Uma das mais celebradas atrizes brasileiras, Tônia Carrero morreu neste sábado (3), aos 95 anos, no Rio de Janeiro. De acordo com o jornal O Globo, ela não resistiu a uma cirurgia para tratar uma úlcera.
Nascida no Rio, Maria Antonietta de Farias Portocarrero estreou nos palcos em 1949, com Um Deus Dormiu Lá em Casa, que já lhe rendeu o prêmio de atriz revelação entregue pela Associação de Críticos Cariocas. Fez importantes trabalhos no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), além dos realizados por seus próprios grupos, como a Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), criada em 1956 em parceria com Adolfo Celi e Paulo Autran; e a Companhia Tônia Carreiro, fundada em 1965.
No cinema, foi estrela da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, atuando em filmes como Apassionata (1952), de Fernando de Barros, Tico-tico no Fubá (1952), de Adolfo Celi, e É Proibido Beijar (1954), de Ugo Lombardi. Também teve papéis marcantes na televisão, como nas novelas Água Viva (1980) e Louco Amor (1983), ambas de Gilberto Braga.
Seu último trabalho na telona foi Chega de Saudade (2007), de Laís Bodanzky.
De acordo com a revista Veja, desde 1999 a atriz sofria de uma doença chamada hidrocefalia oculta, que consiste no acúmulo de líquido no cérebro, e causava dificuldades de fala e movimento. A última aparição pública fora em 2011, para prestigiar um espetáculo do filho, Cecil Thiré. Carrero deixa três netos, os também atores Miguel, Luísa e Carlos Thiré.