Cinco filmes dirigidos por mulheres avançam na competição pelo Troféu Bandeira Paulista, o principal prêmio da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Os 14 finalistas foram escolhidos pelo próprio público do festival e agora serão avaliados pelo júri internacional, que anunciará sua decisão no dia 1° de novembro.
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Na Mostra competem apenas filmes que sejam o primeiro ou o segundo longa-metragem dos cineastas. O júri deste ano é composto por apenas uma mulher, a atriz e diretora Marina Person, que está acompanhada do cineasta israelense Eran Riklis, do diretor argentino Diego Lerman, do realizador alemão Henk Handloegten e do produtor português Luís Urbano.
Veja os filmes dirigidos por mulheres que seguem na disputa:
“A Arte de Amar”
[Sztuka Kochania, Polônia, 2017]
A famosa ginecologista Michalina Wisłocka (1921-2005) escreveu o revolucionário livro A Arte de Amar. Mas a jornada foi longa antes que a obra se tornasse um sucesso e transformasse a sexualidade na Polônia sob o comunismo. Dirigido por Maria Sadowska, o filme conta a história da publicação e da revolução sexual no país.
“Dede”
[Geórgia/Reino Unido/Croácia/Catar, 2016]
Em 1992, a jovem Dina vive em uma remota vila nas montanhas, onde os hábitos são rigorosamente regidos por séculos de tradição. O pai da garota a prometeu em casamento para David, que está retornando da guerra. Mas com ele chega também seu companheiro de luta, Gegi, por quem Dina se apaixona. Dirigido por Mariam Khatchvani.
“Mulheres Divinas”
[Die göttliche Ordnung, Suíça, 2017]
Sucesso de público na Suíça, o filme tem a atriz Marie Leuenberger no papel de Ana, uma jovem mãe que se envolve na luta das mulheres suíças pelo direito de votar, conquistado apenas em 1971. O longa-metragem dirigido pela cineasta Petra Volpe foi escolhido como o candidato suíço na disputa pelo Oscar de filme estrangeiro.
“O Pacto de Adriana”
[El Pacto de Adriana, Chile, 2017]
Quando criança, a diretora deste documentário, Lissette Orozco, tinha sua tia Adriana como um grande exemplo. Depois de descobrir que a parente trabalhava para a polícia secreta do ditador chileno Augusto Pinochet (1915-2006), Lissette decide enfrentar Adriana para desvendar os segredos obscuros da história de seu país.
“Oh Lucy!”
[Japão/EUA, 2017]
Setsuko segue o conselho da sobrinha Mika e se matricula em um curso de inglês no qual usa uma peruca loira e desempenha o papel da americana Lucy. Ela acaba se apaixonando pelo professor, John, que some repentinamente e que estava namorando Mika. Com a ajuda da irmã, Setsuko vai aos EUA em busca do casal. De Atsuko Hirayanagi.