Trinta e cinco filmes dirigidos por mulheres estão na programação da terceira edição do Cabíria Festival – Mulheres & Audiovisual, que começa nesta quarta-feira (6) e vai até 17 de outubro. Pelo segundo ano consecutivo, o festival será realizado online, com todas as sessões gratuitas para o público de todo o país.
Entrevista: “Acredito realmente que este horror vai terminar”, diz Lucia Murat
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O evento é uma expansão do Cabíria Prêmio de Roteiro, criado em 2015 por Marília Nogueira para incentivar a criação de protagonistas complexas e bem desenvolvidas. O resultado do prêmio deste ano será anunciado na cerimônia de abertura, realizada nesta quarta-feira e transmitida pelo YouTube a partir das 19h.
A terceira edição do festival homenageia Lucia Murat, uma das mais importantes cineastas brasileiras, que abordou a ditadura militar em vários dos treze longas que dirigiu. Cinco obras da diretora serão exibidos durante o Cabíria: Que Bom Te Ver Viva (1989), Maré, a Nossa História de Amor (2007), A Memória que me Contam (2012), Em Três Atos (2015) e Ana. Sem Título (2020), este numa sessão em parceria com o Telecine.
A maior parte das sessões acontece na plataforma Videocamp, mas há transmissões em outras plataformas. Um dos destaques é a parceria com a MUBI, que exibirá A Mesma Parte de um Homem, de Ana Johann, nos dias 7 e 8 de outubro; e Casulo, de Leonie Krippendorf, nos dias 9 e 10. As sessões do Cabíria na MUBI estarão abertas mesmo a não assinantes e podem ser acessadas neste link e mediante o uso do código cabiriafestival.
Outra parceria do Cabíria é com a plataforma Hysteria, que vai exibir diariamente no YouTube e no Instagram os microfilmes que integram a Mostra Imaginários Possíveis. As dez obras selecionadas têm até três minutos de duração e foram produzidas com smartphones ou câmeras profissionais.
Além disso, o Cabíria ainda tem uma ampla programação de debates, oficinas e estudos de caso. No dia 7, às 11h, o painel “Representatividade real – Ações de impacto para um mercado mais diverso” contará com a presença de Debra Zimmerman e Kendra Hodgson, representantes da iniciativa Women Make Movies; Josephine Bourgois, do Projeto Paradiso; e Thais Scabio, da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN).
No dia 16, às 11h, haverá uma masterclass com Nurtih Avivi, a primeira mulher reconhecida como diretora de fotografia pelo Centro Nacional do Cinema francês, e que trabalhou com Agnès Varda em Documenteur (1981).
Para conhecer a programação completa, acesse o site do festival.