Festival de Curtas exibe filmes indígenas e brasileira premiada em Cannes

Duzentos filmes de quase 40 países estão na programação do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, também conhecido como Curta Kinoforum, que realiza sua 32ª edição entre os dias 19 a 29 de agosto. Todas as sessões do Festival de Curtas são gratuitas e online, pelo site oficial.

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Um dos destaques da edição deste ano é o programa especial criado em parceria com a Mostra Amotara – Olhares das Mulheres Indígenas. Treze filmes que já foram exibidos na mostra foram reunidos em três sessões diferentes, intituladas “Encontro de Saberes e Gerações”, “Cosmopolíticas da Terra e da Luta” e “O Sagrado e as Narrativas Originárias”. Entre os curtas selecionados estão Pará Reté (2015), de Patrícia Ferreira; Mensagens da Terra (2020), de Maria Pankararu e Sebastián Gerlic; Levanta e Luta (2021), de Naine Terena; e Jeroky Gwasu – Grande Canto (2021), de Michele Perito Concianza Kaiowá.

Outro programa especial é dedicado à montadora e professora Vânia Debs, importante nome do cinema brasileiro que morreu em junho. A homenagem exibe cinco curtas nos quais Debs trabalhou: Verão (1983), de Wilson Barros; A Garota das Telas (1986), de Cao Hamburger; O Crime da Imagem (1992), de Lirio Ferreira; Clandestina Felicidade (1998), de Marcelo Gomes e Beto Normal; e Morte (2002), de José Roberto Torero.

O Curta Kinoforum também é uma boa oportunidade para se assistir a Céu de Agosto (2021), de Jasmin Tenucci, ganhador de menção especial no Festival de Cannes. No filme, uma enfermeira que vive em São Paulo observa com preocupação a nuvem de fumaça que toma o céu da cidade, decorrente de incêndios na Amazônia. Grávida de sete meses, ela se vê cada vez mais atraída pela fiel de uma igreja pentecostal. 

Outro curta brasileiro que esteve em Cannes é Menarca (2020), de Lillah Halla, selecionado para a Semana de Crítica. O filme conta a história das jovens Nanã e Mel, que vivem em uma aldeia infestada de piranhas e querem se proteger contra uma violência aparentemente inevitável. Quando um corpo misterioso aparece na rede de um pescador, elas descobrem algo que pode protegê-las.

Entre os curtas internacionais, destaque para Son Chant (2020), da americana Vivian Ostrovsky, que retrata a colaboração entre a cineasta belga Chantal Akerman (1950-2015) e a violoncelista franco-americana Sonia Wieder-Atherton; Correspondência (2020), uma troca de vídeo cartas entre a diretora espanhola Carla Simón e a chilena Dominga Sotomayor; e Irmãs (2020), da eslovena Katarina Rešek, ganhador do grande prêmio do Festival de Curtas de Clermont-Ferrand, na França, o mais importante do mundo.

Mais informações sobre a programação no site do Festival de Curtas.

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