A atriz Anna Karina, ícone da nouvelle vague, morreu neste sábado (14) em Paris, aos 79 anos. A informação foi anunciada neste domingo (15) por seu agente, Laurent Balandras, à Agência France Presse. Segundo Balandras, a atriz morreu de câncer, e seu marido, o diretor Dennis Berry, estava ao seu lado.
Apoie: Colabore com o Mulher no Cinema e tenha acesso a conteúdo exclusivo
Nascida na Dinamarca, Hanne-Karine Blarke Bayer se mudou para Paris aos 18 anos e trabalhou como modelo antes de se dedicar à carreira de atriz. Decidiu, logo no começo, passar a usar o nome Anna Karina.
Em 1961 ela fez seus primeiros longas como atriz: Agora ou Nunca, dirigido por Michel Deville, e Uma Mulher É uma Mulher, o primeiro de sete filmes com o diretor Jean-Luc Godard, pelo qual foi premiada no Festival de Berlim.
Karina e Godard foram casados entre 1961 e 1964, e colaboraram, também, em Viver a Vida (1962), O Pequeno Soldado (1963), Bando à Parte (1964), Alphaville (1965), O Demônio das Onze Horas (1965) e Made in U.S.A (1966).
Mas a carreira da atriz não se limitou aos múltiplos trabalhos com Godard. Ela também atuou em filmes como Clèo das 5 às 7 (1962), de Agnès Varda; O Amor (1964), de Jean Aurel; Mulheres no Front (1965), de Valerio Zurlini; A Religiosa (1966), de Jacques Rivette; O Estrangeiro (1967), de Luchino Visconti; Roleta Chinesa (1976), de Rainer Werner Fassbinder, entre dezenas de outros.
Karina também passou para o outro lado da câmera, escrevendo e dirigindo dois filmes: Vivre Ensemble, lançado em 1973, e Victoria, de 2008, no qual também fez seu último trabalho como atriz. Versátil, ela ainda fez carreira como cantora e lançou quatro romances entre 1973 e 1998.
No Twitter, o ministro da Cultura da França, Franck Rester, lamentou a morte de Karina dizendo que o cinema francês “ficou órfão” e “perdeu uma de suas lendas”. A renomada revista francesa Cahiers du Cinéma também usou a rede social para homenagear a atriz, dizendo: “Ela foi o rosto da nouvelle vague.”
Com informações da AFP