10 filmes de diretoras para ver no Festival de Cinema Latino-Americano

Quase 150 filmes de 16 países estão na programação do 14º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que ocorre entre os dias 24 e 31 de julho. Além de sessões e atividades em cinco espaços da capital paulista (Biblioteca Mário de Andrade, Centro Cultural São Paulo, Cinesesc, Memorial da América Latina e Spcine Olido), o evento também é realizado no Instituto CPFL da cidade de Campinas, interior do Estado.

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Três mulheres estão entre os quatro artistas homenageados neste ano: a atriz Léa Garcia e as diretoras Tata Amaral e Cláudia Priscilla. Todas elas participarão de um bate-papo intitulado “Mulheres no Cinema”, que ocorre no dia 31, às 14h30, no Centro Cultural São Paulo.

Para ajudar o público a prestigiar o trabalho das diretoras latino-americanas, selecionamos dez filmes dirigidos por mulheres que estão na programação, representando Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Porto Rico e Venezuela. Veja as dicas e consulte os horários e locais de exibição no site do festival.


“Asfixia” – [México, 2018]
Depois de sair da prisão, Alma se propõe a recuperar algo mais importante do que sua própria liberdade. Para isso, se vê obrigada a cuidar de Clemente, um hipocondríaco obcecado em evitar uma morte fulminante. A relação entre eles transitará desde suspeita, medo e compaixão até ternura e amor. Dirigido por Kenya Márquez.


“Os Aventureiros” – [Los Buscadores, Paraguai, 2018]
No dia de seu aniversário, Manu ganha do avô um livro com um mapa do lugar onde foi escondido um tesouro de prata Yvyguy. Junto com o amigo Fito, Manu encontra o local onde o tesouro estaria enterrado: um casarão onde mora um embaixador. Quando o embaixador decide organizar uma grande festa, Manu percebe que tem pouco tempo para encontrar o tesouro. Direção de Tana Schémbori e Juan Carlos Maneglia.


“Bixa Travesty” – [Brasil, 2018]
Dirigido por Claudia Priscilla e Kiko Goifman, este longa-metragem narra a trajetória da artista Linn da Quebrada, acompanhando suas apresentações nos palcos e sua luta pela desconstrução de estereótipos de gênero, classe e raça. Bixa Travesty ganhou o troféu de melhor documentário no Teddy Awards, premiação que destaca filmes com temática LGBT no Festival de Berlim.


“Cartas de Amor para uma Ícone” – [Cartas de Amor a una Ícona, Porto Rico, 2018]
Lucecita Benítez é considerada a voz de Porto Rico, ainda que, por razões políticas, sua presença no rádio e na televisão tenha sido reprimida por um veto nacional. Apesar disso, seus fãs a seguiram ao longo de décadas. São eles os narradores deste documentário, dirigido por Gisela Rosario Ramos. 


“Um Céu de Estrelas” – [Brasil, 1997]
A cabeleireira Dalva (Leona Cavalli) vive no bairro da Mooca, em São Paulo. Ela ganha uma viagem a Miami que a livra da relação opressora com seu ex-noivo, Victor (Paulo Vespúcio Garcia). Porém, no dia da viagem, Victor invade a casa de Dalva e faz ela e sua mãe reféns. Dirigido por Tata Amaral.


“Eu, Impossível” – [Yo, Imposible, Colômbia/Venezuela, 2018]
Iniciando sua vida sexual, a jovem Ariel investiga seu passado e descobre um segredo: quando bebê, foi submetida a diversas cirurgias para se transformar completamente em mulher. A descoberta a coloca em uma jornada em busca do perdão e da liberdade. Dirigido por Patricia Ortega.


“Eu Menina” – [Yo Niña, Argentina, 2017]
O filme acompanha uma garota em um universo volátil e instável: em meio a cartas que não são lidas, separações, segredos e contradições, a menina tenta decifrar o que não entende e procura o amor que lhe falta enviando sinais marcianos. Direção de Natural Arpajou.


“Fakir” – [Brasil, 2019]
O documentário dirigido por Helena Ignez retrata o sucesso do faquirismo no Brasil, na América Latina e na França. Originário do circo, este espetáculo de arte popular é retratado por imagens de arquivo e de filmagens atuais de artistas contemporâneos que mantêm a arte viva. Filme de abertura do festival.


“A Mulher de Luz Própria” – [Brasil, 2019]
Além de abrir o festival com Fakir, Helena Ignez também é tema deste documentário dirigido por sua filha, a cineasta Sinai Sganzerla. O filme conta a trajetória de Helena ao mesmo tempo em que fala sobre a importância e as dificuldades das mulheres no audiovisual.


“O Pacto de Adriana” – [El Pacto de Adriana, Chile, 2017]
Quando criança, a diretora Lissette Orozco tinha sua tia Adriana como um grande exemplo. Depois de descobrir que a parente trabalhava para a polícia secreta do ditador chileno Augusto Pinochet (1915-2006), Lissette decide enfrentar Adriana para desvendar os segredos obscuros da história de seu país. O filme foi o grande ganhador da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo do ano passado.


Luísa Pécora é jornalista, criadora e editora do Mulher no Cinema

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