Mulheres representaram apenas 11% de todos os diretores dos 250 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos em 2017, segundo estudo publicado pela San Diego State University. Embora seja um aumento de 4 pontos percentuais em relação aos 7% obtidos em 2016, o índice é igual ao registrado em 2000.
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O estudo coordenado pela pesquisadora Martha M. Lauzen é feito anualmente desde 1998. Em 2017, mulheres representaram 18% de todos os 3.011 profissionais que trabalharam nos 250 filmes analisados nas posições de diretor, roteirista, produtor, produtor executivo, editor e diretor de fotografia. O índice é apenas 1% maior do que o registrado em 2016 e não representa mudança significativa na série histórica.
As mulheres estão mais presentes no cargo de produtoras (25%), depois produtoras executivas (19%), editoras (16%), roteiristas (11%), diretoras (11%) e diretoras de fotografia (4%).
Entre os 250 filmes analisados, 30% empregaram zero ou apenas uma mulher nestas posições, 59% empregaram entre duas e cinco mulheres, 10% empregaram entre seis ou nove e 1% empregaram dez mulheres ou mais. Em comparação, 0% dos filmes empregaram zero ou um homem nestas posições, 8% empregaram de dois a cinco, 22% empregaram de seis a nove, e a grande maioria, 70%, empregou dez ou mais homens.
Uma avaliação dos 500 filmes de maior bilheteria feita pelo mesmo estudo apontou que ter uma mulher na direção faz diferença na contratação de outras profissionais. A proporção de roteiristas mulheres, por exemplo, é de 8% em filmes dirigidos exclusivamente por homens e de 68% nos que têm ao menos uma diretora. A mesma lógica se aplica aos editores (14% e 32%), diretores de fotografia (3% e 15%) e compositoras (2% e 12%).
Leia o estudo na íntegra (em inglês)