Conheça as produtoras que disputam o Oscar na categoria de melhor filme

Aquecendo os motores para o Oscar 2020, que ocorre em 9 de fevereiro, o Mulher no Cinema vai publicar, diariamente, um breve perfil de todas as profissionais femininas indicadas em cada uma das categorias.

Oscar 2020: Confira a lista completa com todas as mulheres indicadas
Leia também: Os longas de diretoras que já disputaram o Oscar de melhor filme
Apoie: Colabore com o Mulher no Cinema e acesse conteúdo exclusivo

Começamos a série de reportagens nesta quinta-feira (23) com o prêmio mais importante: melhor filme, que é sempre entregue aos produtores. Neste ano, oito dos nove indicados ao troféu têm ao menos uma mulher na produção, mas apenas um – Adoráveis Mulheres – foi exclusivamente produzido por mulheres. O longa de Greta Gerwig também é o único dos candidatos que foi dirigido por uma mulher.

No total, há nove mulheres entre os 23 profissionais indicados na categoria. Saiba mais sobre elas:


Amy Pascal, por Adoráveis Mulheres
Nascida nos EUA em 1958, começou a carreira nos anos 1980 e ocupou posições importantes em estúdios. Foi presidente da Sony de 2006 a 2015, cargo que perdeu após hackers exporem seus emails. Formou a produtora Pascal Pictures, responsável por filmes como Caça-Fantasmas (2016), A Grande Jogada (2017) e The Post (2017), pelo qual disputou o Oscar de melhor filme. Esta é sua segunda indicação.


Chelsea Winstanley, por Jojo Rabbit
Neozelandesa e maori (povo indígena do país), disputa o primeiro Oscar por Jojo Rabbitt, dirigido pelo marido Taika Waititi, com quem também trabalhou em O que Fazemos nas Sombras (2014). Dirigiu os curtas Sech’el (2016), Little King (2018) e Forgive Me (2019) e um segmento do filme Waru (2017). Produziu Merata: How Mum Decolonised the Screen (2019), documentário sobre a cineasta maori Merata Mita.


Emma Tillinger Koskoff, por O Irlandês e por Coringa
Filha da atriz Dorothy Lyman e do diretor John Tillinger, a americana nasceu em 1972 e começou a carreira aos 19 anos como assistente de produção. Foi assistente de Uma Thurman e Ted Demme, e desde 2004 trabalha com Martin Scorsese. Disputou o Oscar por O Lobo de Wall Street (2013), e agora concorre por O Irlandês, também de Scorsese, e por Coringa, de Todd Phillips, primeiro longa que produziu para outro diretor.


Jenno Topping, por Ford vs Ferrari
Americana, trabalhou como executiva na HBO Films e hoje é presidente da divisão de cinema e televisão da Chernin Entertainment. Começou a carreira nos anos 1990 e, desde então, produziu filmes como 28 Dias (2000), A Família da Noiva (2005), As Bem-Armadas (2013), O Lar das Crianças Peculiares (2016) e Estrelas Além do Tempo (2016), pelo qual concorreu ao Oscar de melhor filme. Esta é sua segunda indicação.


Kwak Sin Ae, por Parasita
Nasceu em 1968 em Busan, na Coreia do Sul, e começou a carreira como jornalista da revista KINO. Em 1999, passou para o cinema, trabalhando principalmente na área de marketing. Desde 2010, é CEO da empresa de filmes e games Barunson E&A. Como produtora, sua estreia foi com Stay With Me (2017), de Bryan Ku, considerado o primeiro filme a combinar realidade virtual e 4DX. Disputa o Oscar pela primeira vez.


Jane Rosenthal, por O Irlandês
Americana, nasceu em 1956 e pensou primeiro em ser atriz, mas descobriu ter mais talento para a produção. Com Robert DeNiro, criou a Tribeca Enterprises, da qual é CEO e presidente, uma empresa que inclui os estúdios Tribeca e o Festival de Tribeca. Seus trabalhos como produtora incluem Desafio no Bronx (1993), Máfia no Divã (1999), Um Grande Garoto (2002) e O Bom Pastor (2006). Disputa o primeiro Oscar.


Jayne-Ann Tenggren, por 1917
Nascida em 1967, tem grande experiência como supervisora de roteiros, com trabalhos que vão desde Deadly Exposure (1993) até 007 Contra Spectre (2015). Trabalhou nas áreas de direção de arte e design de produção, e a partir de 2011 começou a atuar como produtora. Por 1917, recebeu a primeira indicação ao Oscar. Seus próximos trabalhos são The Rhythm Section e All You Need Is Luck.


Pippa Harris, por 1917
Nasceu em 1967 e começou a carreira nos anos 1990. Ocupou cargos executivos na BBC e em 2003 foi uma das fundadoras da Neal Street Productions, da qual é chefe da divisão de cinema e televisão. Entre seus trabalhos como produtora estão Garoto Nota 10 (2006), Laços de um Crime (2012) e 1917, pelo qual recebeu sua primeira indicação ao Oscar. Também foi produtora executiva das séries Penny Dreadful e Call the Midwife.


Shannon McIntosh, por Era uma Vez em Hollywood
A americana é uma parceira de longa data do diretor Quentin Tarantino: foi produtora executiva de À Prova de Morte (2017) e Django Livre (2012), e produtora de Os Oito Odiados (2015) e Era uma Vez em Hollywood, que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar. Ela também tem vários trabalhos como roteirista para a TV e em 1996 dirigiu o documentário Poetry, Passion, the Postman: The Poetic Return of Pablo Neruda.


Luísa Pécora é jornalista e criadora do Mulher no Cinema – fotos: Getty Images

* O Mulher no Cinema publica perfis de todas as mulheres indicadas ao Oscar 2020 até 7/2. A cada dia é publicado um texto sobre uma categoria diferente. Acompanhe a série completa aqui.

Deixe um comentário

Top