato sobre as violências cotidianas sofridas pelas mulheres desde muito cedo.
A Batida Perfeita (2020)
Direção: Nisha Ganatra
Roteiro: Flora Greeson
Depois de falar sobre mulheres que trabalham na televisão em Talk-Show: Reinventando a Comédia (2019), a cineasta canadense-americana Nisha Ganatra agora lança luz sobre as mulheres da indústria musical. Em A Batida Perfeita, preconceitos de gênero e raça são discutidos a partir da carreira de duas artistas.
Tracee Ellis Ross (a estrela da série Black-ish) interpreta Grace Davis, uma lendária cantora de R&B que segue em turnê mas não lança material inédito há dez anos. Sua assistente pessoal é Maggie Sherwoode (Dakota Johnson, de Cinquenta Tons de Cinza), uma jovem que, na verdade, sonha em ser produtora musical. Grace está em uma encruzilhada: tem vontade de gravar um novo disco, mas é orientada por seu gerente a priorizar uma temporada de shows em Las Vegas. A escolha pode representar uma chance para que tanto Grace quanto Maggie sejam as artistas que querem ser. E um detalhe: Tracee ajudou nas composições de algumas músicas da trilha e canta de verdade no filme. Na vida real, ela é filha do ícone Diana Ross.
* Este texto foi produzido pelo Mulher no Cinema e é patrocinado pelo Telecine