
Mais de 370 produções de 80 países serão exibidas durante a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que começa nesta quinta-feira (16). A 49ª edição do festival vai ocupar 52 salas de cinema, espaços culturais e CEUs da capital paulista até o dia 30 de outubro.
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O Mulher no Cinema preparou uma lista com 30 filmes dirigidos por mulheres que estão entre os destaques da programação. Para saber dias, horários e locais de exibição, consulte o site da Mostra.
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“Ainda É Noite em Caracas”
[Aún es de Noche en Caracas, Venezuela/México, 2025]
Após o enterro de sua mãe, Adelaida descobre que sua casa foi tomada pelo governo. Em uma Caracas à beira do colapso, ela abre mão de sua identidade para tentar sobreviver. Dirigido por Mariana Rondón e Marité Ugas.
“Amiga Silenciosa”
[Stille Freundin, Hungria/Alemanha/França/China, 2025]
Ao longo de mais de cem anos, uma grande árvore no coração do jardim botânico de Marburg, na Alemanha, testemunha as transformações nas vidas de três seres humanos. Dirigido por Ildikó Enyedi, rendeu à atriz Luna Wedler o Prêmio Marcello Mastroianni de melhor ator ou atriz jovem no Festival de Veneza.
“Aqui Não Entra Luz”
[Brasil, 2025]
A diretora Karol Maia, que é filha de uma trabalhadora doméstica, percorre quatro estados brasileiros historicamente marcados pela escravidão para investigar como a arquitetura foi projetada para sustentar hierarquias. Ao fazer isso, encontra mulheres que lutam para que suas filhas tenham oportunidades diferentes. Ganhador do troféu de direção e do Prêmio Zózimo Bulbul no Festival de Brasília. Veja o teaser:
“Os Bibliotecários”
[The Librarians, EUA, 2025]
Diante de uma onda sem precedentes de proibição de livros, bibliotecários dos Estados Unidos se unem para lugar pela democracia e a liberdade intelectual. Dirigido por Kim A. Snyder.
“Broken English”
[Reino Unido, 2025]
O filme de Jane Pollard e Iain Forsyth narra as seis décadas de carreira da cantora inglesa Marianne Faithfull, que morreu em janeiro, aos 78 anos. Feito com participação direta da artista, o filme também inclui Tilda Swinton, Nick Cave e Suki Waterhouse, entre outros.
“Cais”
[Brasil, 2025]
Dois meses após a morte de sua mãe, Angélica, a diretora Safira Moreira viaja para tentar encontrá-la em outras paisagens. Num curso fluvial, o filme percorre cidades banhadas pelo Rio Paraguaçu, na Bahia, e pelo Rio Alegre, no Maranhão, para tocar em temas como memória, tempo, nascimento, vida e morte. Veja o trailer:
“Canções das Árvores Esquecidas”
[Songs of Forgotten Trees, Índia, 2025]
Thooya é uma aspirante a atriz que subloca um apartamento para Swethat, trabalhadora do mundo corporativo que, como ela, se mudou para Mumbai. Aparentemente muito diferentes, as duas desenvolvem uma inesperada conexão. Dirigido por Anuparna Roy, venceu o prêmio de direção na seção Horizontes do Festival de Veneza.
“Cartas Para…”
[Brasil/Moçambique/Portugal, 2025]
Uma troca de cartas que atravessa o Atlântico revela o cotidiano de três artistas: a escritora Paulina Chiziane em Moçambique, a atriz Elisa Lucinda no Brasil e a poetisa Raquel Lima em Portugal. Direção de Vânia Lima.
“Cartum”
[Khartoum, Sudão/Alemanha/Catar/Reino Unido, 2025]
O filme combina histórias de cinco pessoas que moram em Cartum, no Sudão. A partir delas, cria um retrato da vida em uma cidade abalada pela guerra e a turbulência política. Vencedor do Prêmio da Paz no Festival de Berlim, o longa é dirigido por Rawia Alhag, Anas Saeed, Ibrahim Snoopy, Timeea Mohamed Ahmed e Phil Cox.
“Cover-Up”
[EUA, 2025]
O documentário de Laura Poitras e Mark Obenhaus acompanha a carreira do jornalista investigativo americano Seymour Hersh. Ganhador do Prêmio Pulitzer, Hersh fez reportagens que denunciaram violência e impunidade nas forças armadas e nas agências de inteligência dos Estados Unidos.
“Cyclone”
[Brasil, 2025]
Na São Paulo de 1919, uma jovem dramaturga que também trabalha como operária conquista uma bolsa para estudar teatro em Paris, na França. No entanto, logo descobre que o maior obstáculo para realizar seu sonho é ter nascido mulher. Livremente inspirado na história real da escritora Maria de Lourdes Castro Pontes (1900-1919), conhecida como Miss Cyclone, o filme é dirigido por Flavia Castro. Veja o teaser:
“As Desvirtuosas”
[Les Invertueuses, Burkina Faso/França, 2025]
Em meio ao avanço dos jihadistas em Burkina Faso, Natie, uma adolescente insegura, descobre que sua avó se casou com um homem que não amava. Em sua busca para consertar o destino da avó, Natie também espera encontrar a si mesma. Dirigido por Chloé Aïcha Boro.
“Duas Vezes João Liberada”
[Portugal, 2025]
João, uma atriz lisboeta, estrela um filme biográfico sobre Liberada, uma figura de gênero não-conforme perseguida pela Inquisição Portuguesa no século 18. Quando o diretor fica doente, deixando o filme inacabado, João se vê obrigada a navegar pelo caos desencadeado pela situação. Dirigido por Paula Tomás Marques.
“Fuck The Polis”
[Portugal, 2025]
A descoberta de uma doença leva Irma até a Grécia, onde faz uma viagem guiada pelo deus Apolo por lugares sagrados. Cerca de vinte anos depois, Irma revisita esse percurso apolíneo. Dirigido por Rita Azevedo Gomes.
“Um Futuro Brilhante”
[Un Futuro Brillante, Uruguai/Argentina/Alemanha, 2025]
Elisa é escolhida para ir ao Norte, uma terra prometida para a qual são enviados apenas jovens promissores. Parece perfeito, mas há um problema: de lá, ninguém nunca volta. Dirigido por Lucía Garibaldi.
“Garça-Azul”
[Blue Heron, Canadá/Hungria, 2025]
No fim da década de 1990, uma família de seis pessoas se muda para uma nova casa na Ilha de Vancouver, no Canadá. Aos poucos, dinâmicas internas vão sendo reveladas pelas experiências da filha caçula, Sasha. Dirigido por Sophy Romvari, venceu o prêmio de melhor primeiro filme no Festival de Locarno.
“A Irmã Mais Nova”
[La petite dernière, França/Alemanha, 2025]
Fatima tem 17 anos e é a mais jovem de três irmãs. Começando a universidade em Paris, ela busca seu caminho enquanto lida com novos desejos, sua atração por mulheres e o senso de lealdade à família franco-argelina. Dirigido por Hafsia Herzi, ganhou a Palma Queer e o prêmio de melhor atriz para Nadia Melliti em Cannes.
“It’s Never Over, Jeff Buckley”
[EUA, 2025]
A diretora Amy Berg conta a história do cantor americano Jeff Buckley (1966-1997), que morreu aos 30 anos, após o lançamento de seu álbum de estreia, Grace. Para isso, utiliza imagens inéditas, relatos de sua mãe e entrevistas com artistas como Ben Harper e Aimee Mann.
“Left-Handed Girl”
[Taiwan/França/EUA/Reino Unido, 2025]
Uma mãe solo e suas duas filhas voltam a Taipei para trabalhar em um movimentado mercado noturno. Cada uma à sua maneira, elas terão de se adaptar a esse novo ambiente. Dirigido por Shih-Ching Tsou.
“Luz”
[China/Hong Kong, 2025]
Em Chongqing, na China, Wei procura desesperadamente por sua filha, Fa. Em Paris, na França, Ren lifa com sua madrasta, Sabine. Essas pessoas se cruzam em um mundo de realidade virtual, no qual um animal místico revela verdades ocultas. Dirigido por Flora Lau.
“A Natureza das Coisas Invisíveis”
[Brasil, 2025]
Glória tem 10 anos e passa as férias no hospital onde sua mãe trabalha como enfermeira. Lá, conhece Sofia, uma menina que está convencida de que a piora na saúde da bisavó é causada pela internação. Unidas pelo desejo de sair dali, as crianças encontram conforto na companhia uma da outra. Dirigido por Rafaela Camelo.
“Palestina 36”
[Palestine 36, Palestina/Reino Unido/França/Dinamarca/Noruega/Catar/Arábia Saudita/Jordânia, 2025]
Em 1936, vilarejos por toda a Palestina se insurgem contra o domínio colonial britânico. Em meio à tensão, Yusuf se vê dividido entre sua casa na região rural e a inquietude de Jerusalém. Direção de Annemarie Jacir.
“Papaya”
[Brasil, 2025]
Apaixonada pela ideia de voar, uma semente de mamão precisa continuar se movendo para evitar enraizar-se. Perseverante, ela descobre o poder das raízes e desencadeia uma revolução. Dirigido por Priscilla Kellen.
“Rue Cases Nègres”
[França/Martinica, 1983]
José é um menino de 11 anos que mora em uma plantação de cana-de-açúcar na Martinica no início dos anos 1930. Quando o garoto ganha uma bolsa de estudos, sua avó faz todo o tipo de sacrifício para que o neto tenha acesso à educação. Dirigido por Euzhan Palcy, homenageada com o Prêmio Humanidade da Mostra, o filme venceu o Leão de Prata e o prêmio de melhor atriz para Darling Légitimus no Festival de Veneza de 1983.
“Se Tiver Medo, Coloque o Coração na Boca e Sorria”
[Wenn du Angst Hast Nimmst du dein Herz in den Mund und Lächelst, Áustria, 2025]
Anna é uma menina de 12 anos que tem um laço especial com a mãe, que é surda e passa por dificuldades financeiras. Quando a garota começa a estudar em uma nova escola, o relacionamento das duas é testado. Dirigido por Marie Luise Lehner, venceu o prêmio Teddy Especial do Júri no Festival de Berlim.
“Seeds”
[EUA, 2025]
A diretora Brittany Shyne conta histórias de três gerações de fazendeiros negros, construindo um retrato da agricultura no sul dos Estados Unidos e mostrando a fragilidade do legado e da posse da terra. Vencedor do grande prêmio do júri na seção U.S. Documentary do Festival de Sundance.
“O Som da Queda”
[In die Sonne schauen, Alemanha, 2025]
Alma, Erika, Angelika e Lenka passam a juventude na mesma fazenda no norte da Alemanha, mas em épocas diferentes. Ao longo de um século, as vidas de mulheres separadas pelo tempo começam a se conectar. Dirigido por Mascha Schilinski, ganhou o prêmio do júri no Festival de Cannes.
“Sorry Baby”
[EUA, 2025]
Algo ruim aconteceu com Agnes. Mas a vida continua, pelo menos para todos ques estão ao redor dela. Dirigido por Eva Victor, ganhou o prêmio de melhor roteiro da seção U.S Dramatic do Festival de Sundance.
“Verão Breve”
[Short Summer, Alemanha/França/Sérvia, 2025]
Katya é uma menina de oito anos que passa o verão com os avós no interior da Rússia em um tempo de guerra. Neste contexto difícil, a inocência da criança é confrontada pela realidade da vida. Dirigido por Nastia Korkia, ganhou o prêmio de melhor filme de estreia no Festival de Veneza.
“Yalla Parkour”
[Suécia/Catar/Palestina/Arábia Saudita, 2025]
Filha de uma mulher palestina, a diretora Areeb Zuaiter se depara com um vídeo de jovens que praticam parkour nas praias de Gaza. Numa tentativa de se reconectar com o passado, ela entra em contato com a equipe e se aproxima de um dos integrantes, Ahmed.