Filmes de 15 países estão na programação do INDIE, festival de cinema independente que ocorre em São Paulo (SP) de 13 a 20 de setembro, com sessões no CineSesc e no Espaço Itaú de Cinema. Depois, de 20 a 27 de setembro, o evento fica em cartaz em Belo Horizonte, no Cine Humberto Mauro e no Cine Sesc Palladium.
A programação inclui filmes recentes e exibidos em festivais internacionais, mas também clássicos do cinema. Veja nossas sugestões de dez filmes dirigidos por mulheres ou centrados em mulheres que estão na programação – e depois é só consultar os horários e os locais de exibição no site do festival.
“O Caminho dos Sonhos”
[Der traumhafte weg, Alemanha, 2016]
Na Grécia de 1984, o relacionamento de um inglês e uma alemã é testado quando a mãe do garoto sofre um acidente e ele tem de voltar às pressas para casa. Trinta anos depois, uma atriz se separa do marido antropólogo. De forma inesperada, os caminhos destes dois casais vão se cruzar. Dirigido pela cineasta Angela Schanelec.
“Cidade dos Sonhos”
[Mulholland Drive, EUA, 2001]
Depois de um acidente na famosa Mulholland Drive, em Los Angeles, uma mulher não consegue se lembrar do que aconteceu ou de quem é. Com a ajuda de uma aspirante à atriz que acaba de chegar a Hollywood, ela sai em busca de pistas sobre sua identidade. Estrelado pelas atrizes Naomi Watts e Laura Harring, dirigido por David Lynch.
“Colo”
[Portugal/França, 2017]
A diretora Teresa Villaverde, de Os Mutantes (1998), mostra os efeitos da crise econômica na rotina de uma família em Portugal: a mãe se desdobra em dois trabalhos, o pai está desempregado e a filha adolescente tenta manter a rotina apesar da falta de dinheiro. Neste cenário, tensão, silêncio e culpa aumentam. O filme integrou a competição do Festival de Berlim.
“Empatia”
[Empathy, EUA, 2016]
O documentário de Jeffrey Dunn Rovinelli acompanha a acompanhante profissional Em Cominotti (creditada como roteirista, ao lado do diretor). Ao segui-la por Nova York, Pittsburgh e Los Angeles, o filme mostra seus relacionamentos e sua tentativa de superar o vício em heroína, além de refletir sobre a performance no documentário e na indústria do sexo.
“Jovem Mulher”
[Jeune femme, França, 2017]
Após muito tempo longe, Paula está de volta a Paris – sem dinheiro e acompanhada apenas de um gato, depois de o namorado ter terminado o relacionamento. Sua única certeza é a vontade de recomeçar. Estrelado por Laetitia Dosch e dirigido por Léonor Serraille, o filme ganhou o prêmio Câmera de Ouro no Festival de Cannes.
“Na Praia À Noite Sozinha”
[Bamui Haebyun-eoseo Honja, Coreia do Sul, 2017]
Young-hee é uma famosa atriz coreana que decide passar uma temporada em uma praia deserta. Nesse local, ela reflete sobre o relacionamento com um homem casado. Dirigido pelo cineasta Hong Sang-Soo, de Hahaha (2010) e Filha de Ninguém (2013), o filme deu o prêmio de melhor atriz para Kim Min-hee no Festival de Berlim.
“Rudzienko”
[EUA/Polônia, 2016]
Filmado durante três anos, o documentário é uma colaboração da diretora Sharon Lockhart com residentes do Centro Juvenil de Socioterapia de Rudzienko, na Polônia. Em oficinas, a cineasta estimulou as jovens a desenvolver diálogos e movimentos sobre questões filosóficas e cotidianas. A pedido dela, as falas em polonês não foram legendadas.
“Spell Reel”
[Alemanha/Portugal/França/Guiné-Bissau, 2017]
O longa experimental da diretora Filipa César, realizado em colaboração com Sana na N’Hada e Flora Gomes, recupera gravações feitas durante a luta de Guiné-Bissau pela independência, que reapareceram em 2011. Além de exibir as filmagens originais, o longa também as sobrepõem às imagens gravadas recentemente e nos mesmos lugares.
“Stromboli”
[Itália/EUA, 1950]
O primeiro filme da atriz Ingrid Bergman com o diretor Roberto Rossellini, depois de ela escrever uma carta dizendo que queria trabalhar com ele. Sua personagem é Karen, uma mulher da região dos Países bálticos que se casa com Antonio (Mario Vitale) para fugir de um campo de prisioneiros. Juntos, eles vão viver no vilarejo italiano de Stromboli.
“Western”
[Alemanha/Bulgária/Áustria, 2017]
Um grupo de operários alemães vai trabalhar em uma construção na fronteira entre a Bulgária e a Grécia, uma terra estrangeira na qual precisam encarar desconfianças e diferenças culturais. Os confrontos surgem quando eles passam a competir pelo favorecimento dos locais. Dirigido por Valeska Grisebach, o filme foi exibido no Festival de Cannes.