Exclusivo: Atrizes falam sobre a relevância da série mexicana “Señorita 89”

A primeira temporada da série mexicana Señorita 89 está chegando ao fim: o último episódio do programa ambientado no universo dos concursos de beleza vai ao ar em 17 de abril na plataforma de streaming STARZPLAY. Aproveitando a ocasião, o Mulher no Cinema divulga com exclusividade um vídeo de bastidores, que entrevista as principais atrizes da série (veja abaixo).

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Em Señorita 89, Ilse Salas interpreta Concepción, matriarca do mais importante concurso de beleza do México nos anos 1980. É em sua propriedade, La Encantada, que 32 finalistas passam por um árduo treinamento de três meses em preparação para competir no Miss México. Seguindo o gênero do thriller dramático, a série mostra como o suposto glamour de tais concursos se apoia em práticas machistas, na objetificação do corpo das mulheres e em episódios de assédio sexual e abuso de poder.

“Este tema da beleza segue na moda, as pessoas continuam celebrando, mas ninguém fala disso do ponto de vista das misses”, afirmou, no vídeo, a atriz Natasha Dupeyrón, que interpreta Isabel, a Miss Yucatán. “O motivo de terem feito da série um thriller foi para que pudéssemos ver o quanto é errado normalizar toda essa violência contra as mulheres”, completou Bárbara López, que vive Dolores, a Miss Guerrero.

Veja entrevistas com o elenco de Señorita 89:

https://www.youtube.com/watch?v=FwJfZX9T4kM

Uma das artistas por trás de Señorita 89 é a roteirista e diretora argentina Lucía Puenzo, conhecida por filmes como XXY (2007), O Menino Peixe (2009) e O Médico Alemão (2013). Além dela, a equipe de texto conta com María Renée Prudencio e Tatiana Mereñuk, enquanto o time de diretores é completo por Sílvia Quer, Jimena Montemayor e Nicolás Puenzo. As mulheres da equipe também incluem as produtoras Ángela Poblete e Mariane Hartard, que desenvolveram a série junto a Christian Vesper e aos irmãos Pablo e Juan de Dios Larraín.

Séries com mulheres e minorias em frente e por trás das câmeras têm grande apelo entre o público da Starzplay, segundo Superna Kalle, vice-presidente executiva de redes digitais internacionais da Starz, empresa que é dona da plataforma. “Alguns dos nossos conteúdos mais populares no Brasil, e também no mundo, são aqueles nos quais ouvimos as vozes das mulheres e minorias”, afirmou a executiva em entrevista ao Mulher no Cinema, concedida no ano passado. “Está claro para mim que a demanda por conteúdo inclusivo existe. Ao buscarmos e cultivarmos vozes novas e histórias não contadas, oferecemos experiências mais originais e autênticas, levamos os espectadores a outro mundos e os apresentamos a personagens que eles não tinham visto na televisão antes.”

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