Morre Nicette Bruno, atriz de cinema e teatro que também foi pioneira da TV

A atriz Nicette Bruno, que trabalhou no teatro e no cinema e foi uma das pioneiras da televisão brasileira, morreu neste domingo (20), aos 87 anos, por complicações decorrentes da Covid-19.

Nicette estava internada no Rio de Janeiro desde 26 de novembro. Em entrevista ao site da revista Quem, a filha da atriz, Beth Goulart, disse que a mãe foi infectada após receber a visita de um parente que tinha coronavírus, mas não apresentava sintomas. Antes disso, ela passara “10 meses totalmente protegida, numa redoma”. 

Nicette Xavier Miessa nasceu em 7 de janeiro de 1933 na cidade de Niterói (RJ). Ela tinha apenas quatro anos quando começou a participar de um programa infantil na Rádio Guanabara, cantando, declamando poesia e, posteriormente, tocando piano. O próximo passo foi se unir a grupos de teatro, e aos 14 anos ela já era uma atriz profissional, contratada pela Companhia Dulcina-Odilon. 

Foi no teatro que a atriz conheceu o também ator Paulo Goulart, com quem foi casada por quase 60 anos, até a morte dele, em 2014. Em 1953, os dois fundaram a companhia Teatro Íntimo de Nicette Bruno, conhecida como Tinb, e nas décadas seguintes a atriz também integrou muitas das principais companhias teatrais do país. 

A década de 1950 marcou a estreia de Nicette Bruno na televisão: ela integrou a equipe da TV Tupi logo depois de sua inauguração, participando de recitais, teleteatros e também da primeira versão de Sítio do Picapau Amarelo. “Tudo isso era a época da televisão ao vivo, não havia ainda o videoteipe”, disse a atriz ao site Memória Globo. “Fazíamos televisão como fazíamos teatro.” Nicette fez novelas na Tupi, na Excelsior e também na Globo, onde passou a trabalhar em 1981. Entre os muitos trabalhos na emissora está a segunda versão de Sítio do Picapau Amarelo, exibida entre 2001 e 2004, na qual interpretou Dona Benta. 

No cinema, sua estreia foi com Querida Suzana (1947), de Alípio Ramos. Ela também atuou em filmes como Esquina da Ilusão (1953), Seja o que Deus Quiser! (2012) e O Avental Rosa (2018).


Com informações do site Memória Globo. Foto: João Miguel Júnior/Globo

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