Trinta e cinco filmes serão exibidos online e gratuitamente na mostra América Negra: Conversas Entre as Negritudes Latino-americanas, que ocorre de 4 a 13 de junho. Promovida pelo instituto NICHO 54, a mostra realizará suas sessões em uma plataforma própria, a Sala 54.
Leia também: 20 documentários dirigidos por mulheres sobre a ditadura militar
Saiba mais: 14 documentários recomendados por diretoras brasileiras
Apoie: Colabore com o Mulher no Cinema acesse conteúdo exclusivo
A programação reúne filmes de dez países da América Latina, produzidos ao longo de 20 anos. De acordo com os organizadores, a curadoria propõe “uma reflexão sobre a descentralização dos Estados Unidos como principal campo do olhar de produções audiovisuais que retratam as vivências pretas da diáspora”.
Entre os filmes dirigidos por mulheres, há forte presença de produções mexicanas, como Diabinhos, Diabinhas e Alminhas (2015), de Isis Violeta Contreras Pastrana; Tita, Tecendo Raízes (2018), de Mónica Morales García; Gertrudis Blues (2002), de Patricia Carrillo; e Negra (2020), de Medhin Tewolde Serrano. Neste último, a diretora parte de sua própria experiência para conectar histórias de mulheres mexicanas, abordando o racismo e o modo como o corpo da mulher negra é visto no imaginário coletivo do país.
A produção brasileira também é destaque e inclui (Outros) Fundamentos (2017-2019), no qual a diretora Aline Motta busca suas raízes captando imagens em Lagos, na Nigéria, em Cachoeira, na Bahia, e no Rio de Janeiro; e Clandestyna (2018), de Duca Caldeira, que acompanha três travestis negras da Baixada Fluminense e é um dos projetos finais do LAB NEM, iniciativa pela participação de pessoas trans e travestis no audiovisual.
A mostra América Negra ainda exibe filmes realizados por mulheres no Peru, Venezuela, Uruguai, Cuba e Colômbia. Para informações sobre dias e horários de exibição, acesse o site da mostra.