Mulheres dominam categorias de curtas do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

Mulheres dirigiram ou codirigiram 13 dos 15 curtas-metragens indicados à edição deste ano do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, que será realizada no dia 10 de outubro. O domínio das diretoras no curta contrasta com a ausência delas nas categorias de longa: nenhum filme dirigido por mulher disputa na categorias de ficção e só um – Bixa Travesty, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman – concorre a melhor documentário. 

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Anunciadas nesta quinta-feira (27), as indicações ao Grande Prêmio já garantiram um troféu para uma diretora. Isso porque todos os cinco concorrentes a melhor curta de ficção são dirigidos por mulheres – três deles, por mulheres negras. Os concorrentes são Alfazema, de Sabrina Fidalgo; Angela, de Marília Nogueira; Baile, de Cíntia Domit Bittar; , de Ana Flavia Cavalcanti e Julia Zakia; e Sem Asas, de Renata Martins.

Em curta de documentário, são quatro filmes dirigidos por mulheres entre os cinco indicados: Amnestia, de Susanna Lira; Extratos, de Sinai Sganzerla; Fartura, de Yasmin Thayná; e Olhos D’Água, de Daniela Thomas. E em curta de animação, também são quatro: Apneia, de Carol Sakura (e Walkir Fernandes); Céu da Boca, de Amanda Treze; Poética de Barro, de Giuliana Danza; e Só Sei que Foi Assim, de Giovanna Muzel.

No total, mulheres tinham dirigido ou codirigido 29 dos 71 curtas selecionados na primeira fase. Treze destes 29 filmes são agora finalistas. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é uma realização da Academia Brasileira de Cinema, e são os membros dos grupo quem escolhem os vencedores (salvo duas categorias de voto popular).

Neste ano, também não há nenhum filme dirigido por mulher na disputa pelos troféus de melhor longa de animação e de longa infantil. Na categoria de longa de comédia, há dois: De Pernas pro Ar 3, de Julia Rezende; e Minha Mãe É uma Peça 3, de Susana Garcia. 

A cineasta Flavia Castro é a única mulher entre os cinco indicados ao prêmio de direção, disputando por Deslembro. Por sua vez, Claudia Castro é a única mulher na disputa pelo troféu de melhor primeira direção de longa. Ela concorre por Ela Disse, Ele Disse.

A presença das mulheres é maior em outras categorias relativas ao trabalho por trás das câmeras, inclusive direção de fotografia (três de seis filmes indicados), roteiro original (quatro de cinco), roteiro adaptado (dois de seis), montagem de ficção (três de cinco) e montagem de documentário (cinco de seis).

Veja as indicadas nas principais categorias:

Longa de ficção (produtoras):
Carolina Kotscho, por Hebe – A Estrela do Brasil
Clara Ramos, por Hebe – A Estrela do Brasil
Emilie Lesclaux, por Bacurau
Heloisa Jinzenji, por Hebe – A Estrela do Brasil

Katrin Pors, por Divino Amor
Maria Ekerhovd, por Divino Amor
Nathalie Felippe, por Simonal 
Rachel Ellis, por Divino Amor

Longa de documentário (produtoras):
Ana Rosa Tendler, por Alma Imoral

Claudia Priscilla, por Bixa Travesty (também diretora do filme)
Deborah Osborn, por O Barato de Jacanga
Nara Aragão, por Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar

Longa de comédia (diretoras/produtoras):
Elisa Tolomeli, por Maria do Caritó

Julia Rezende, por De Pernas pro Ar 3 (diretora do filme)
Iafa Britz, por Minha Mãe É uma Peça 3 
Lara Guaranys, por Eu Sou Mais Eu
Mariza Leão, por De Pernas pro Ar 3
Mayra Lucas, por Cine Holliúdy – A Chibata Sideral
Susana Garcia, por Minha Mãe É uma Peça 3 (diretora do filme)

Longa de animação (produtoras):
Érica Maradona, por A Cidade dos Piratas

Longa infantil (produtoras):
Beatriz Carvalho, de Sobre Rodas
Bianca Villar, por Turma da Mônica – Laços
Karen Castanho, por Turma da Mônica – Laços
Mara Lobão, por Cinderela Pop

Direção
Flavia Castro, por Deslembro

Primeira direção de longa-metragem
Claudia Castro, por Ela Disse, Ele Disse

Atriz
Andrea Beltrão, por Hebe – A Estrela do Brasil

Bárbara Colen, por Bacurau
Carol Duarte, por A Vida Invisível
Dira Paes, por Divino Amor
Julia Stockler, por A Vida Invisível

Atriz coadjuvante
Alli Willow, por Bacurau

Bárbara Santos, por A Vida Invisível
Fernanda Montenegro, por A Vida Invisível
Karine Teles, por Bacurau

Sônia Braga, por Bacurau

Direção de fotografia
Bárbara Alvarez, por A Sombra do Pai
Hélène Louvart, por A Vida Invisível
Heloisa Passos, por Deslembro

Roteiro original
Beatriz Seigner, por Los Silencios
Carolina Kotscho, por Hebe – A Estrela do Brasil
Flavia Castro, por Deslembro
Rachel Ellis, por Divino Amor

Roteiro adaptado
Inés Bortagaray, por A Vida Invisível 
Letícia Mey, por Minha Fama de Mau

Direção de arte
Mariana Falvo, por Turma da Mônica – Laços
Yurika Yamazaki, por Simonal

Figurino
Kika Lopes, por Kardec
Kika Lopes, por Simonal
Marina Franco, por A Vida Invisível
Rita Azevedo, por Bacurau

Rosangela Nascimento, por Kardec

Maquiagem
Anna van Steen, por Kardec
Britney Federline, por Morto Não Fala
Rose Verçosa, por A Vida Invisível 
Rosemary Paiva por A Vida Invisível 
Simone Batata por Hebe – A Estrela do Brasil
Tayce Vale, por Bacurau

Montagem de ficção
Heike Parplies por A Vida Invisível 
Karen Harley, por Greta
Sabrina Wilkins, por Turma da Mônica – Laços

Montagem de documentário
Célia Freitas, por Torre das Donzelas
Diana Vasconcelos, por Fevereiros
Isabel Castro, por Meu Amigo Fela
Karen Harley, por Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar
Olivia Brenga, por Bixa Travesty

Som
Miriam Biderman, por Turma da Mônica – Laços
Laura Zimmerman, por A Vida Invisível 

Trilha sonora
Linn da Quebrada, por Bixa Travesty

Curta de ficção (diretoras)
Alfazema, de Sabrina Fidalgo
Angela, de Marília Nogueira
Baile, de Cíntia Domit Bittar
, de Ana Flavia Cavalcanti e Julia Zakia
Sem Asas, de Renata Martins

Curta de documentário (diretoras)
Amnestia, de Susanna Lira
Extratos, de Sinai Sganzerla
Fartura, de Yasmin Thayná
Olhos D’Água, de Daniela Thomas

Curta de animação (diretoras)
Apneia, de Carol Sakura (e Walkir Fernandes)
Céu da Boca, de Amanda Treze
Poética de Barro, de Giuliana Danza
Só Sei que Foi Assim, de Giovanna Muzel

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