Diretoras dominam categorias de curta do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

Cineastas mulheres mostraram força nas categorias de curta-metragem e de documentário do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que anunciou seus indicados na última semana. Filmes dirigidos ou codirigidos por mulheres representam três dos cinco concorrentes a melhor longa documental e 12 dos 18 curtas na disputa.

A força das mulheres no curta já tinha sido demonstrada no ano passado, quando dirigiram 13 dos 15 filmes indicados nas três categorias que a premiação dedica ao formato. Em 2021, o destaque ficou com o troféu de curta de animação, ao qual todos os concorrentes têm uma mulher na direção.

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Na categoria de melhor longa-metragem de documentário, três dos cinco indicados têm direção ou codireção de uma mulher: Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, de Bárbara Paz; Dentro da Minha Pele, de Val Gomes e Toni Venturi; e Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, de Carol Benjamin.

As demais categorias de longa indicaram apenas um filme dirigido por mulher: A Febre, de Maya Da-Rin, concorre a melhor ficção; De Perto Ela Não É Normal, de Cininha de Paula, a comédia; e Dez Horas para o Natal, de Cris D’Amato, a longa-metragem infantil. Não há cineastas indicadas a longa de animação.

A categoria de direção tem duas mulheres entre os seis indicados: Ana Luiza Azevedo, por Aos Olhos de Ernesto, e Sandra Kogut, por Três Verões. Por sua vez, o prêmio de primeira direção de longa-metragem tem maioria de mulheres entre os concorrentes. São elas Bárbara Paz, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou; Djin Sganzerla, por Mulher Oceano; e Maya Da-rin, por A Febre.

A entrega do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro será em 28 de novembro. Veja as mulheres indicadas:

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Melhor longa-metragem de ficção (produtoras)
Claire Gadéa, por Cidade Pássaro
Issis Valenzuela, por Cidade Pássaro
Juliana Funaro, por Cidade Pássaro

Marie-Pierre Macia, por Cidade Pássaro
Maya Da-rin, por A Febre
Renata Wolter, por Cidade Pássaro

Melhor longa-metragem de documentário (produtoras)
Carol Benjamin, por Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil
Bárbara Paz, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou
Leandra Leal, por Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil
Maria Barreto, por Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil
Maya Babenco, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou
Rita Toledo, por Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil
Zita Carvalhosa, por Fotografação

Melhor longa-metragem de comédia (produtoras)
Carolina Castro, por Carlinhos e Carlão
Cecilia Grosso, por Não Vamos Pagar Nada
Iafa Britz, por Carlinhos e Carlão
Joana Henning, por De Perto Ela Não É Normal

Paula Torres, por De Perto Ela Não É Normal
Samanta Moraes, por Não Vamos Pagar Nada
Silvia Fraiha, por Os Espetaculares

Melhor direção
Ana Luiza Azevedo, por Aos Olhos de Ernesto
Sandra Kogut, por Três Verões

Melhor primeira direção de longa-metragem
Bárbara Paz, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou
Djin Sganzerla, por Mulher Oceano
Maya Da-Rin, por A Febre

Melhor atriz
Andrea Beltrão, por Verlust
Lorena Comparato, por Boca de Ouro
Malu Mader, por Boca de Ouro
Marcélia Cartaxo, por Pacarrete
Regina Casé, por Três Verões

Melhor atriz coadjuvante
Berta Loran, por Jovens Polacas
Denise Fraga, por Música para Morrer de Amor
Gisele Fróes, por Três Verões
Hermila Guedes, por Fim de Festa
Soia Lira, por Pacarrete
Zezé Motta, por M8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Zezita Matos, por Pacarrete

Melhor roteiro original
Ana Luiza Azevedo, por Aos Olhos de Ernesto
Bárbara Paz, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou
Chika Anadu, por Cidade Pássaro
Francine Barbosa, por Cidade Pássaro
Iana Cossoy Paro, por Três Verões
Julia Murat, por Cidade Pássaro
Maíra Bühler, por Cidade Pássaro
Maria Camargo, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou
Natália Maia, por Pacarrete
Sandra Kogut, por Três Verões

Melhor direção de fotografia
Barbara Alvarez, por A Febre

Melhor direção de arte
Ana Dominioni, por Sertânia
Ana Paula Cardoso, por A Febre

Melhor fotografia
Ana Avelar, por Macabro
Ana Dominioni, por Sertânia
Chris Garrido, por Pacarrete
Kika Lopes, por Boca de Ouro

Sol Azulay, por Jovens Polacas

Melhor maquiagem
Britney Federline, por Aos Olhos de Ernesto
Sonia Penna, por M8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Tayce Vale, por Pacarrete

Melhor montagem de ficção
Diana Vasconcellos, por Boca de Ouro
Joana Collier, por Pacarrete

Karen Akerman, por A Febre
Luisa Marques, por Três Verões

Melhor montagem de documentário
Bárbara Paz, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou
Idê Lacreta, por Fotografação

Jordana Berg, por Soldado Estrangeiro
Marília Moraes, por Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil
Isabel Castro, por Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil

Melhor som
Gabriela Cunha, por Cidade Pássaro
Miriam Biderman, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou

Miriam Biderman, por A Divisão – O Filme

Melhor trilha sonora
Bárbara Paz, por Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou

Melhor longa-metragem ibero-americano
Tarde para Morrer Jovem, de Dominga Sotomayor

Melhor longa-metragem internacional
O Pai, de Kristina Grozeva e Petar Valchanov (Bulgária/Grécia)

Melhor curta-metragem de animação
O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues
Mãtãnãg, a Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho
Subsolo, de Erica Maradona e Otto Guerra
Tandem, de Vivian Altman
Um Peixe para Dois, de Chia Beloto

Melhor curta-metragem de documentário
À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente, de Bruna Barros e Bruna Castro
Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza
Minha História É Outra, de Mariana Campos
Rua Augusta, 1029, de Mirrah da Silva.

Melhor curta-metragem de ficção
Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira
Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela.
República, de Grace Passô

Melhor série de animação – TV paga/OTT
Rocky & Hudson: Os Caubóis Gays, direção geral de Erica Maradona
Senninha na Pista Maluca, direção geral de Bianca Senna
Zuzubalândia, direção geral de Mariana Caltabiano

Melhor série de documentário – TV paga/OTT
Cientistas Brasileiros Entre os Melhores, direção geral de Silvia Godinho e Guilherme Fiuza Zenha

Melhor série de ficção – TV paga/OTT
Detetives do Prédio Azul, direção geral de Viviane Jundi

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Veja a lista completa de indicados aqui

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