46% dos convidados a entrar para a Academia são mulheres

Após intenso debate sobre (falta de) diversidade, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela entrega do Oscar, incluiu mais mulheres e minorias na lista de artistas convidados para se unir ao grupo.

Neste ano, dos 683 profissionais convidados chamados, 46% são mulheres e 41% não são brancos. Além disso, 283 são considerados membros internacionais, representando 59 países.

Entre as mulheres convidadas estão a diretora brasileira Anna Muylaert e a diretora de fotografia uruguaia Barbara Alvarez, que trabalhou em Quer Horas Ela Volta?

A lista também inclui atrizes como America Ferrera, Emma Watson, Marisa Paredes, Cecilia Roth, Freida Pinto, Greta Gerwig e Alicia Vikander; diretoras como Maren Ade, Amma Asante, Ana Lily Amirpour, Isabel Coixet, Lucrecia Martel, Julie Dash e Rebecca Miller; e as roteiristas Emma Donoghue, Miranda July, Abi Morgan, Alice Winocour e Lorene Scafaria, entre outras.

Se todos os artistas da lista aceitarem o convite, a porcentagem de mulheres na Academia passará de 25% para 27%, e a de não brancos subirá de 8% para 11%.

Trata-se, portanto, de um pequeno passo para realmente mudar a cara do grupo. Mas a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, parece disposta a acelerar o processo como for possível – daí o número de convidados bem maior do que em anos anteriores (em 2015 foram 322 e em 2012, apenas 176).

O debate sobre diversidade esquentou em janeiro, depois de, pelo segundo ano consecutivo, nenhum negro estar entre os 20 indicados nas categorias de atuação do Oscar.

Usuários do Twitter e do Facebook tiraram a poeira da hashtag #OscarsSoWhite, usada também em 2015, e artistas se manifestaram – incluindo o diretor Spike Lee e a atriz Jada Pinkett Smith, que decidiram não comparecer à cerimônia, em protesto.

Veja a lista completa de artistas convidados aqui

One thought on “46% dos convidados a entrar para a Academia são mulheres

  1. O que se consegue por cota não se consegue por mérito.

    Agora a academia perderá sua legitimidade, pois cedeu a pressões controversas unicamente por conta de publicidade.

    A existência de mais membros homens do que mulheres não evidencia sexismo, como gostam de colocar as vitimistas. A partir do momento que ficasse provado que o baixo número de mulheres se dava pelo fato de que os membros eram escolhidos pelo gênero, e não por suas competências, experiências e méritos, haveria uma justificativa para equiparação ‘forçada’ como está havendo. Mas tudo o quê existiu até hoje é só um protesto frustado regado de acusações incoerentes de um grupo que quer mérito sem feitos. Agora, um filme, um diretor e um ator não receberá um prêmio pelo seu mérito, e sim por divisões de gênero.

    R.I.P. OSCAR.

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