40 documentários dirigidos por mulheres para ver na Netflix

Você tem a impressão de que assiste a mais documentários do que filmes de ficção dirigidos por mulheres? Provavelmente não é só impressão: estudos apontam que o gênero costuma ser mais receptivo às diretoras.

Uma pesquisa da San Diego State University analisou 1.036 filmes exibidos em 23 festivais americanos em 2015 e 2016. As mulheres representaram 28% dos diretores, com presença bem maior no documentário (35%) do que na ficção (19%).

Apesar disso, não há dúvida de que as documentaristas também são minoria e, como as diretoras de outros gêneros, enfrentam uma série de obstáculos. Por isso, que tal apoiar o trabalho delas? Para ajudar, selecionamos 40 documentários dirigidos por mulheres para ver em casa mesmo, no conforto da Netflix. Escolha o seu e bom filme!


audrie“Audrie & Daisy”
[EUA, 2016]
O filme dirigido por Bonni Cohen e Jon Shenk conta a história das adolescentes americanas Audrie Pott e Daisy Coleman. Elas não se conheciam e viviam em cidades diferentes, mas passaram por trauma semelhante: foram vítimas de abuso sexual e sofreram bullying após imagens do crime serem publicadas na internet.


barkley-marathons“The Barkley Marathons”
[EUA, 2014]
O documentário de Annika Iltis e Timothy James Kane conta a história da Barkley Marathon, considerada uma das corridas mais difíceis do mundo. A maratona prevê um percurso de 160 km e é realizada anualmente em um parque no Estado americano do Tennessee. Nas primeiras 25 edições, apenas dez atletas conseguiram finalizá-la.


being-elmo“Being Elmo: A Puppeteer’s Journey”
[EUA, 2011]
Documentário que mostra a trajetória do artista americano Kevin Clash. Tendo começado a carreira em Baltimore, no Estado de Maryland, na década de 1980 ele tornou-se o homem por trás de Elmo, um dos personagens mais conhecidos e queridos do programa Vila Sésamo. Direção de Constance Marks.


Beyonce“Beyoncé: Life Is But a Dream”
[EUA, 2013]
Um olhar intimista sobre a vida da cantora Beyoncé, em um documentário dirigido por ela mesma, em parceria com Ed Burke. O filme combina imagens de câmeras profissionais, trechos de apresentações e vídeos feitos pela própria cantora no computador, acompanhando-a durante a gravidez da primeira filha, Blue Ivy.


chucknorrisvs“Chuck Norris vs. Communism”
[Reino Unido/Romênia/Alemanha, 2015]
Na Romênia comunista dos anos 1980, filmes produzidos nos Estados Unidos não tinham permissão para circular. No entanto, fitas contrabandeadas chegavam à população, dubladas pela voz de uma misteriosa mulher. Graças às sessões clandestinas, os romenos podiam ver o mundo ocidental. Dirigido por Ilinca Calugareanu.


city40“City 40”
[Rússia/EUA, 2016]
Na década de 1940, o governo soviético criou uma cidade secreta para desenvolver armas atômicas. Milhares de pessoas foram enviadas para a City 40, no interior da Rússia, para trabalhar em uma planta nuclear. Hoje a cidade tem nome, Ozersk, mas continua proibida a visitantes. Com a ajuda de moradores, a diretora Samira Goetschel mostra como é viver ali.


codegirl“CodeGirl”
[EUA, 2015]
Estudos apontam que 80% dos desenvolvedores de aplicativos são homens. Neste documentário, a diretora Lesley Chilcott acompanha equipes de garotas que, em diferente partes do mundo (inclusive no Brasil), participam de uma competição de tecnologia. Sua missão: criar um aplicativo que possa ajudar sua comunidade.


the-13th“A 13ª Emenda”
[13th, EUA, 2016]
Como o sistema prisional dos Estados Unidos reflete o longo histórico de desigualdade racial do país? A diretora Ava DuVernay (de Selma – Uma Luta Pela Igualdade) discute tal questão neste documentário que foi produzido em segredo pela Netflix e se tornou o primeiro filme de não-ficção a abrir o Festival de Cinema de Nova York.


deprogrammed“Deprogrammed”
[Canadá/EUA, 2015]
Documentário de Mia Donovan sobre o movimento conhecido como “desprogramação”, criado nos anos 1970 pelo americano Ted Patrick com o objetivo de tirar jovens de cultos. Entre as centenas de pessoas que contrataram Patrick está o padrasto da diretora, em busca de uma “cura” para o filho amante de heavy metal e obcecado pela Bíblia Satânica.


e-team“E-Team”
[EUA, 2014]
Dedicada à defesa dos direitos humanos, a organização Human Rights Watch mantém equipes de emergência conhecidas como E-Teams, cuja missão é visitar zonas de conflito para investigar crimes de guerra. Neste documentário, os cineastas Katy Chevigny e Ross Kauffman acompanham o arriscado trabalho desses ativistas em diferentes países.


embrace“Embrace”
[Austrália, 2016]
Em 2012 a australiana Taryn Brumfitt se preparava para fazer uma cirurgia plástica para “melhorar” sua aparência após três gestações. Foi quando pensou: e se aprendesse a gostar do próprio corpo? Diretora deste documentário, ela conversa com mulheres de várias partes do mundo para entender a relação de cada uma com a própria imagem.


enlighten us“Enlighten Us”
[EUA, 2016]
O escritor e palestrante motivacional James Arthur Ray era uma estrela do bilionário mercado de auto-ajuda. Em 2011, foi condenado à prisão pela morte de três clientes durante um retiro na região do Arizona. Neste documentário, a diretora Jenny Carchman narra a ascensão e queda de Ray, bem como sua volta ao trabalho após ser libertado, em 2013.


Fed Up“Fed Up”
[EUA, 2014]
O documentário da diretora Stephanie Soechtig discute um dos mais sérios problemas de saúde dos Estados Unidos: o crescimento da obesidade infantil. O filme aborda, também, como o lobby da milionária indústria de alimentos agrava o problema. Exibido no Festival de Sundance, tem narração de Katie Couric.


hello i am david“Hello, I Am David!”
[Alemanha/Áustria/Suécia, 2015]
A diretora Cosima Lange acompanha o cotidiano de David Helfgott, pianista australiano que inspirou o filme Shine – Brilhante (1996). Artista prodígio, foi diagnosticado com transtorno esquizoafetivo, condição que inclui sintomas de esquizofrenia e transtorno de humor. Apesar das dificuldades, Helfgott desenvolveu carreira de sucesso.


Hot Girls Wanted“Hot Girls Wanted”
[EUA, 2015]
O documentário de Jill Bauer e Ronna Gradus lança luz sobre a lucrativa indústria de filmes pornográficos amadores do Estados Unidos e entrevista jovens mulheres que trabalham nestas produções, investigando como foram recrutadas. A atriz Rashida Jones é a produtora do longa, que foi exibido no Festival de Sundance.


i am jane doe“I am Jane Doe”
[EUA, 2017]
Dirigido por Mary Mazzio e narrado por Jessica Chastain, o documentário acompanha garotas americanas e suas mães em lutas judiciais contra o site Backpage.com. Ex-propriedade do Village Voice, a página hospeda anúncios de sexo com menores de idade, mas é protegido por uma lei que isenta os sites de responsabilidade pelo conteúdo de terceiros.


indiasdaughter“India’s Daughter”
[Reino Unido/Índia, 2015]
O documentário da diretora Leslee Udwin contra a trágica história da estudante indiana Jyoti Singh. Em 2012, a jovem estava a caminho do cinema com um amigo quando foi estuprada e morta por uma gangue de seis homens na capital do país, Nova Déli. O crime provocou revolta, enormes protestos e à mudança nas leis.


jesus camp“Jesus Camp”
[EUA, 2006]
As diretoras Rachel Grady e Heidi Ewing acompanham o cotidiano de um acampamento para crianças evangélicas nos EUA. Em uma pequena cidade da Dakota do Norte, a pastora Becky Fischer treina meninos e meninas para serem “soldados” de Deus, doutrinando-os sobre assuntos como aborto e política. Indicado ao Oscar de melhor documentário.


laertenetflix“Laerte-se”
[Brasil, 2017]
As diretoras Lygia Barbosa da Silva e Eliane Brum fazem um perfil de Laerte Coutinho, uma das mais importantes cartunistas do Brasil, que desde 2009 identifica-se como transgênero. O documentário “acompanha a investigação de Laerte sobre o mundo feminino” e aborda sua relação com amigos e familiares, suas posições políticas e seus personagens.


maidentrip“Maidentrip”
[EUA, 2013]
A cineasta Jillian Schlesinger conta a história real da jovem holandesa Laura Dekker. Em 2009, quando tinha apenas 14 anos, ela lutou na justiça para ter o direito de realizar um sonho: ser a pessoa mais jovem a velejar sozinha ao redor do mundo. O documentário conta com cenas filmadas pela própria Dekker, que mostram como foi a viagem.


the mask“The Mask You Live In”
[EUA, 2015]
Depois de abordar a representação feminina na mídia em Miss Representation (2011), a diretora Jennifer Siebel Newson discute a criação dos meninos, sobretudo nos Estados Unidos. Entrevistando jovens, pais e especialistas, ela reflete sobre os efeitos da pressão para que as crianças se adequem às definições culturais e sociais de masculinidade.


matt shepard“Matt Shepard Is a Friend of Mine”
[EUA/Marrocos/Suíça, 2014]
Michele Josue dirige o documentário sobre seu amigo Matthew Shepard, estudante homossexual americano que ficou conhecido no mundo inteiro após ser vítima de um crime de ódio em 1998. Aos 21 anos, ele foi espancado por dois homens em Laramie, no Estado de Wyoming, e morreu por causa de graves ferimentos na cabeça.


Maya Angelou“Maya Angelou, e Ainda Resisto”
[Maya Angelou and Still I Rise, EUA, 2016]
Documentário sobre a escritora, poeta, atriz e diretora americana Maya Angelou (1928-2014). Autora de obras como I Know Why the Caged Birds Sing (1969), ela sobreviveu a um abuso sexual e enfrentou o racismo para se tornar uma influente artista e ativista pelos direitos civis nos Estados Unidos. Dirigido pelos cineastas Rita Coburn Whack e Bob Hercules.


miss-sharon-jones“Miss Sharon Jones!”
[EUA, 2015]
A cantora Sharon Jones (1956-2016) é tema do documentário dirigido por Barbara Kopple, ganhadora do Oscar por Harlan County: Tragédia Americana (1976) e American Dream (1990). O filme acompanha a artista durante sua batalha contra o câncer, em 2013, e a preparação para o lançamento do álbum Give The People What They Want.


My Beautiful Broken Brain“My Beautiful Broken Brain”
[Reino Unido, 2014]
Depois de sobreviver a um derrame, Lotje Sodderland percebeu que sua visão e audição mudaram: palavras ficaram incompreensíveis e flashes de cor apareceram. Pensando que seu novo mundo parecia um filme do diretor David Lynch, escreveu a ele – que decidiu produzir o documentário, dirigido por ela e Sophie Robinson.


nascidos em bordéis“Nascidos em Bordéis”
[Born Into Brothels, EUA, 2004]
Ganhador do Oscar de melhor documentário em 2005, o filme retrata a vida de crianças nascidas numa região de prostituição em Calcutá, na Índia. Os cineastas Zana Briski e Ross Kauffman mostram o relacionamento que criaram com as crianças durante aulas de fotografia e os esforços para tentar assegurar seu direito à educação.


newtown“Newtown”
[EUA, 2016]
Um olhar sobre a comunidade de Newtown, localizada no Estado americano de Connecticut e marcada por uma dura tragédia. Em dezembro de 2012, Adam Lanza matou sua mãe e lançou um ataque a tiros na escola de Sandy Hook, deixando 26 mortos, a maioria crianças, antes de cometer suicídio. Direção de Kim A. Snyder.


paris1“Paris is Burning”
[EUA, 1990]
O documentário da diretora Jennie Livingston aborda questões de raça, classe e gênero nos Estados Unidos ao retratar uma cena efervescente na Nova York da década de 1980: os chamados “bailes”, competições frequentadas principalmente pelas comunidades LGBTs, negras e latinas da região do Harlem. Premiado no Festival de Sundance.


"Quanto Tempo o Tempo Tem", de Adriana Dutra“Quanto Tempo o Tempo Tem”
[Brasil, 2015]
A diretora brasileira Adriana L. Dutra faz uma reflexão sobre a passagem do tempo e sobre a pressa que é uma das marcas registradas do mundo contemporâneo. Neste documentário, especialistas explicam como o conceito de tempo é encarado por diferentes civilizações e porque tantas pessoas parecem nunca ter tempo suficiente.


jonbenet“Quem é JonBenet”
[Casting JonBenet, EUA/Austrália/China, 2017]
JonBenet Ramsey tinha seis anos quando foi encontrada morta na casa de sua família em Boulder, nos EUA, em 1996. Para contar esta história, a diretora Kitty Green convida moradores da cidade a fazer testes para um filme sobre o caso. Durante 15 meses, ela reúne atuações, reflexões e lembranças de um crime que não foi solucionado.


she's beautiful when she's angry“She’s Beautiful When She’s Angry”
[EUA, 2014]
A diretora Mary Dore lança um olhar sobre o movimento feminista que abalou os Estados Unidos no fim da década de 1960. Além de documentar os principais acontecimentos do período, o filme também entrevista integrantes de diferentes grupos ligados à defesa dos direitos das mulheres, mostrando as variadas linhas de atuação.


tickling giants“Tickling Giants”
[EUA, 2016]
O documentário da diretora Sara Taksler conta a história de Bassem Youssef, conhecido como o Jon Stewart do Egito. No contexto da Primavera Árabe, ele deixa a carreira de cardiologista para se lançar como comediante, mas as dificuldades de seu programa mostram os limites da democracia egípcia no que diz respeito à liberdade de expressão.


tig“Tig”
[EUA, 2015]
Em 2012, a comediante americana Tig Notaro recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Ao levar o assunto para seu show de stand-up, ela virou sensação. O filme de Kristina Gooslby e Ashley York acompanha Notaro enquanto ela lida com a fama, tenta tornar-se mãe e começa um relacionamento com a atriz Stephanie Allynne.


Twinsters“Twinsters”
[Reino Unido/França/Coreia do Sul/EUA, 2015]
Samantha Futerman é atriz e vive nos Estados Unidos. Quando um de seus trabalhos viraliza na internet, ela conhece uma jovem que mora na Europa e com quem tem inacreditável semelhança física. As duas, então, decidem descobrir se são irmãs gêmeas. Dirigido pela própria Futerman, em parceria com Ryan Miyamoto.


tyke“Tyke Elephant Outlaw”
[Austrália, 2015]
Documentário de Susan Lambert e Stefan Moore sobre Tyke, elefante africana usada como atração de circo nos Estados Unidos. Em 1994, Tyke matou seu treinador durante uma apresentação e fugiu pelas ruas de Honolulu, no Havaí. O episódio provocou debate sobre direitos dos animais e seu tratamento na indústria do entretenimento.


Vegas-Baby“Vegas Baby”
[EUA, 2016]
Uma das mais famosas clínicas de fertilização in vitro dos Estados Unidos lança um concurso online que dará um procedimento gratuito ao ganhador. Para algumas pessoas, parece loucura; para outras, a única chance de ter uma família. O documentário de Amanda Micheli registra a experiência de quem decidiu participar da iniciativa.


Vessel“Vessel”
[EUA/Tanzânia/Espanha/Portugal/Polônia/Paquistão/
Holanda/Irlanda/Indonésia/Equador, 2014]
Documentário de Diana Whitten sobre a Women on Waves, organização pró-aborto criada em 1999 pela médica holandesa Rebecca Gomperts. A equipe liderada por Gomperts viaja de barco a países nos quais a prática é ilegal para receber mulheres a bordo e atendê-las em águas internacionais, onde a lei não se aplica.


weiner“Weiner”
[EUA, 2016]
Em 2011, Anthony Weiner renunciou de seu cargo na Câmara de Representantes dos EUA por causa do vazamento de mensagens e imagens explícitas enviadas por ele a várias mulheres. Dois anos depois, os cineastas Elyse Steinberg e Josh Kriegman acompanham a tentativa de Weiner de voltar à vida pública, candidatando-se à prefeito de Nova York.


What Happened, Miss Simone?“What Happened, Miss Simone?”
[EUA, 2015]
Indicado ao Oscar de melhor documentário em 2016, o filme da diretora Liz Garbus narra a trajetória da cantora americana Nina Simone (1933-2003) . Contando com raro material de arquivo, além de entrevistas com familiares e amigos, a cineasta mostra a vida, a obra e a militância de Simone pelos direitos dos negros.


the wolfpack“The Wolfpack”
[EUA, 2015]
Os irmãos Angulo passaram a maior parte de sua vida em um apartamento na cidade de Nova York. Proibidos pelo pai de se relacionar com o mundo exterior, os seis jovens acostumaram-se a passar o tempo assistindo muitos filmes e reencenando os seus preferidos. Dirigido pela cineasta Crystal Moselle.


* Filmes disponíveis no catálogo da Netflix no dia da publicação: 21/08/2017

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