Começa hoje a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que vai exibir mais de 300 filmes até 4 de novembro. Para ajudar quem quer aproveitar o festival para ver os trabalhos de diretoras de várias partes do mundo, Mulher no Cinema fez uma lista com todos os filmes dirigidos por mulheres que estão na programação. Depois, é só consultar o site para ver locais e horários de exibição.
Fora dessa lista (porque foi dirigido por um homem, Sam Taylor) mas igualmente imperdível é “Meu Único Amor”, que será exibido no dia 31/10 no Parque Ibirapuera, ao ar livre e com acompanhamento musical. O longa é um dos maiores sucessos da carreira da atriz e produtora Mary Pickford, uma das mulheres mais importantes da história do cinema (mas isso é assunto para outro post).
“A Anos-Luz” – Reino Unido
Rose acredita que uma família é como uma constelação: tudo está conectado, mesmo se distante. Por isso, tenta fazer sua família desmantelada se reconectar. Dirigido por Esther May Campbell.
“Autorretrato de uma Filha Obediente – Romênia
Cristiana tem 30 anos e vem de uma família burguesa. Quando seus pais se mudam e a deixam com o apartamento, a jovem vai atrás de um sonho de criança: ter um cachorro. Direção de Ana Lungu.
“Aventura dos Sete Mares” – Noruega
O garoto Tiny busca a verdade sobre o desaparecimento de seu pai. Com a amiga Raven e o capitão Sabertooth, ele embarca em uma aventura até o reino de Lama Rama. De Lisa Marie Gamlem, em parceria com John Andreas Andersen.
“Boas Coisas nos Aguardam” – Dinamarca
Documentário sobre Niels, fazendeiro dinamarquês famoso por produtos de alta qualidade, mas que enfrenta problemas – da pressão das autoridades à falta de um sucessor. De Phie Ambo.
“Body” – Polônia
Na Polônia, um perito criminal, sua filha anoréxica e a terapeuta da garota —que acredita poder se comunicar com pessoas mortas— têm suas histórias entrelaçadas. Direção de Malgorzata Szumowska.
“Califórnia” – Brasil
O ano é 1984 e a adolescente Estela sonha em viajar para a Califórnia para encontrar seu tio e grande herói, Carlos. No entanto, é ele quem volta ao Brasil: magro, fraco e doente. Primeiro longa-metragem de ficção da diretora Marina Person.
“Campo Grande” – Brasil, França
Os irmãos Ygor e Rayane são deixados na porta de Regina, moradora de Ipanema, no Rio de Janeiro. A repentina chegada das crianças muda a vida de Regina, que tenta encontrar a mãe dos dois. Direção de Sandra Kogut.
“Catedrais da Cultura” – Alemanha, Dinamarca, Áustria, Noruega
Seis cineastas mostram como seis construções emblemáticas e diferentes entre si são manifestações materiais do pensamento e da ação humana. Uma das diretoras é mulher: Margreth Olin.
“Cinco Vezes Chico – O Velho e sua Gente” – Brasil
Ana Reeper é uma das diretoras do filme que faz uma jornada pelos cinco Estados banhados pelo rio São Francisco, mostrando a busca por sobrevivência nas comunidades ribeirinhas.
“Cinema: Assunto Público” – Alemanha
Documentário da diretora Tatiana Brandrup sobre o historiador e estudioso de Eisenstein Naum Kleiman, ex-diretor do Musey Kino, o museu de cinema de Moscou.
“Coração de Cachorro” – EUA
Centrado na cachorra Lolabelle, que morreu em 2011 e era muito querida pela diretora Laurie Anderson, o filme é um ensaio pessoal que combina lembranças, reflexões e tributos a artistas.
“Em Construção” – Bangladesh
Após ser substituída por uma atriz mais jovem em uma peça, Roya, uma mulher muçulmana que vive em Bangladesh, remonta o espetáculo em um fábrica de roupas. Sua história se cruza com a de sua empregada, Moyna. Direção de Rubaiyat Hossain.
“Em Três Atos” – Brasil, França
Uma intelectual de 80 anos reflete sobre a velhice e a morte em um filme que contrapõe diálogos inspirados em textos de Simone de Beauvoir e dança contemporânea, através de uma bailarina octogenária e uma jovem no auge. De Lucia Murat.
“Entre Dois Desconhecidos” – França
Um diálogo de imagens, filmado com celulares, entre os dois diretores: Maria de Medeiros, portuguesa, atriz, diretora e cantora; e Stéphane Zagdanski, francês, filósofo e escritor.
“Esporte” – Israel, Palestina, França
Quatro cineastas, entre israelenses e palestinos, dirigem curtas documentais e de ficção tendo o esporte como tema. Na direção há duas mulheres: Lilly Sheffy Rize e Tal Oved.
“Eva & Leon” – França
Eva tem 35 anos, é imprevisível e imatura. Leon, 10, tem a seriedade e o raciocínio de um adulto. Nos cinco dias que passam juntos, ele vai ensiná-la a crescer e ela vai mostrar ao garoto como ser criança de novo. Dirigido por Emilie Cherpitel.
“Flocking” – Suécia
Jennifer, 14 anos, afirma ter sido estuprada por um colega de classe. A pequena comunidade sueca na qual vive acredita que ela esteja mentindo, e passa a persegui-la. Direção de Beata Gardeler.
“Futuro Junho” – Brasil, Holanda
Um retrato de São Paulo às vésperas da Copa do Mundo de futebol, a partir da vida de quatro habitantes: um economista e analista do mercado financeiro, um metalúrgico da Volkswagen, um motoboy e um metroviário. De Maria Augusta Ramos.
“Gaivotas” – Rússia
Elza vive em uma cidade costeira no sul da Rússia e quer deixar o marido, mas tem medo das incertezas. Quando ele morre inesperadamente, Elza decide recomeçar. De Ella Mazheeva.
“Girls Lost” – Suécia
Kim, Bella e Momo são três garotas de 14 anos que descobrem uma flor mágica: ao beber seu néctar, elas se transformam em meninos. Dirigido por Alexandra-Therese Keining.
“Granny’s Dancing on the Table” – Suécia
Eini tem 13 anos e vive isolada da sociedade em uma cabana na floresta junto com seu pai controlador e abusivo. Ela encontra forças para sobreviver nas histórias sobre sua avó. De Hanna Sköld.
“Um Homem Só” – Brasil
Frustrado com sua vida, Arnaldo procura uma clínica que copia pessoas. A chance de ser feliz aparece quando encontra Josie, atendente em um cemitério de animais. Dirigido por Claudia Jouvin.
“Homesick” – Noruega
Quando Charlotte vê o meio-irmão Henrik pela primeira vez na vida adulta, este se torna um encontro entre duas pessoas que não sabem o que é uma família normal. Direção de Anne Sewitsky.
“O Idealista” – Dinamarca
Em 1968, um avião americano com ogivas nucleares cai em uma área controlada pela Dinamarca, no que ambos os governos classificam de acidente. Dezoito anos depois, um jornalista encontra evidências suspeitas. De Christina Rosendahl.
“Jonas” – Brasil
Na véspera do Carnaval, um acidente faz com que Jonas sequestre Branca, sua paixão de infância. Num cativeiro inusitado, os dois vivem uma história de amor impossível. Direção de Lô Politi.
“K2 e os Lacaios Invisíveis” – Paquistão, Estados Unidos, Brasil
Documentário de Iara Lee sobre a vida de indígenas que trabalham como carregadores para alpinistas no Paquistão, permitindo a escalada da K2, a segunda maior montanha do mundo.
“Kurai Kurai – Histórias com o Vento” – Holanda
Em uma terra pouco familiar, Emo foge de uma série de mentiras. Em sua jornada, conhece personagens que lhe contam sua história. Direção de Marjoleine Boonstra.
“Marias” – Brasil
A cineasta Joana Mariani registra celebrações da Virgem Maria em Brasil, Cuba, México, Peru e Nicarágua, observando as semelhanças e as diferenças culturais, e ouvindo as mulheres e suas histórias.
“Making of Meu Amigo Hindu” – Brasil
Exibido em conjunto com “Meu Amigo Hindu”, o filme de Hector Babenco que abre o festival, o making of foi dirigido pela atriz Barbara Paz e mostra os bastidores da produção.
“Mate-me Por Favor” – Brasil
Uma onda de assassinatos na Barra da Tijuca toma conta da vida dos jovens moradores locais – entre eles, Bia, uma garota de 15 anos. Longa-metragem de estreia da diretora Anita Rocha da Silveira.
“Massao Ohno – Poesia Presente” – Brasil
Documentário da diretora Paola Prestes sobre o editor independente Massao Ohno, que nos anos 1960 abriu caminho para uma nova geração de poetas paulistas.
“Minhas Filhas” – Polônia
A história de uma família formada por um pai dominador e suas duas filhas: uma atriz de 40 anos forte, porém solitária, e uma professora emocionalmente instável. Direção de Kinga Debska.
“Minha Irmã Magra” – Suécia, Alemanha
Entrando no mundo da adolescência, Stella descobre que Katja, sua exemplar irmã mais velha, esconde um transtorno alimentar. Dirigido por Sanna Lenken.
“A Montanha Mágica” – Romênia, França, Polônia
Animação sobre o alpinista e fotógrafo polonês Adam Jacek Winker (1937-2002), que nos anos 1980 lutou no Afeganistão contra os soviéticos. Direção de Anca Damian.
“Mulheres Vestindo Camisa de Homens” – Noruega
Dirigido por Yngvild Sve Flikke, o filme acompanha três mulheres: a estudante de literatura Sigrid, a desinibida artista performática Trine e Astrid, que trabalha em uma fábrica.
“O Nome do Filho” – Itália
O corretor Paolo e a escritora Simona, autora de um best-seller, esperam um filho. Em um jantar com amigos, uma pergunta agita a noite: qual será o nome do bebê? De Francesca Archibugi.
“Olmo e a Gaivota” – Brasil, Dinamarca, Portugal, França
Olivia descobre estar grávida enquanto se prepara para estrelar a peça “A Gaivota”, de Anton Tchekov. Durante os ensaios, a linha entre o que é ficção e o que é realidade fica cada vez menos clara. Direção de Petra Costa e Lea Glob.
“Operação Ártico” – Noruega
Julia, Sindre e Ida entram em um helicóptero acreditando estar indo encontrar o pai no sul da Noruega. Mas a aeronave muda sua rota e os três se veem sozinhos em uma ilha deserta. De Grethe Boe-Waal.
“Pervert Park” – Dinamarca, Suécia, EUA
Documentário sobre uma comunidade na Flórida, conhecida como “Pervert Park”, que abriga condenados por crimes sexuais que não podem viver próximos de lugares frequentados por crianças. Dirigido por Frida Barkfors, em parceria com Lasse Barkfors.
“Petting Zoo” – Alemanha, EUA, Grécia
Aos 17 anos, Layla consegue uma bolsa de estudos para a faculdade. Mas uma gravidez inesperada faz com que ela desista dos planos e vá morar com a avó. Lá, conhece o garoto Aaron e começa um novo emprego. De Micah Magee.
“Quanto Tempo o Tempo Tem” – Brasil
Em seu novo documentário, a cineasta Adriana L. Dutra reflete sobre a passagem do tempo e a pressa do mundo contemporâneo.
“Ralé” – Brasil
Jovens diretores fazem um filme em uma fazenda. Lá vive o Barão, que prepara seu casamento com o dançarino Marcelo. Dirigido por Helena Ignez e livremente inspirado na peça de Máximo Gorki.
“A Redação em Off” – Dinamarca
Documentário da cineasta Mikala Krogh sobre o “Ekstra Bladet”, publicação dinamarquesa que enfrenta a crise do jornalismo.
“Rosita” – Dinamarca
Sentindo falta de uma mulher, Ulrik providencia para que a filipina Rosita seja enviada à cidade em que vive na Dinamarca. Seu filho, Johannes, atua como tradutor e, com o tempo, se envolve cada vez mais com a jovem. De Frederikke Aspöck.
“Sabor da Vida” – Japão, França, Alemanha
Quando uma velha senhora, Tokue, se oferece para ajudar Sentaro em sua pequena padaria, ele aceita com relutância. Mas a receita secreta de Tokue faz o negócio florescer e, com o tempo, os dois se aproximam. Direção de Naomi Kawase.
“Seca” – Brasil
Documentário de Maria Augusta Ramos sobre a escassez de água no sertão do Nordeste e como a população da região lida com ela.
“Sede” – Bulgária
Um casal com um filho adolescente ganha a vida lavando roupas para hotéis, apesar do baixo suprimento de água. Um dia, um homem e sua filha chegam ao local e prometem acabar com o problema, encontrando uma fonte no local. Dirigido por Svetla Tsotsorkova.
“Sex: Speak” – Alemanha
Documentário no qual dezesseis entrevistados entre 13 e 74 anos falam sobre inseguranças, desejos e outros assuntos relacionados a sexo. Direção de Saskia Walker, em parceria com Ralf Hechelmann.
“Siembra” – Colômbia, Alemanha
O pescador Turco sonha em voltar para casa, na costa colombiana, de onde fugiu por causa de um conflito armado. Mas a ilusão do retorno é quebrada com a morte de Yosner, seu filho, cujo corpo precisa ser enterrado. Dirigido por Ángela Osorio Rojas, em colaboração com Santiago Lozano Álvarez.
“O Torneio” – França
Campeão francês de xadrez, Cal Fournier participa de um torneio em Budapeste, ao mesmo tempo em que se diverte com a namorada e os amigos. Um adversário diferente dos outros vai mudar sua rotina. Direção de Élodie Namer.
“O Touro” – Brasil
Uma jovem portuguesa chega a Ilha de Lençóis, no Nordeste do Brasil, onde vivem os descendentes do rei dom Sebastião, que desapareceu no século 16. De Larissa Figueiredo.
“Uncertain” – EUA
A história de três homens na cidade texana de Uncertain: um ex-presidiário, um jovem diabético e um velho pescador. Direção de Anna Sandilands, em parceria com Ewan McNicol.
“O Verão de Sangaile” – Lituânia, França, Holanda
Sangaile é uma jovem de 17 anos fascinada por aviões acrobáticos, mas com medo de altura. Ela conhece e se apaixona por Auste, uma garota que a encoraja a voar. Direção de Alanté Kavaïté.
“A Vida Está Esperando: Referendo e Resistência no Saara Ocidental” – Saara Ocidental, Espanha, Estados Unidos
Documentário de Iara Lee sobre o Saara Ocidental, na África, cuja população vive sob a ocupação das forças do Marrocos e espera um prometido referendo sobre liberdade.
“Virgem Juramentada” – Itália, Suíça, Alemanha, Albânia, Kosovo
Hana escapa do destino imposto às mulheres do lugar onde vive: tornar-se esposa e servente. Ela apela para o código de leis Kanun, que dá às mulheres a chance de empunhar um rifle e viver livre como os homens após jurar virgindade eterna. De Laura Bispuri.
“Walter” – EUA
Walter acredita ser o filho de Deus e responsável por julgar se as pessoas vão passar a eternidade no céu ou no inferno. Um dia, o fantasma Greg, preso no purgatório, pede o julgamento de Walter – e o ajuda a reavaliar o sentido da vida. Direção de Anna Mastro.
“Wanja” – Alemanha
Recém-libertada após anos de prisão, Wanja desenvolve uma amizade com Emma, uma adolescente problemática. Quando a garota entra pesado no mundo das drogas, Wanja decide resgatá-la. Direção de Carolina Hellsgard.
“Zurique” – Holanda, Alemanha, Bélgica
Para deixar o passado para trás, Nina viaja por autoestradas através da Europa. Um dia, conhece Matthias, um motorista de caminhão, e se junta a ele em suas viagens. Direção de Sacha Polak.
* A autora integra a equipe da 39ª Mostra
Mais de 300 filmes e apenas 58 dirigidos por mulheres. Tá na hora de mudar isso aí, Mostra de SP!
Obrigada pela lista! ❤️❤️❤️❤️❤️