Aquecendo os motores para o Oscar 2020, que ocorre em 9 de fevereiro, o Mulher no Cinema vai publicar, diariamente, um breve perfil de todas as profissionais indicadas em cada uma das categorias.
Oscar 2020: Confira a lista completa com todas as mulheres indicadas
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Já falamos sobre as mulheres que concorrem a melhor filme, atriz, atriz coadjuvante, roteiro original, roteiro adaptado e animação. A categoria da vez é documentário, na qual quatro dos cinco filmes indicados foram dirigidos ou codirigidos por mulheres. Além disso, todos os concorrentes têm ao menos uma mulher na produção. No total, há sete mulheres entre os 15 indivíduos na disputa. Saiba mais sobre elas:
Kirstine Barfod, por The Cave
Dinamarquesa, nasceu em 1979 e estudou cinema na escola Super 16, de Copenhague. Trabalha como produtora, principalmente de documentários, desde 2011. Entre os longas-metragens que produziu estão Kidd Life (2012), Shoot For the Moon (2014), Born to Loose (2015) e Venus (2016). Concorre ao Oscar pela primeira vez por The Cave, filme dirigido pelo cineasta Feras Fayyad.
Joanna Natasegara, por Democracia em Vertigem
Britânica, é fundadora da Violet Films e foi uma das produtoras do filme da brasileira Petra Costa. Esta é sua terceira indicação ao Oscar, após concorrer ao prêmio de documentário por Virunga (2014) e ganhar o de curta de documentário por Os Capacetes Brancos (2016), ambos dirigidos por Orlando von Einsiedel. Seus trabalhos como diretora incluem The Fear Factory (2010) e The Price of Kings (2012).
Julia Reichert, por Indústria Americana
Americana, 73 anos, estreou com Growing Up Female (1971) e foi indicada ao Oscar por Union Maids (1976), Seeing Red (1983), The Last Truck (2009) e American Factory (2019), que produziu e codirigiu. É cofundadora da New Day Films, que há 42 anos distribui filmes para escolas e comunidades. Em 2018, ganhou o prêmio honorário da Associação Internacional de Documentário. Reichert faz tratamento contra câncer.
Petra Costa, por Democracia em Vertigem
Nascida em Belo Horizonte em 1983, a diretora e produtora brasileira estudou artes dramáticas, antropologia e psicologia social. Ganhou destaque no cinema nacional com o primeiro longa, Elena (2012), que forma uma trilogia sobre sua história familiar ao lado de Olhos de Ressaca (2009) e Democracia em Vertigem (2019). Também dirigiu Olmo e a Gaivota (2015), em parceria com Lea Glob. Esta é sua primeira indicação ao Oscar.
Sigrid Dyekjær, por The Cave
Dinamarquesa, nasceu em 1969. Especializou-se na produção de documentários, entre eles Ai Weiwei – The Fake Case (2013), Something Better to Come (2014) e A Year to Hope (2017). Em 2015, ganhou o IB Award, um prêmio entregue por diretores dinamarqueses aos melhores produtores do país. Também é professora da Escola Nacional de Cinema da Dinamarca. Concorre ao Oscar pela primeira vez.
Tamara Kotevska, por Honeyland
Nasceu na Macedônia do Norte em 1993 e estudou na Faculdade de Artes Dramáticas da Universidade de Skopje. Dirigiu os curtas Games (2014) e Free Hugs (2015), antes de estrear na direção de longa-metragem com Honeyland, que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar. Codirigido por Ljubomir Stefanov, Honeyland também está indicado na categoria de filme internacional. Seu próximo trabalho é a ficção Man vs. Flock.
Waad al-Kateab, por For Sama
Nasceu em 1991 na Síria. Cobriu a guerra civil do país para a emissora britânica Channel 4, sendo premiada com o Emmy. Durante cinco anos, registrou sua vida em Aleppo, incluindo o nascimento da filha, Sama. As gravações resultaram em For Sama, seu primeiro longa, codirigido por Edward Watts. Além de disputar o Oscar, o filme foi premiado em Cannes e disputa o Bafta. A família está refugiada em Londres.
Luísa Pécora é jornalista e criadora do Mulher no Cinema – fotos: Getty Images
* O Mulher no Cinema publica perfis de todas as mulheres indicadas ao Oscar 2020 até 7/2. A cada dia é publicado um texto sobre uma categoria diferente. Acompanhe a série completa aqui.