Depois de 82 mulheres usarem o tapete vermelho do Festival de Cannes para exigir igualdade de gênero, dezesseis atrizes negras voltaram ao mesmo local nesta quarta-feira (16) para exigir maior representatividade no cinema francês.
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A ação foi liderada pela franco-senegalesa Aïssa Maïga e buscou chamar a atenção para a desigualdade e promover o livro Noire n’est pas mon métier. Criada por Maïga, a obra coletiva foi escrita pelas 16 atrizes, que falam sobre a experiência de ser uma mulher negra no cinema francês – dos comentários racistas aos papéis estereotipados.
Além de Maïga, assinam o livro Nadege Beausson-Diagne, Mata Gabin, Maïmouna Gueye, Eye Haïdara, Rachel Khan, Sara Martins, Marie-Philomène Nga, Sabine Pakora, Firmine Richard, Sonia Rolland, Magaajyia Silberfeld, Shirley Souagnon, Assa Sylla, Karidja Touré e France Zobda. No tapete vermelho, elas também contaram com a presença da cantora do Burundi Khadja Nin, membro do júri da competição principal.
Além de Khadja Nin, o júri deste ano também tem outra mulher negra, a diretora americana Ava DuVernay. Apenas uma cineasta negra exibe um filme na edição deste ano: a queniana Wanuri Kahiu, que dirige Rafiki.