Número de protagonistas mulheres caiu em 2017, diz estudo

Mulheres representaram 24% dos protagonistas dos 100 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos em 2017, de acordo com estudo da San Diego State University. Trata-se de uma queda de 5 pontos em relação ao índice registrado em 2016.

A pesquisa, que analisou 2.361 personagens dos 100 filmes estudados (e que excluem títulos estrangeiros), apontou que 58% dos protagonistas eram homens e 18% dos longas tinham protagonismo dividido.

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De acordo com o estudo, protagonistas mulheres são mais comuns em filmes independentes (65%) do que nos produzidos por grandes estúdios (35%), e aparecem sobretudo em comédias (30%) e dramas (30%). Sua presença é reduzida em filmes de ação (17%), terror (13%), animação (4%) e ficção científica (4%).

Quando analisados não apenas os protagonistas, mas todos os personagens com fala que aparecem nos 100 filmes estudados, mulheres representam 34% – um aumento de 2 pontos percentuais em relação a 2016. Em 18% destes filmes, o número de personagens femininas com fala fica entre zero e quatro.

Veja outros dados relativos aos 100 filmes analisados:

IDADE

A maioria das mulheres em cena está na casa dos 20 anos (32%) ou dos 30 anos (25%). Em comparação, a maior parte dos personagens masculinos está na faixa dos 30 anos (31%) ou dos 40 anos (27%).

Aliás, 46% de todos os personagens masculinos têm 40 anos ou mais, um índice que cai para 29% no caso das mulheres.

DIVERSIDADE

Em 2017, 68% das personagens femininas com fala eram brancas, 16% eram negras, 7% eram latinas e 7% eram asiáticas. Estes índices mostram uma ligeira melhora no que diz respeito à diversidade em relação a 2016: a porcentagem de personagens brancas caiu 8%, enquanto a de negras subiu 2%; a de latinas, 4%; e a de asiáticas, 1%.

ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO

O estudo mostrou que personagens masculinos têm mais chances de terem sua profissão identificada (78% contra 63% das mulheres) e de serem mostrados trabalhando (69% contra 55%).

Personagens masculinos costumam ter mais objetivos profissionais do que os femininos (42% contra 34%). Além disso, 53% das mulheres em cena têm seu estado civil identificado no filme, porcentagem que cai para 40% no caso dos homens.

POR TRÁS DAS CÂMERAS

Mais uma vez, o estudo mostrou que as chances de protagonismo feminino aumentam quando há mulheres por trás das câmeras. Em longas com apenas uma mulher na direção ou no time de roteiristas, mulheres representaram 45% dos protagonistas – um índice que cai para 20% em equipes totalmente masculinas.

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Leia o estudo completo aqui (em inglês)

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